Em sua proposta de governo apresentada à Justiça Eleitoral em 2022, o então candidato à Presidência da República pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Inácio Lula da Silva, assumiu um compromisso: o de conservar a Amazônia e os outros cinco biomas que tomam conta do território brasileiro. O compromisso incluiu críticas pesadas ao governo de Jair Bolsonaro: “Completa omissão”, “modelo predatório de exploração e produção” etc.
Até o momento, a omissão parece ter encontrado seu verdadeiro dono. Desde a volta de Lula ao poder, os registros de queimadas aumentaram consideravelmente na Amazônia.
De 1º de janeiro de 2023 a 31 de março de 2024, foram registrados na Amazônia mais de 106 mil “focos de calor”. Os dados foram mapeados pelo Aqua, satélite de referência do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. As informações estão disponíveis na plataforma BDQueimadas. Os registros representam um crescimento de 14% em relação ao mesmo período da gestão passada. Durante os 15 primeiros meses do governo de Jair Bolsonaro, foram cerca de 93 mil ocorrências.
O governo de Mato Grosso explica que “focos de calor”, na linguagem técnica usada pelo Inpe, são sinônimo de queimadas e incêndios florestais. Maior potência agropecuária do país, o Estado do Centro-Oeste conta com áreas espalhadas pelos biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal.
“Dificilmente um foco de calor detectado não seja incêndio ou queimada”
“Um foco de calor é um dado capturado pelos satélites de monitoramento que estão a uma altitude de 700 a 900 quilômetros sobre o planeta”, informa o governo mato-grossense, por meio da Secretaria de Segurança Pública. “Os sensores do satélite registram temperaturas acima de 47 graus Celsius. Ao longo dos anos, o Inpe tem avançado na auditoria das detecções de focos de calor com o intuito de evitar falsas detecções. Dessa forma, dificilmente um foco de calor detectado não seja incêndio ou queimada. Um incêndio ou uma ocorrência podem gerar um ou vários focos de calor, dependendo da extensão da linha de fogo.”
Grupo completamente inconsequente
A diferença no volume de focos de calor entre o início do mandato de Bolsonaro e o de Lula surpreende negativamente quem acreditou nas promessas eleitorais do petista. No programa de governo, Lula e equipe inseriram a palavra “Amazônia” em seis ocasiões — e com direito a criticar o trabalho de quem estava no comando do Poder Executivo em 2022.
“É imperativo defender a Amazônia da política de devastação posta em prática pelo atual governo”, acusou Lula. “Já nos comprometemos com o futuro do planeta, sem qualquer obrigação legal, e o faremos novamente.”
Os fatos, no entanto, vão contra o que foi prometido pelo atual presidente durante a campanha eleitoral de dois anos atrás. Levando-se em consideração o total de focos de calor, o governo de esquerda está longe de cumprir sua palavra.
“É gente que não tem rumo nenhum, não sabe o que fazer”
Aldo Rebelo, ex-ministro dos governos Dilma Rousseff e Lula e atual secretário de Relações Institucionais da cidade de São Paulo, critica a gestão petista pela situação enfrentada pelo bioma amazônico. Ele reclama do time do Ministério do Meio Ambiente, que está sob o comando de Marina Silva desde janeiro do ano passado.
“Entregamos a agenda ambiental a um grupo completamente inconsequente no Ministério do Meio Ambiente”, afirma Rebelo. “É gente que não tem rumo nenhum, não sabe o que fazer.” De acordo com ele, a incompetência da estrutura do governo federal passa por pelo menos outros três órgãos que, em algum grau, deveriam promover ações em prol da Amazônia: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Ministério dos Povos Indígenas, pasta que tem a psolista Sônia Guajajara como titular.
Recorde de queimadas em fevereiro
Mais do que não proteger o bioma amazônico, o governo Lula viu o número de queimadas bater recorde. Foram, segundo o Aqua, mais de 3 mil focos na Amazônia brasileira de 1º a 29 de fevereiro de 2024. Maior volume para o período em toda a série histórica, que teve início em 1999. O inglório recorde já havia sido estabelecido três dias antes de o mês acabar. Já eram mais de 2,9 mil pontos de queimadas até 26 de fevereiro.
Para efeito de comparação, no 14º mês de Bolsonaro na Presidência — ou seja, fevereiro de 2020, ano também bissexto —, o satélite de referência do Inpe contabilizou cerca de mil registros desse tipo. O avanço foi de 160% no intervalo de quatro anos.
O crescimento de fevereiro de 2020 para fevereiro de 2024 também se dá quando o Aqua contabiliza focos de calor em todos os biomas que cobrem o território nacional. Com a inclusão de informações de queimadas na Caatinga, no Cerrado, na Mata Atlântica, no Pampa e no Pantanal, o total de ocorrências superou os 4,5 mil. Foram 2,6 mil no mesmo período de 2022. O crescimento foi na casa dos 75%.
Mestre em meteorologia pelo Inpe e doutor em geografia pela Universidade de São Paulo, o professor Ricardo Felício afirma que o problema maior não é o aumento em si do número de focos de calor. Para ele, o agravante é que a situação tende a prejudicar as atividades agrícolas, dependendo do local da queimada ou do incêndio florestal.
“A questão mais preocupante não é o número de focos, mas a sua localização", afirmou Felício. "Se um desses ocorrer próximo a uma lavoura extensa, o fogo pode ter grande risco de propagar-se pelo campo cultivado. Nesse caso, basta apenas um. Então, você pode ter mil focos nos cafundós e não ocorrer dano algum. Mas pode ter uma dúzia perto de áreas produtivas e, aí, ter grandes prejuízos.”
Onde estão os artistas?
Apesar do aumento das queimadas na Amazônia, o discurso por parte de organismos ambientais mudou. Durante o governo Bolsonaro, alguns desses agentes culpavam, assim como o discurso de petistas, o alegado “descaso” com o bioma e o meio ambiente como um todo. Agora, nem se tenta responsabilizar o atual presidente da República e a ministra do Meio Ambiente. Para eles, as “mudanças climáticas” são as reais culpadas pelo recorde dos focos de calor na região amazônica.
“É difícil apontarmos um único fator para o aumento vertiginoso dos focos de queimadas na Amazônia”, disse Rômulo Batista, porta-voz do Greenpeace Brasil, no site da instituição. “Mas é preciso lembrar que, no ano passado, a crise climática foi classificada pelos cientistas como a principal causa da seca na região. Não por coincidência, acabamos de sair do ano mais quente registrado na História, 2023, e ainda enfrentamos efeitos intensos do fenômeno El Niño.”
A postura da organização não governamental Greenpeace era, entretanto, diferente antes de Lula reassumir o poder. Em setembro de 2022, em pleno período de campanha eleitoral, a ONG tomou lado na questão político-partidária e lançou a música Canção pra Amazônia, com melodia de Nando Reis e letra de Carlos Rennó.
Na divulgação do videoclipe de 11 minutos, nenhuma menção ao El Niño, fenômeno natural conhecido por aquecer as águas do Oceano Pacífico na faixa tropical, justamente onde está localizada a Floresta Amazônica. O material também não conta com explicações dadas por especialistas sobre um eventual aumento da temperatura da Terra. Para o Greenpeace, a Amazônia “corria perigo” por causa de “um governo omisso e irresponsável”.
Com esse entendimento por parte do Greenpeace, artistas dos mais diversos estilos musicais se uniram para clamar: “Salve a Amazônia”. Anavitória, Iza, Criolo, Arnaldo Antunes, Duda Beat, Vitão, Péricles, Gaby Amarantos, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia e Daniela Mercury são alguns dos que se revezam na cantoria, em tom melancólico, dos versos da música de Reis e Rennó. "Abaixo o (des)governo que abandone a Amazônia", dizia a letra. Aparentemente a mensagem tinha prazo de validade.
Mas isso foi na campanha eleitoral de 2022, quando Bolsonaro estava, nas palavras do Greenpeace, à frente de “um governo omisso e irresponsável”. Com a volta de Lula ao poder e com Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente, a classe artística parece ter desistido de “salvar” a Amazônia.
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Fenômenos climáticos naturais são conhecidos desde os tempos dos faraós, onde as cheias do Rio Nilo representavam safras com fatura de alimentos.
Incêndios tem muitas origens como raios, vidros na vegetação, pontas de cigarros, queimadas necessárias, mas aplicadas sem conhecimento técnico, etc.
O discurso de Lula foi, é e continuará sendo de mentiras onde o próprio afirmou que político tem que mentir.
A Marina tem como único predicado o fato de ter nascido no Acre. Não sabe nada de nada.
Os “artistas” citados (alguns eu nunca ouvi falar) são militantes que se esbaldam na Lei Rouanet financiados com recursos do pagador de impostos.
As ONGs, ONU, Greenpeace e outros picaretas de plantão estão no mesmo nível destes “artistas”, representados no âmbito internacional por Di Caprio – aquele das girafas da Amazônia – e a Greta que nunca fez nada em prol de alguma agenda útil.
Os “artistas”estão mamando nas tetas da lei Rouanet,simples assim.
Esse grempí quando começou era sério, hoje é igual as outras ONGs que estão na Amazônia, querem levar as riquezas existentes lá. Tem umas que quer cuidar dos povos originários. O Sudão do sul tem muito mais urgência
Estes ”artistas” citados no penúltimo parágrafo, na verdade são picaretas de olho no dinheiro público.
A ministra do meio ambiente fugiu da Amazônia e foi morar na cidade de São Paulo e lá foi eleita DF, os paulistas não sabem que ela é responsável por um atraso de trinta anos do desenvolvimento da região e de seus habitantes. Aqui sofremos as agruras do atraso.
Exatamente. O povo acreano já descobriu a verdadeira face desta picareta. Que quer discutir a Amazônia tomando cafezinho em Paris.
Pergunta: onde anda a Marina Silva?????A Thumberg nem vou perguntar porque está presa, mas e os artistas da vida, a Daniela Mercury com aquela cara de choro onde estão todos agora. A Globo então com seus notórios jornalistas não comentam, não informam como tal omitem a responsabilidade do ilusionista de Garanhuns sobre o fato, sobre a dengue…apenas mostram os números. Ah se fosse o Bolsonaro o dia todo estariam estampando as desgraças, as mortes, as queimadas, fazendo debates exaustivos sobre o assunto agora nada. Turma sem vergonha na cara.
Classe artística, bando de drogado nojentos, pederastas, cornos e pulhas. Só sabem é liberar o loló