Numa ação de grande sinceridade para com a política nacional, o Movimento dos Sem Causa (MSC) divulgou os princípios que regem a sua nobre existência fisiológica:
1. Disparar mensagens violentas contra símbolos religiosos que possam ser confundidas pelos distraídos de sempre com “manifesto progressista”.
2. Lutar contra a onda de ódio espalhando ofensas que, por um milagre dos deuses certos, serão sempre consideradas inofensivas.
3. Ofensas inofensivas são aquelas que não incomodam os donos da boca.
4. Escolher uma data religiosa bem conhecida para fingir que defende uma determinada identidade sexual, gerando polêmicas estúpidas que façam os aspirantes a parasita se sentirem revolucionários.
5. Fazer alianças espertas com banqueiros e outros ricos ávidos por uma bijuteria humanista para encenar o teatro do oprimido com o boi na sombra.
6. Professar a fé na picaretagem acima de todas as coisas, contando com a imprensa amiga para transformar trampolinagem em defesa da democracia.
7. Apoiar o Movimento dos Sem Teto de Gastos para obter mesadas e facilidades ilimitadas com o dinheiro dos outros.
8. Apoiar o maior aumento possível de impostos para tirar dos ricos que ganham salário mínimo e dar aos pobres participantes do banquete estatal.
9. Cabe ao Movimento dos Sem Causa ajudar a burguesia gulosa a se servir do poder público com criativos figurinos de justiça social.
10. Bandido bom é bandido oficial.
Leia também “A mobilidade dos móveis”
Fiuza está sensacional.
O número 5 e o 7 são aplicáveis em todos os momentos deste país.
Excelente, Fiuza.
Agora fiquei já dúvida. Se o Fiuza quis utilizar da sátira para criar seu texto, ou se resolveu voltar a elaborar a coluna através de uma análise objetiva e direta! De qualquer maneira ficou excelente!
Estamos vivendo nas trevas sob o comando de crime oficializado e não. A resistência tem que tomar providência pra sairmos desse pesadelo
Gostei do número 5.
Fiuza hoje está melhor do todos os ontens.
sempre brilhante os artigos de Guilherme Fiuza !
sensacional
Fiúza é 10
Muito bom!
Dessa vez se superou, verdades tão claras raramente são ditas.