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O RMS Titanic é exibido nos estaleiros Harland and Wolff, em Belfast, antes de sua trágica viagem inaugural, em 1912. Hoje, o complexo de estaleiros na capital da Irlanda do Norte foi transformado em atração turística (1911) | Foto: Archivio GBB/Contrasto/Redux
Edição 212

Imagem da Semana: Titanic

Na viagem inaugural, quatro dias depois da partida, a grandiosa embarcação construída nos estaleiros de Belfast atingiu um iceberg e afundou, no dia 15 de abril de 1912

Daniela Giorno
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Perto da meia-noite de 14 de abril de 1912, o RMS Titanic, o navio mais famoso de todos os tempos, atingiu um iceberg e afundou 2h40 depois nas águas congelantes do norte do Oceano Atlântico. Cerca de 1,5 mil pessoas morreram, em um dos piores desastres marítimos de todos os tempos.

O navio havia sido encomendado pela operadora britânica White Star Line com a proposta de fabricar uma embarcação luxuosa e extremamente segura. Foram dois anos de construção nos estaleiros Harland and Wolff, de Belfast, na Irlanda. Finalmente, no dia 31 de maio de 1911, o Titanic foi oficialmente lançado ao mar com medidas impressionantes: 269 metros de comprimento, 53 metros de altura e pesando 45 mil toneladas. Na primeira classe havia sala de ginástica, restaurante de luxo, quadra de squash, piscina, barbeiro, sala de leitura e suítes milionárias.

Sala de jantar do RMS Titanic | Foto: Everett Collection/Shutterstock

Em sua viagem inaugural, o navio saiu de Southampton, na Inglaterra, para a cidade de Nova York, nos Estados Unidos, no dia 10 de abril de 1912. Transportava um grupo eclético de 2.224 passageiros que incluía membros da alta classe, oficiais de alta patente, celebridades e muitos imigrantes em busca de uma nova vida na América. 

Quatro dias depois da partida, na noite do dia 14, a tripulação avistou a geleira e conseguiu evitar uma colisão frontal, mas não a tempo de impedir que o casco fosse atingido. Com um talho de cerca de 91 metros, o Titanic começou a inundar rapidamente e teve seu destino selado. 

Apesar do tamanho, ele só estava equipado com botes salva-vidas suficientes para cerca de metade dos passageiros e tripulantes. A maioria dos que pularam no mar morreu de hipotermia, por causa da baixíssima temperatura da água. Às 2h18, hora local, com o último bote salva-vidas tendo partido 13 minutos antes, a proa já estava cheia de água, e a popa subiu o suficiente para expor as hélices. Nesse momento, o Titanic se partiu ao meio.

Oito músicos da banda Titanic, liderada por Wallace Hartley, decidiram continuar tocando enquanto o navio afundava para acalmar os tripulantes. O capitão Edward Smith afundou com o navio, de acordo com a tradição marítima.

Ilustração do naufrágio do Titanic feita pelo artista alemão Willy Stower (1912), com realce digital | Foto: Everett Collection/Shutterstock

O RMS Carpathia chegou uma hora e meia depois do naufrágio; os últimos passageiros dos botes salva-vidas foram resgatados por volta das 9 horas do dia 15 de abril. O naufrágio do Titanic chocou o mundo, levando a mudanças nas regras marítimas e ao estabelecimento, dois anos depois, da Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar.

Estima-se que 1.517 pessoas morreram assim que o navio afundou, menos de três horas depois de atingir o iceberg. Outras 340 foram encontradas com coletes salva-vidas na superfície do oceano, mas já sem vida, e 1.160 corpos nunca foram encontrados. Cerca de 700 pessoas sobreviveram.

Durante décadas, diversas expedições procuraram o Titanic sem sucesso. Apenas em 1985 os destroços foram encontrados na escuridão do fundo do mar pelo explorador Robert Ballard, juntamente com o cientista francês Jean-Louis Michel. O navio estava a 650 quilômetros da costa do Canadá, a 3,8 mil metros de profundidade. Um dos filmes de maior bilheteria da história, Titanic (1997), de James Cameron, teve um romance fictício como fio condutor para contar a tragédia real.

Primeira página do jornal The New York World, com a manchete do naufrágio do Titanic (16/4/1912) | Foto: Everett Collection/Shutterstock
Ned Parfett, o paperboy, segura cartaz com a notícia “Desastre do Titanic: grande perda de vidas — notícias vespertinas”, em frente ao escritório da White Star Line, em Londres (16/4/1912) | Foto: Domínio Público/Wikimedia Commons

Daniela Giorno é diretora de arte de Oeste e, a cada edição, seleciona uma imagem relevante na semana. São fotografias esteticamente interessantes, clássicas ou que simplesmente merecem ser vistas, revistas ou conhecidas.

Leia também “O terremoto em Taiwan”

3 comentários
  1. Candido Andre Sampaio Toledo Cabral
    Candido Andre Sampaio Toledo Cabral

    Momento que até hoje choca ao ler notícias sobre. Parabéns pelas informações.

  2. Erasmo Silvestre da Silva
    Erasmo Silvestre da Silva

    Daniela faça uma fotografia do futuro do Elon Musk e Alexandre de Moraes

  3. Lindevaldo Roberto de Brito
    Lindevaldo Roberto de Brito

    Parabéns informação suscita e objetiva .

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