A festa do Sarney reuniu a fina flor das flores finas. Tancredo não foi. Inclusive, o festão só pôde acontecer devido à ausência do Tancredo. Se ele aparecesse estragaria tudo.
Estavam lá todos aqueles que não estariam se Tancredo tivesse comparecido. Felizmente (para eles) um chamado do alto removeu o inconveniente e a festa pôde rolar solta, sem hora para acabar. Os vizinhos que durmam com um barulho desses.
A Nova República mostrou sua vocação para a eternidade. Tudo que este país tem de moderno estava lá, circulando e brindando nos salões e jardins do Sarney. Como diria Ivo Pitanguy a Vinicius de Moraes, não há superfície amarrotada que não possa ser esticada. Beleza é fundamental, bradou o companheiro Tutancâmon.
A ausência de Tancredo Neves foi a grande inspiração da noite. A sensação de liberdade do anfitrião e seus convidados sem aquela sombra inconveniente era contagiante. Com um bigode e um jaquetão se faz uma nação. É ou não é libertador?
Uma festa sem o constrangimento da bisbilhotice popular. Era o que Tancredo traria com ele: os intrusos do povo, que não sabem se comportar em ambientes chiques. A Nova República — que, como todos podem notar, continua nova em folha — acabou com esse embaraço. A festa é dos amigos do rei, e ponto final.
“Que rei sou eu?” — perguntou Cassiano Gabus Mendes em 1988, quando parecia que a festa estava para acabar. Eduardo Dussek respondeu: “Eu só sou rei porque o rei de lá morreu”. Mas o reinado longo se tornou eterno. O modelo do poder postiço agradou a muita gente — e gerou alianças imortais. Nascia o Airbnb palaciano.
“A solução é alugar o Brasil”, profetizou Raul Seixas, que morreu quando Sarney era presidente. Uns morrem, outros têm aluguel vitalício por aqui. Os inquilinos do Brasil sabem que o negócio é fazer cara de dono. Impõe respeito e já deixa claro que esse negócio de contrato é relativo. O DJ é meu e você dança conforme a música. Sobe o som, DJ!
Leia também “Quem é a Internacional Fascista?”
Sai Sarnei entra Dino e o Maranhão continua o Estado mais Pobre do Brasil , agora se qualquer estrangeiro ver essa Festança com a nata dos politicos Brasileiros , vão pensar que os Maranhense tem agua tratada tem rede de esgoto tem escola de auto nivel e emprego de montão . Agora tem que culpar os Eleitores por que insistir nesses caras é gostar de MUITO DE SOFRER
Isto é o Brazil!! Quanto mais lixo melhor para os ratos! Lastimável!
Minha dor é perceber que apesar de tudo o que fizemos ainda somos os mesmos.
Sarney foi o PIOR governo de nossa História. Quando ele saiu, a inflação estava em 80% AO MÊS!
boa Fiuza excelente artigo !
“Uns morrem, outros tem aluguel vitalício por aqui ” sensacional !!! hahahahahá
o Sarney não morre por que na verdade é o Moon Há!! ele tá aqui disfarçado de Sarney !
Fiuza ativou minha memória! Quanta coisa já tinha esquecido. Esqueci mas tudo continua na mesmice…que canseira !
Porém, senhoras minhas! Inda tanto nos sobra, por este grandioso país, de doenças e insetos por cuidar!… Tudo vai num descalabro sem comedimento, estamos corroídos pelo morbo e pelos miriápodes! Em breve seremos novamente uma colónia da Inglaterra ou da América do Norte!…
A formação étnica rica. O vatapá e a favela. País de dores anônimas, de doutores anônimos.
O grande chefão do atraso e a eternidade do nossa sina
OS HIPÓCRITAS E IMORAIS QUE ACHAM QUE ENGANAM O POVO COM MORAL E COM CARÁTER
Brasília foi erroneamente construída para isto, para criar uma casta de usurpadores de dinheiro público a solta banhada por whiskys e vinhos caros.
me surprendo e accho tudo inacreditável.
Mamãe, não quero ser prefeito
Pode ser que eu seja eleito
E alguém pode querer me assasinar
Eu não preciso ler jornais
Mentir sozinho eu sou capaz
Não quero ir de encontro ao azar
Papai, não quero provar nada
Eu já servi à pátria amada
E todo mundo cobra a minha luz
Oh, coitado, foi tão cedo
Deus me livre, eu tenho medo
Morrer dependurado numa cruz
Quantos inúteis juntos. Para que serve essa gente?
Torço pela primavera árabe brasileira
A nata do chorume! Pra quem sabe…
A nata do xorume!
Há uma bomba nuclear caindo ali, seria uma benção.
Como é que eu tava perdendo artigos como esse?! GRANDE Fiuza. Assinar a Revista Oeste vale cada centavo!
Parabéns Fiuza. Infelizmente caminhamos para o fundo do poço, ou melhor, já estamos no fundo do poço faz tempo.
Brasileiros, começamos hoje a viver a Nova República.
Deixemos para trás tudo o que nos separa e trabalhemos sem descanso para recuperar os anos perdidos na ilusão e no confronto estéril. Estou certo de que não nos faltará a benevolência de Deus.
Entendamos a força sagrada deste momento, em que o povo retoma, solenemente, seu próprio destino.
Juntemos as nossas mãos e unamos as nossas vozes para elevá-las à Pátria, no juramento comum de servi-la com as honras do sacrifício.
Confesso que nos meus setenta anos de idade estou envergonhado por esses CRETINOS.
El pueblo celebra con gran entusiasmo la Fiesta del Chivo el treinta de mayo. Mataron al Chivo.
Se nós, sombras, aqui os ofendemos,
Saibam que nem tudo é como queremos:
Pensem que vocês apenas dormiam
Enquanto essas visões apareciam;
FAMILIA SARNEY enterrou o estado do MARANHÃO e o DINO DA SILVA SAURO jogou a PÁ DE CAU e tchau queridos e queridas …..
Conclame os jovens de Atenas à festa,
Desperte o espírito da alegria.
Deixe a tristeza para os funerais,
Essa fria presença não nos convém.
Assistam, no Youtube, “Maranhão 66”, curta de Glauber Rocha.
Os mortais não têm mais festas de inverno,
Nem a noite a redenção dos cânticos.
Vejam só que festa de arromba
Noutro dia eu fui parar
Presentes no local, o rádio e a televisão
Cinema, mil jornais, muita gente, confusão
Quase não consigo na entrada chegar
Pois a multidão estava de amargar
Hey, hey (hey, hey), que onda
Que festa de arromba
Logo que eu cheguei, notei
Ronnie Cord com um copo na mão
Enquanto Prini Lorez bancava o anfitrião
Apresentando a todo mundo Meire Pavão
O Rei fará aqui à noite sua festa,
Faça com que a Rainha não seja vista
No dedo um falso brilhante
Brincos iguais ao colar
E a ponta de um torturante
Band-Aid no calcanhar
Eu hoje, me embriagando
De whisky com guaraná
Ouvi tua voz murmurando
São dois pra lá
Dois pra cá
Uma exposição do lixo luxuoso, escondido embaixo do manto negro da hipocrisia.
Casa Grande de primeira,
O jornal “Estadão”, nos anos 1980, chamava Brasília-DF de “A Ilha da Fantasia”, nome de um programa de TV da época.
E as festas na Casa da Dinda?
Nos dias antes do dilúvio, o povo seguia sua rotina de banquetes, festas e casamentos, até o dia em que Noé entrou na arca. Não perceberam o que estava para acontecer até que veio o dilúvio e levou todos.
O pai dos pobres não estava na festa de arromba.
Corta-me o coração ver aquelas duas meninas inocentes naquele meio.
E la nave va. E o vento levou. Ópera do Malandro mais atual que nunca. Nunca tantos sentiram tanta raiva de tão poucos.
Talvez o dia em que o cidadão brasileiro foi mais humilhado na história desse país. Logicamente, os sectários de pouca inteligência e muita ideologia estão pensando em como justificar esse assombro.
boa
Eu fui fazer um samba em homenagem
À nata da malandragem
Que conheço de outros carnavais
Eu fui à Lapa e perdi a viagem
Que aquela tal malandragem
Não existe mais
Agora já não é normal
O que dá de malandro regular, profissional
Malandro com aparato de malandro oficial
Malandro candidato a malandro federal
Malandro com retrato na coluna social
Malandro com contrato, com gravata e capital
Que nunca se dá mal
Mas o malandro pra valer
Não espalha
Aposentou a navalha
Tem mulher e filho e tralha e tal
Dizem as más línguas que ele até trabalha
Mora lá longe e chacoalha
Num trem da Central
Bailam corujas e pirilampos
Entre os sacis e as fadas
E lá no fundo azul, na noite da floresta
A lua iluminou a dança, a roda, a festa
A “República Velha” durou 38 anos e onze meses. A “Nova República” já emplacou 39 anos.
“A Ceia dos Acusados”. Quem encomendou a morte do doutor Tancredo? Podem confessar, o crime já prescreveu.
Levantou um almofadinha
Falou pro dono, eu não tenho fé
Quando um caboclo que não se enxerga
Num lugar deste vem pôr os pés
Senhor que é o dono da casa
Não deixe entrar um homem qualquer
Senhora dona do Baile. O Baile das Solteironas. O Baile da Ilha Fiscal. A doce vida. Não é verdade que o que aqui se faz, aqui se paga. Todos os homens do Presidente. Política, o único emprego em que não se aposenta. A ceia dos acusados. 12 homens e uma sentença. Como fazer amigos e comprar pessoas. O bom filho à casa paterna torna. Confesso que vivi. A um passo da eternidade. Delfim Netto fez 96 anos em 1 de maio e ninguém se lembrou.
Está longe ainda o tempo dos pretos serem incluídos na altas rodas.
Espero que seja o Baile da Ilha Fiscal II. Vai entrar para a História do Brazil. Tem o vídeo com excelente narração e texto chamando de Festa da Democracia, a claque que na tribuna e na imprensa fingem que são rivais.
E dizia também ao que o tinha convidado: Quando deres um jantar, ou uma ceia, não chames os teus amigos, nem teus irmãos, nem os teus parentes nem vizinhos ricos, para que não suceda que também eles te tornem a convidar, e te seja isso recompensado. Mas, quando fizeres convite, chama os pobres, aleijados, mancos e cegos, E serás bem-aventurado; porque eles não têm com que te recompensar; mas recompensado te será na ressurreição dos justos.