Nascida em 18 de agosto de 2000, em Münster, na Alemanha, Naomi Seibt, hoje com 23 anos, tem sido uma voz ativa contra as narrativas sobre as mudanças climáticas. Além disso, é uma ferrenha defensora da liberdade individual. Ela acredita “que o poder do Estado sempre gravita lentamente em direção à tirania”. Por esse motivo, o povo deve livrar-se desse aparato e “lutar pela liberdade”. Para Naomi, “a política vai além da esquerda e da direita”. Essa disposição tem a ver com “moralidade, filosofia, ciência e comunidade”, afirma.
Em 2019, quando a esquerdista sueca Greta Thunberg bradou seu “how dare you?” (“como ousam?”), em discurso na Organização das Nações Unidas (ONU), e “exigiu” que a comunidade internacional tomasse medidas para “salvar” o mundo dos “malfeitores”, Naomi surgiu sem causar escândalo, por meio do seu canal de YouTube. Entretanto, ao criticar essas narrativas climáticas, seus vídeos começaram a tomar uma grande proporção no mundo todo. Surgia, naquele momento, a ‘Anti-Greta’.
Em 11 de abril, Naomi expressou apoio ao Brasil. Ela escreveu em sua rede X que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estão tentando censurar e “extinguir o fogo do espírito brasileiro”.
Este é apenas um entre vários posts que ela tem publicado em defesa da liberdade de expressão no Brasil. Sua voz, que surge em sua cidade natal no norte da Alemanha, tem ecoado no Brasil. Em entrevista a Oeste, Naomi fala, entre outros assuntos, sobre o que a motivou a juntar-se à luta pela liberdade do povo brasileiro. A seguir, os principais trechos da entrevista.
Quando você começou a se interessar por política?
Quando estava no ensino médio, eu achava a política chata. No entanto, quando completei 15 anos, a crise migratória na Alemanha me fez perceber que nosso país estava enfrentando vários problemas. A criminalidade aumentou, o dinheiro dos impostos era derramado para os imigrantes. Muitos deles nem sequer estavam fugindo de guerras. Enquanto isso, o governo negligenciava seus próprios cidadãos alemães. E, de repente, quem falasse sobre esses problemas era chamado de “racista”. Percebi, então, que a política envolve muito mais do que apenas esquerda e direita. Trata-se de moralidade, filosofia, ciência e comunidade. Foi quando decidi explorar meus próprios ideais políticos. Em 2019, comecei meu canal no YouTube “Naomi Seibt”, porque notei que muitas pessoas pareciam compartilhar da minha opinião, mas tinham muito medo de falar.
Como você se define politicamente?
Sou libertária. Acredito que o poder do Estado sempre gravita lentamente em direção à tirania. Então, devemos nos livrar disso e lutar pela nossa liberdade. Um dos meus modelos políticos, o autor Markus Krall, disse: “A pergunta correta não é: ‘Sem o Estado, quem construiria as estradas?’. A pergunta correta é: ‘Sem o Estado, quem iniciaria as guerras?’”.
“Alguns podem dizer que pratico ‘discurso de ódio’ e que espalho ‘desinformação’, mas não podem controlar o que as pessoas realmente pensam”
Como você tem visto as discussões políticas no Brasil?
Quando o juiz Alexandre de Moraes exigiu que o X derrubasse algumas contas brasileiras muito populares e Elon Musk recusou-se a obedecer, isso tornou-se viral na internet. Imediatamente, pensei em meus muitos amigos e seguidores brasileiros. Senti a obrigação de investigar o que está acontecendo. Fiquei desnorteada quando li os arquivos que o jornalista Michael Shellenberger compartilhou. Divulguei as pesquisas sobre a eleição do presidente Lula em 2022. Percebi que os paralelos com a vitória de Joe Biden em 2020 e os tumultos subsequentes foram chocantes. Lula fez tudo o que pôde para eliminar seus críticos. Agora tentam colocar Jair Bolsonaro atrás das grades por supostamente tentar um golpe. Exatamente como fizeram com Donald Trump.
Por que vale a pena se arriscar e lutar pela liberdade?
Sem liberdade não podemos ser autônomos. Sem liberdade ficamos presos dentro de uma concha — as autoridades nos forçam a isso. Merecemos o direito de ser quem somos, com todos os nossos talentos e falhas.
Em postagem no X, você diz que Alexandre de Moraes e o presidente Lula estão estabelecendo um precedente perigoso para o mundo. O que você quis dizer com isso?
O cerceamento das liberdades já acontece por aqui, só que de uma forma mais oculta. Meu amigo Martin Sellner, um homem muito popular na Áustria, foi recentemente proibido de entrar na Alemanha, porque suas ideias sobre a emigração “eram muito perigosas”. Tenho sido questionada muitas vezes pela grande mídia por me associar a ele. Ele e sua mulher são meus amigos. Dizer que “aqui ainda não está tão ruim” é muito perigoso. Há muitas pessoas que já sofreram perseguição política. Um dos meus melhores amigos, o pioneiro libertário alemão Oliver Janich, foi colocado em uma prisão nas Filipinas durante meses. Não sabíamos se algum dia ele seria libertado. A minha mensagem aos meus concidadãos europeus é: “Prestem atenção, lutem pela liberdade agora, ou você pode ser o próximo”.
O que a motivou a olhar para o Brasil em meio a essa situação política?
Como mencionei antes, há uma comunidade brasileira muito leal que me segue no YouTube e no X. Não sei como isso aconteceu, mas acredito que tenha começado quando um grande podcast brasileiro falou sobre mim e minhas opiniões em relação às mudanças climáticas há alguns anos. Em 2024, um perfil no X com o nome @TradutordeDireita compartilhou uma publicação minha e me apresentou aos brasileiros. A partir disso, fui apresentada a pessoas ótimas. Também entrei em contato com o deputado federal Nikolas Ferreira. Conheci mais sobre o Brasil, sobre sua cultura e política. Não preciso seguir as ordens de Moraes. Não tenho por que elogiar o presidente Lula. Posso ser a voz dos brasileiros que não podem falar. Alguns podem dizer que pratico “discurso de ódio” e que espalho “desinformação”, mas não podem controlar o que as pessoas realmente pensam. E então direi isso em voz alta.
Você já sofreu algum tipo de repressão na Alemanha por defender a liberdade?
Já fui espionada. Tive meu canal do YouTube banido durante três anos porque fiz críticas às vacinas. Há um processo em andamento contra o Estado e autoridades da mídia por causa de vídeos que publiquei sobre o clima. Poderia listar muitas outras coisas pelas quais fui difamada, censurada e punida por defender a liberdade, mas não gosto de ficar mau humorada. Prefiro lutar.
Você é bastante criticada por sua opinião sobre o aquecimento global. O que pensa a respeito desse tema?
Esse parece ser o tópico pelo qual me tornei “famosa” como a “Anti-Greta”. Não escolhi esse caminho de propósito. Em 2019, fiz um vídeo que questionava a narrativa sobre as alterações climáticas. O vídeo tornou-se viral na Alemanha. A partir disso, fui convidada para algumas conferências sobre o clima. Depois, o jornal The Washington Post me entrevistou, a Fox News me colocou no ar. O principal problema das narrativas sobre as “mudanças climáticas” é o seguinte: os gases com efeito estufa significam que, por causa da duplicação do CO₂, experimentamos certa quantidade de aquecimento. Isso se chama “clima sensível”. No entanto, o Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas [IPCC, na sigla em inglês] exagerou. Seus modelos climáticos não se aplicam na atmosfera real — eles são matematicamente imprecisos. Estou preparando uma pesquisa sobre esse tema, e os resultados sairão em breve.
Leia também “Celina Leão, vice-governadora do Distrito Federal: ‘Só o DF pagou o preço pelo 8/1′”
É um alento em um mundo todo robotizado pela esquerda saber que existem jovens com pensamentos e argumentos como desta moça.
Essa menina tá coberta de razão, aquela Greta é uma jumenta batizada. Nem existe mudanças climáticas nem aquecimento global. O aquecimento é local de acordo com o lugares e os gases se dissipam normalmente e quanto as mudanças climáticas eles têm que perguntar ao sol e não ao IPCC. O que existe realmente é que os países desenvolvidos quer vender seus produtos e sua tecnologia aos países em desenvolvidos e usa o espectro ecológico para impatar o desenvolvimento desses países e fiquem dependendo deles. O Brasil tem mais disciplina ecológica do que o resto do mundo
Bom saber, parabéns garota.
Sei que parece irrelevante. Mas, já reparam que as de “direita” são sempre bem apessoadas, “cara limpa” e até “bonitinhas”; e as da “esquerda” são sempre “feiosas”, não usam um “batonzinho”… Eita!
Excelente conhecer essa jovem!!!!
Nunca havia ouvido sobre ela, mas já sou fã, principalmente por duvidar da ‘ciencia’ por trás do ex ‘aquecimento global ‘, atual mudanças climáticas …