O desabafo do empresário Rubens Ometto, um dos mais vitoriosos industriais brasileiros, marca um ponto de inflexão no relacionamento do governo com o setor produtivo nacional. Conhecido pela discrição, Ometto expressou com desconcertante sinceridade o que pensa o Brasil que faz.
“Do jeito que está, com o governo metendo a mão, querendo taxar tudo, e com os juros desse jeito, não dá”, resumiu — com a clareza de quem não tem tempo a perder com eufemismos —, num trecho do seu discurso durante um evento no Guarujá, litoral de São Paulo. Como observou Carlo Cauti na reportagem de capa desta edição, Ometto “demoliu a política econômica do atual Executivo em apenas 26 segundos”. Ministros do governo Lula se refugiaram num silêncio constrangido. Os empresários aplaudiram de pé.
A irresponsabilidade fiscal, o emaranhado de leis dissonantes e o aumento dos impostos não são novidade nos governos petistas. Assim como não é nada original a ânsia intervencionista do governo, hoje escancarada pela insistência na importação de arroz, mesmo que todas as entidades ligadas ao agronegócio garantam que o grão não vai faltar no mercado interno.
“O arroz a R$ 4 o quilo na gôndola, como Lula quer, significa R$ 75 pela saca de 50 quilos com casca, que é o preço de venda ao produtor”, esclareceu Gedeão Pereira, presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul, em entrevista a Artur Piva. “Isso não cobre nem o custo de produção.”
A sensação de déjà vu provocada por governos do PT foi ampliada pelo leilão promovido para a aquisição de 260 mil toneladas de arroz. As principais vencedoras incluíam uma mercearia de bairro em Macapá, uma locadora de veículos e máquinas no Distrito Federal e uma fábrica de sucos e sorvetes no interior de São Paulo.
“Na prática, o problema era ainda maior: elas não são do ramo de importação, ou seja, nem sequer deveriam ter participado da concorrência”, comprova a reportagem de Silvio Navarro. A aparição de um Petrolão 2.0 foi obstruída pelo próprio governo, que achou por bem cancelar a invencionice perdulária.
Se a ideia do leilão tem tudo para morrer nos trabalhos de parto, já cruzou a infância uma das mais lastimáveis novidades deste governo Lula 3: a perseguição implacável a opositores, com o apoio militante do Supremo Tribunal Federal. Entre os presos políticos brasileiros estão Daniel Silveira, Silvinei Vasques e Roberto Jefferson, além dos envolvidos na manifestação do 8 de janeiro. Mas nada se compara ao caso de Filipe Martins.
Como detalha a reportagem de Cristyan Costa, o ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência foi preso em 8 de fevereiro deste ano, sob a acusação de ter viajado para Orlando com Jair Bolsonaro em 30 de dezembro de 2022. O prisioneiro apresentou, primeiro, uma declaração de embarque da companhia aérea informando que estava em Curitiba na ocasião. Depois, recibos da Uber confirmaram seus deslocamentos em território nacional. Agora, o Departamento de Segurança Interna dos EUA divulgou um documento provando que Martins não visitou o país depois de setembro de 2022. Ele continua preso.
Recentes no Brasil, essas arbitrariedades são rotineiras em países admirados por Lula. O Irã, a Venezuela e Cuba estão entre eles. Nos três casos, a democracia é ainda uma miragem.
Boa leitura.
Branca Nunes,
Diretora de Redação
Quando Alexandre de Moraes será punido pelas ilegalidades que vem cometendo, como no caso Filipe Martins!?
Esse é o arrozao roubalheira pura
Governo não dêsgoverno
Governo não dêsgoverno
Só não entendo porque o tamanho da fonte diminuiu aqui no app.
Parabéns pela edição.
Esse grande empresário brasileiro que agora se estrebucha com o calor que lula lhe impõe, foi incapaz de avaliar o que seria a economia Lula3, ou recebeu promessas pessoais quando ‘deu’ R$1M para a campanha do PT. O artigo deixa bem na foto um oportunista cujo tiro saiu pela culatra.
Quem tudo quer, tudo perde!
Felipe Martins: sua história me lembra a de Rube “Hurricane” Carter! Aguente firme meu irmão!
Bota logo essa corja toda na cadeia antes que seja tarde demais. Lugar de bandido ladrão é na cadeia, não no serviço público
A petralhada pira com revista oeste!
Tá bom o resumo Dona Bianca. Tem muitos detalhes que a imprensa deixou de apresentar em suas reportargens. Mas não dá para exigir tudo. Uns 70% basta de verdades. E o pessoal esquceu que uns 10 anos atrás tivemos aqui no RS o esândalo do arroz patrocinado pela família do Pimenta e que envolvia a Arrozeira Brasil de propriedade de sua família. GAnhavam dinheiro do banco do brasil para comprar arroz e não pagavam aos produtores. Agora o processo está engavetado nalgum lugar do judiciário e prestes a caducar Ou seja, o arroz apimentado virou pizza. Belo trocadilho.
Mas o empresário doou 1.000.000,00 para a campanha lulista.
Éramos felizes e não sabíamos. Este desgoverno com seu projeto criminoso de poder, está colocando em prática ítem por ítem das ações deliberadamente estabelecidas pelo projeto criminoso de poder para quebrar o país e levar a nação como um todo ao caos econômico e social, condições sine quanon para as etapas finais para a implantação do comunismo do consórcio executivo/togados. Se os brasileiros de bem, de caráter e que amamos a Pátria não se posicionarem numa reação patriótica em defesa da Pátria, levar-nos-ão em breve para um poço sem fundos para nunca mais sairmos dele. SOCORRO MEU DEUS!
Concordo plenamente!