A fraude escancarada nas eleições venezuelanas começou a ser tecida bem antes de 28 de julho. Como mostra a reportagem de capa desta edição, assinada por Cristyan Costa, há muito tempo Nicolás Maduro vem calando, uma a uma, vozes que ousam criticar o regime chavista. Com a aproximação do pleito, o ditador primeiro proibiu seus principais opositores de entrar na disputa. Depois, tentou intimidar a população. Por fim, chutou o balde: proibiu a presença de observadores internacionais independentes, simulou um “ataque hacker” para tirar o sistema do ar e declarou-se reeleito antes que a apuração terminasse. “Ingenuidade a nossa, dos que queríamos acreditar que um ditador pudesse submeter seu poder ao voto”, constata Alexandre Garcia em sua coluna.
Além do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, governantes do continente americano e da União Europeia recusaram-se a engolir a trapaça assim que foi servida. Velho amigo do trapaceiro, Lula tentou o inviável equilíbrio no muro. A um jornalista de Mato Grosso, declarou-se “convencido de que a eleição na Venezuela foi um processo normal e tranquilo”. A má repercussão da fantasia aconselhou-o a refugiar-se no silêncio.
“A tendência do Executivo brasileiro é a de respaldar a vitória de Maduro”, informa Cristyan Costa. “No quesito política externa, o governo Lula 3 tem sido marcado por posturas erráticas diante de conflitos estrangeiros, sempre a favor do agressor.” Foi o que aconteceu depois da invasão da Ucrânia pela Rússia.
Este conflito, aliás, é o tema do artigo de Augusto Nunes, que escreve sobre o documentário 20 Dias em Mariupol. Ao longo de 95 minutos, uma equipe da Associated Press registra em detalhes a devastadora ofensiva militar sobre uma das maiores cidades ucranianas. “O narrador acompanha em silêncio o choro do pai que afaga o rosto do filho de 16 anos atingido por uma bomba quando jogava futebol”, conta Nunes. “‘Ele teve as duas pernas arrancadas na explosão’, lamenta um médico.”
Convertido também em servidor da política externa da canalhice, Geraldo Alckmin compareceu à posse do novo presidente do Irã. A viagem a Teerã, abordada nos artigos de Ana Paula Henkel e Rodrigo Constantino, confirma que Alckmin só exerce as funções de vice-presidente quando a primeira-dama está ocupada com afazeres mais aprazíveis. Enquanto Alckmin adulava aiatolás, Janja brincava de chefe de Estado na Olimpíada de Paris.
“A excursão de Janja é a cara do governo Lula — uma aberração que gastou, só nos sete primeiros meses deste ano, mais de R$ 830 milhões com viagens, depois de ter gastado mais de R$ 2 bilhões no ano passado”, observa J.R. Guzzo.
Por falar em Olimpíada, Guilherme Fiuza premiou em seu artigo dez recordes que já foram batidos nos jogos deste ano. Três deles:
“Recorde mundial de hipocrisia no uso de símbolos religiosos para provocações idiotas.”
“Melhor performance no antissemitismo sem barreiras (contra a delegação israelense).”
“Medalha de ouro com diamante e pedras preciosas para turismo perdulário de primeira-dama.”
Por dois motivos, nenhum brasileiro com a cabeça em ordem celebrou a medalha conquistada pela primeira-dama. Primeiro: é uma condecoração que envergonha o Brasil. Segundo: nessa modalidade, Janja é imbatível.
Boa leitura.
Branca Nunes,
Diretora de Redação
A melhor revista do Brasil com os melhores comentaristas
As peripécias da quadrilha petista e seus satélites. Vamos á leitura.
Como leitora de Oeste só tenho a agradecer a excelência dos textos alicerçados nos fatos e a forma límpida e respeitosa com que é tratada a língua portuguesa. Sempre iniciou a leitura pela carta dirigida a mim, leitora, e sempre me sinto instigada a ler o conteúdo inteiro da edição.
É urgente acabar de toda forma com essa ditadura disfarçada ridiculamente
“Nao importa quem vota, quem importa é quem conta os votos”. Stálin
O que ocorreu na Venezuela diferente do que ocorreu aqui em 2022? Por sinal, o ditador Maduro apenas copiou e fez um copia de baixa qualidade. Está perdendo manifestantes e não é diferente do que ocorreu aqui e tanto lá, quanto cá, com o apoio desavenhado do judiciário e das FFAA.