A notícia mais relevante desta semana na política americana foi a escolha do vice na chapa de Kamala Harris. O governador de Minnesota, Tim Walz, foi o selecionado para o cargo. Em que pese minha tendência a concordar com Matt Walsh, para quem o nome do vice historicamente pouco agrega ou tira votos, neste caso pode fazer diferença, sim, pela corrida apertada e pela necessidade de conquistar os Estados indecisos no “cinturão da ferrugem”.
Mas, acima de tudo, há o simbolismo da escolha. Enquanto Trump escolheu J.D. Vance — um jovem senador que ganhou notoriedade depois de sua biografia virar bestseller e filme, relatando sua vida difícil com pobreza e mãe viciada e a posterior superação, que o levou a se formar em Direito com Summa Cum Laude em Yale e ter sucesso profissional no mercado —, Kamala optou por alguém tão ou mais radical do que ela em termos ideológicos.
Há quem tente pintar Walz como um “caipira gente fina”, mas é pura desinformação — assim como a própria Kamala moderada não passa de uma invenção da mídia. “Tampon Walz”, como já foi apelidado pelos republicanos, queria colocar absorventes em banheiros masculinos para atender trans. A lei de Minnesota, que entrou em vigor em 1º de janeiro, exige que os produtos menstruais — incluindo absorventes, absorventes internos e outros itens — “devem estar disponíveis para todas as alunas menstruadas em banheiros usados regularmente por alunos da 4ª à 12ª série, de acordo com um plano desenvolvido pelo distrito escolar”.
Os legisladores republicanos estaduais rejeitaram a legislação na época, mas acabaram não conseguindo alterar o projeto de lei para que se aplicasse apenas aos banheiros femininos. Não por acaso a comunidade LGBT+ comemorou a escolha de Walz, que tem acendido várias velas ao movimento. Walz emitiu uma ordem executiva no ano passado estabelecendo o estado como um refúgio seguro para menores transexuais que desejem obter cuidados de saúde ligados à “mudança de gênero” e um refúgio para indivíduos que procurem um aborto, bem como para os seus médicos e suas famílias.
Além disso, Walz é entusiasta do movimento Black Lives Matter, que literalmente incendiou o país em protestos violentos. Trocando em miúdos, Walz é uma espécie de Kamala com sotaque interiorano, e igualmente esquisito em suas caras e bocas, para não dizer suas ideias. Não por acaso ele era a escolha do velho socialista Bernie Sanders, e deixou o “esquadrão” em polvorosa. Alexandria Ocasio-Cortez, Ilhan Omar, Cori Bush — a turma toda mais radical — comemoraram. E a radicalização do Partido Democrata nas últimas décadas é inegável.
O sonho de Martin Luther King, de uma sociedade que julgasse pelo caráter em vez da cor da pele, se perdeu de vez
Kamala poderia ter ido com um nome mais moderado, como o do governador Josh Shapiro. Mas, como uma comentarista da GloboNews colocou, e com naturalidade, o “problema” de Shapiro é ser judeu e apoiar Israel. Isso virou pecado capital na esquerda americana, provando como ela se radicalizou. É preciso defender os palestinos, incluindo indiretamente os terroristas do Hamas, e demonizar Israel, para poder manter a narrativa woke de “oprimidos e opressores”, que deve excluir a minoria mais perseguida da história do grupo dos oprimidos, pois os judeus obtiveram sucesso financeiro em termos relativos. Por mais que seja mérito da comunidade judaica, isso incomoda muito a turma “progressista”.
Tanto que o ator Ben Stiller chegou a confessar que desejava ser negro ao doar US$ 150 mil para a campanha de Kamala, vibrando com o fato de ela ser indiana, negra, “tudo”. A política identitária tomou conta dos democratas, e não há mais espaço para o indivíduo e suas qualidades. O sonho de Martin Luther King, de uma sociedade que julgasse pelo caráter em vez da cor da pele, se perdeu de vez. A mesma turma que não sabe responder o que é uma mulher está utilizando na campanha a possibilidade “incrível” de os Estados Unidos terem “a primeira presidente mulher”. Como Kamala se parece com Dilma em suas tiradas “inteligentes” e no esquerdismo, seria bom avisar aos eleitores o que uma “presidenta” dessas pode fazer com a nação…
Aborto em qualquer etapa da gestação, socialismo na economia, imigração descontrolada, ideologia de gênero: essas são as pautas da mãe de subúrbio, por acaso? Quem tenta pintar a chapa Harris/Walz como moderada está deliberadamente tentando enganar o povo, ou vive numa bolha tão fechada que julga serem essas mesmas as prioridades do povo. Não são.
No fundo os democratas sabem que essa agenda é impopular, tanto que tentam escondê-la do público com a ajuda da imprensa. Kamala, que defendia o “defund the police” para retirar recursos dos policiais, agora banca a ex-promotora que apoia a polícia, e a mídia sumiu com o rótulo de “czar das fronteiras” que ela havia recebido com orgulho, antes do fiasco que permitiu a entrada recorde de imigrantes ilegais no país, incluindo dezenas de pessoas na lista de suspeita de elo com o terrorismo.
Em suma, a chapa Kamala Harris e Tim Walz é puro engodo, um cavalo de Troia socialista que a imprensa está tentando colocar para dentro do país. Elon Musk, que sempre foi mais liberal do que conservador e lamenta a radicalização do Partido Democrata, afirmou que Kamala é quase literalmente uma comunista ao pregar resultados iguais. Não é pouca coisa para os padrões americanos, calcados na meritocracia individual, no livre mercado e na propriedade privada. Se os americanos sempre rechaçaram ameaças comunistas, isso se deveu ao fato de os comunistas não esconderem sua face. Hoje o perigo é maior, primeiro pela idiotização de parcela significativa do povo por meio da própria imprensa e do ensino público, e por fim pelo disfarce eficaz que Kamala usa com ajuda da imprensa.
“O povo americano nunca adotará conscientemente o socialismo, mas sob o nome de ‘liberalismo’ adotará cada fragmento do programa socialista, até que um dia a América seja uma nação socialista sem saber o que aconteceu”, profetizou Norman M. Thomas, líder do Partido Socialista dos Estados Unidos em discurso de campanha em 1948. Tomara que seja uma profecia equivocada, para o bem de todos. Mas é inegável que o Partido Democrata cedeu de vez aos socialistas e tem, segundo as pesquisas, uma chance razoável de vitória. Poderemos ter uma socialista na Casa Branca, não como uma vice apagada, mas como a comandante em chefe das Forças Armadas mais poderosas do planeta. É um pensamento assustador…
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Quando olhamos para a história dos USA e nos deparamos com o desenvolvimento gerado pela iniciativa privada e capital de risco de investidores como Cornelius Vanderbilt, John Davison Rockefeller, J. Pierpont Morgan, Walter Chrysler, Henry Ford, William Edward Boeing e tantos outros nativos ou imigrantes concluímos que o momento atual não é de um passo atrás, mas de séculos.
A nefasta ideologia esquerdista deseja impor a qualquer preço sua vontade perante a sociedade, não sendo possível pensar diferente ou discordar de ações que contrariam o bom senso, o caráter e os valores.
Kamala, a cara dela não nega. É uma mala sem alça.
A nação mais rica e poderosa do planeta que cresceu e se desenvolveu graças ao exemplo de democracia e liberdade de seu povo agora se vê na iminência da sua destruição, em pleno século XXI, através de uma ideologia que levou nações a pobreza e ao atraso. A liberdade dos indivíduos, por incrível que pareça, através da destruição da sociedade, em particular dos jovens pelo consumo de drogas e pela imigração desenfreada estão conduzindo os Estados Unidos a decadência moral e econômica. A destruição se dará, não tenha duvidas, caso a tal da Kamala assuma a presidência do país. Enquanto isso a China assiste de camarote a possível destruição da Europa e dos Estados Unidos.
Não vivo nos EUA mas a chance, menor que seja, dessa mulher vencer as eleições me causa arrepios!
Deus salve a América!
É incrível, independentemente de país, como as pessoas estão ficando cada vez mais imbecilizadas e abraçando de corpo e alma esse movimento woke.
Assustador mesmo. Se fosse para estabelecer um percentual de Kamala vencer, qual percentual darias meu caro Constantino?