— Bisturi.
— Não tem.
— Como, “não tem”? Nós estamos num centro cirúrgico.
— Isso é verdade. Estamos mesmo num centro cirúrgico. Mas não tem bisturi, doutor.
— Você é uma instrumentadora. Você tem que ter um bisturi à mão.
— Pois é. Teria mesmo que ter. Mas não tem bisturi nenhum aqui. Não posso me virar em bisturi.
— E agora? O paciente já está sedado. O que eu faço?
— Usa a sua criatividade.
— Criatividade? Eu sou um cirurgião! Aprendi a ter perícia, não a ser criativo.
— Perícia e criatividade não são coisas tão diferentes assim.
— De onde você tirou isso?
— Li no jornal.
— Cada coisa que sai no jornal hoje em dia…
— Pois é. A gente tem que se reinventar.
— Como um cirurgião pode se reinventar sem bisturi?
— Vamos por partes.
— Até para ir por partes eu preciso do bisturi.
— Calma, não fica ansioso. Você vai dar o seu jeito.
— Dar o meu jeito?! Anos e anos de estudo para jogar tudo fora e dar um jeito?
— São os novos tempos.
— Novos tempos??
— Pensa pelo lado bom.
— Que lado bom?
— Sem precisar de técnica, perícia e instrumentos, seu trabalho vai ficar mais livre.
— Livre??
— Leve.
— Leve??
— Solto.
— Solto??
— Livre, leve e solto. Nada de estresse. Em vez do trabalho árduo de cortar, costurar etc., você vai improvisar.
— Não sei fazer isso.
— Com o tempo você aprende.
— O que eu tenho que fazer pra aprender?
— Nada.
— Como assim?
— O bom desse aprendizado é justamente isto: você não precisa fazer nada. Basta seguir a correnteza.
— Nadando?
— Boiando.
— Nem uma braçada?
— Nada. A correnteza é forte. Só relaxar e se deixar levar.
— E se me perguntarem pelo paciente?
— Já falei: use a sua criatividade.
— É que isso ainda é novo pra mim. O que ponho no laudo de uma cirurgia que não tinha nem bisturi?
— Você ainda está preso a detalhes. Pensa grande.
— Me dá uma luz.
— Se te perguntarem pelo paciente, diz que ele passa bem.
— Mas eu não posso botar isso no laudo!
— Quem assina o laudo?
— Eu.
— Então você pode tudo, bobo.
— E se alguém reclamar?
— A correnteza leva.
— Bom, e o que a gente faz agora? Esse paciente vai dormir um tempão e a gente não tem nada pra fazer.
— Espera aí que vou buscar um baralho.
Leia também “Pense antes de postar”
Fiuza, espetacular !! Para bom entendedor, meias palavras bastam !!
Fico sem entender o porquê a OAB é complacente com todas as ilegalidades que está acontecendo. O que ganham com isso?
hahahahahá sensacional Fiuza
com bisturi ou sem, usa a criatividade ! (criatividade Alexandrina)
Brilhante análise ,Fiuza.
genial Fiuza!
temos muitos modelos a seguir e de como “usar a criatividade” …kkk!
doutos e excepcionais “sinistros” da maior competência, que nos ensinam quase de tudo!
criatividade …. temos de usar.
poxa! mas se eu usar a minha criatividade vou ser enquadrado no 08 de janeiro.
já não tenho mais idade para sair usando a minha criatividade. … reconheço.
pobre e podre Brasil
viva a américa latrina!
Só entende quem lê oeste
Só entende quem lê oeste
😅😂🤣
Fiuza desmontou o asqueroso esquema de fraudar dados, alterar atas para que as trapaças sirvam como reforço às sentenças previamente concluídas. Uma tramoia sórdida, abjeta, nojenta de um ministro que dá o tapa e esconde a mão. Que julga e sentencia sem mostrar a cara. Faz isso virtualmente. Pior, apoiado por seus pares, que, aliás, já são cúmplices há quase cinco anos. Abuso de poder, perseguições, contas bloqueadas, celulares e passaportes apreendidos. Não dá mais. O crime está manifesto em fratura exposta. Ele agora é réu. Réu do povo. Sete de setembro vem aí. As ruas estarão cobertas de verde e amarelo. Mas os Maduros daqui poderão adotar métodos do Maduro de lá. Mandar a PP se infiltrar, bagunçar, para culpar e criar novos golpistas. Pode fazer o que quiser. Perdeu a credibilidade. Está desonrado. Está maculado. A mancha não se apagará com novas perseguições. Basta.
BISTURÍ INÁCIO DE MORAIS TÓFOLI.
Fiuza, maravilhoso como sempre 😊.
Estou aqui com a Dilma e ela te pergunta, Fiuza, quem é esse tal de bisturi.
Boa! KKK
Quero ver os outros Airtons Vieira e Eduardos Tagliaferro. Afinal de contas, existem mais juízes no gabinete de Moraes, bem como mais agentes no TSE.
Kkkkkk, show de bola.
Cada vez mais Fiuza. Cada vez melhor.
Exatamente isso. 👏
Magistral Fiuza!Muito bom!
Criativo e muito divertido. Me fez lembra r de algo.
Excelente
Show, grande Fiúza!
Mais um brilhante texto do grande Fiuza. Parabéns. Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.
Perdeu Mane, “Zimbora.” O “muro” treme e Mane, pensa, (do verbo cerebelar), de qual lado cair: da direita facista (que o nutre) ou da esquerda muróloga, que como ele, sempre se equilibrou entre o fazer nada e o nada fazer. Está vida é um “Di – Lemmon”, já que Di é 2 X=Didi, que flamejou a bandeira alvinegra, e cujo sonho era ensinar algum garoto a fazer a ‘folha seca’ e reclamava que “ – não via mais ninguém fazer isso”; e Lemmon, John., em sua mensagem inspiradora na letra “Imagine”, encoraja a visão de um mundo sem fronteiras, livre de divisões religiosas e nacionais, propondo uma vida desapegada de bens materiais. Cheguei ao fim, perdido desde o começo, já que não sei operar sem o meu bisturi, pois “faz-de-conta” não corta a pele mas infarta qualquer coração que “tenha sangue nas veias.
Espetacular!!
Show!
Brilhante!