Num recente desabafo a um assessor insistente, Lula disse: “Eu, na verdade, tô é f….”. Recém tinha tirado o ministro mão-boba dos Direitos Humanos, e a substituta já aparecia com extenso currículo de problemas, e ainda tinha que responder sobre fogo recordista na Amazônia e no Pantanal. Constantemente cobrado, está com a paciência no fim. A reação dele ante as críticas da líder indígena Yakuy Tupinambá não foi a de um cavalheiro ante uma senhora idosa e de respeito. Não é para menos. Ele acumula frustrações próprias com as frustrações de seu povo eleitor. Queixou-se de contar com apenas 70 deputados e nove senadores. (Com isso, tem que pagar pedágio para o voto passar — e o centrão é o principal cliente.) Além disso, é vítima da própria propaganda. Criou expectativas — na campanha e no governo — que não pode cumprir. E o resultado é a frustração dessas expectativas, nos eleitores que lhe deram voto e naqueles líderes estrangeiros que o aplaudem. Material abundante para os opositores e críticos.
@msconservador A cerimônia de repatriação do manto tupinambá foi marcada por debates entre lideranças indígenas e o presidente Lula na noite desta quinta-feira, no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, onde a peça ficará exposta. O presidente rebateu o manifesto assinado por 23 aldeias da Bahia a respeito da insatisfação dos indígenas em relação à condução da pauta indigenista pelo governo federal. O texto tem ainda críticas ao Congresso Nacional e ao Judiciário, pela aprovação da lei do marco temporal. "Se tivesse o poder que ela pensa que eu tenho, não estaria aqui comemorando um manto. Estaria comemorando a vida de milhões de indígenas que morreram neste país, escravizados pelo colonizador europeu", disse Lula, direcionado a Yakuy Tupinambá, anciã e liderança indígena de Olivença, na Bahia. Reprodução | Canal do Conde.
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A agenda ambiental e a da fome ficam em primeiro lugar na frustração. O próprio governo tem dito que há 33 milhões de famintos no Brasil, o que significa fracasso do Fome Zero em mais de 15 anos de governo petista. E o fogo na Amazônia e no Pantanal — e pelo Brasil inteiro — derruba toda argumentação de um ambientalismo de propaganda e pouca ação preventiva no país que vai sediar encontros internacionais. Quanto à agenda de direitos humanos, não é a mão-boba do ministro que põe a seriedade a perder; é a falta de ação para proteger brasileiros perseguidos e injustiçados, na Amazônia e em Brasília. Nenhuma palavra sobre colonos amazônidas assentados pelo Incra e depois enxotados pela polícia, perdendo tudo e sem ter onde viver. Nenhuma palavra sobre os injustiçados que só se manifestaram e nada quebraram, e são condenados como se fossem perigosos terroristas.
No Rio Grande do Sul das enchentes, a propaganda criou até um cargo extraordinário de ministro com mais força que o governador, mas em pouco resultou, gerando mais insatisfação. Não é apenas a picanha; a dívida pública se aproxima de 80% do PIB, a inflação bate no teto e exige aumento dos juros básicos; na política externa, o presidente está se tornando o único apoiador de Maduro, e ainda desagrada o ditador, como desagradou Ortega, que cortou relações. Nas cidades, o crime organizado se expande e enraíza. E Lula parece cansado. Não apenas ele, mas o eleitor.
Segurança, ensino, saúde, os resultados são pífios e, em geral, só piora o bem-estar da população
Na proximidade da eleição, penso que o eleitor esteja também com a paciência se esgotando. Aliás, o eleitor já avisou muitas vezes que já não aguenta ter que votar no menos pior. O eleitor já escolheu o rinoceronte Cacareco, o macaco Tião, o palhaço Tiririca e similares, para mostrar aos partidos com quem se parecem muitos candidatos que figuram nas listas partidárias. Os partidos buscam gente popular para gerar voto, sem saber das qualidades de político e administrador dessas pessoas. Apenas porque brilham no futebol, nos palcos, na TV, nas redes sociais, viram candidatos, sem o menor conhecimento do que vão fazer como prefeitos ou vereadores, além de jogar cadeiras no adversário.
Isso não é de agora e é por isso que a nossa política é tão pouco eficaz no objetivo de gerar melhorias para o povo. Segurança, ensino, saúde, os resultados são pífios e, em geral, só piora o bem-estar da população. E, quando alguém mostra serviço, é cancelado como um intruso no mecanismo. Se Lula tem tão pouco apoio no Congresso, quem, então, impede que se busquem soluções para o país? O centrão já mostrou seu apego ao status quo, em que é melhor ficar como está. Não querem mudar — a não ser para pior, como se vê em debates para a eleição municipal paulistana, a mais importante do país. O objetivo, como expressou um vereador, é enriquecer no cargo — enquanto vai mantendo a enganação. Neste ano há oportunidade de mudanças; em 2026, também.
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a foto do cabeçalho é digna de prêmio de fotografia. “O FIM MELANCÓLICO DE UM TORTO CAMINHO”.
“mostra o fim de um câncer da política” que se notabilizou por ser sujo, abjeto, boçal, canalha, decrépto, energúmeno, falastrão, gatuno, idiota, jocoso, larápio, manipulador, néscio, oportunista, quadrilheiro, ratazana, safado, truculento, …. um analfabeto funcional.
a lingua portuguesa é rica, seja para dar nomes ou mesmo caractelizá-los.
Alexandre Garcia com sua experiência de mais de 5 décadas dedicadas ao jornalismo e ao cenário político brasileiro transmite em um artigo a triste história política de um país que ainda não definiu para onde quer ir.
Lula foi descondenado por Edson Faccin, eleito e empossado por Alexandre de Moraes e protegido pelo Consórcio STF/TSE.
Em 21 meses de “administração” as únicas “conquistas” do país são o aumento de impostos, aumento da dívida pública, Janja conheceu o mundo, Toffoli destruiu as provas criminais da Lava Jato e devolveu o produto do roubo aos corruptos, traficantes saíram pela porta da frente do presídio e tiveram seus helicópteros, lanchas e mansões restituídos.
Um povo que idolatra o ex presidiário Lula (existem muitos), choram pela prisão de Deolane, acreditam que a perícia de jogador de futebol em chutar uma bola é mais importante que a perícia de um piloto em comandar um 787, onde alunos da 9ª série são incapazes de resolver uma equação de primeiro grau, onde os beneficiários do bolsa família é a soma da população de 3 países – Argentina, Paraguai e Uruguai – e muito mais.
Mas acredito que seja o suficiente porque a lista produzida pelo desgoverno é suficiente para alimentar um seminário de uma semana.
Esse país tá condenado pela incompetência, roubalheira e desonestidade dos três poderes
O PT é isso aí: pessoas incompetentes preocupadas apenas com o poder, o domínio sobre os meios de repressão e o estabelecimento de uma hegemonia da mentira. Nada tão gramsciano… Tão nada! Eles não possuem a mínima ideia do que precisa ser feito diante dos problemas que se apresentam. Seguem o mandato arrecadando impostos, viajando, falando besteiras, fazendo bobagens e gastando o dinheiro que não é deles. Se julgam o máximo! São, verdadeiramente, ridículos. Tomara que o Brasil acorde antes que a ditadura socialista plena se instale!
Políticos nunca foram parte da solução e sim parte dos problemas, enquanto tivermos esses políticos que só pensam em si, não teremos futuro
Começa pelos vereadores, tinham que trabalhar sem remuneração como era antigamente e nem pensar em ter assessores
Veríamos então quantos candidatos iriam postular a vaga de vereador
Isso! Vereador não deve ter salário. !
Ótimo artigo. Parabéns. Mestre Alexandre Garcia permita-me discorda de apenas um ponto: a paciência do eleitor com o Aborto de Súcubo que governo o país, não se esgotou. Espere até a próxima eleição presidencial e se essa desgraça estiver viva e concorrer, certamente terá bastante votos. Uma lástima.
Alexandre é como vinho bom que melhora cada vez mais com o passar do tempo. Graças a Deus que temos o craque com a corda toda! 👏👏👏
Simples, direto e objetivo. Alexandre Garcia é um exemplo a ser seguido. Poderia está desfrutando das benesses governamentais. Está no front de batalha ao lados dos fracos, simples e oprimidos. Esse engodo chamado Lula acabou com a capacidade criativa dos nordestinos. Agora nesta nossa região querem saber apenas de bolsas e a cada dia desprezam o trabalho e os estudos. E ainda tem gente que defende este tipo de política na pior acepção do termo. A etimologia da palavra política quer dizer zelo pelo que é público. Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós. Parabéns por mais um brilhante artigo. A Revista Oeste precisa ser impressa para que possamos distribuir a quem não tem computadores. E são inúmeros que não possuem um computador. O analfabetismo nesta região somente aumenta apesar das propagandas governamentais enganosas. Não se estuda por aqui pra crescer e evoluir humanamente mas simplesmente pra obter cargos no governo.
Concordo Josenildo.
Alexandre, primoroso como sempre. A triste constatação é a de que o Brasil bateu no teto, não há nenhuma chance de dar certo. É um sistema construído para dar errado.
Brilhante sempre, Alexandre Garcia, parabéns pelo belo texto!
Mais curioso é a estupidez do sujeito e seus “parças”. Hoje, mesmo, se ele fala para o xinde voltar atrás nessa aberração da multa às pessoas que usaram o X ele volta a respirar um pouco, tira toda essa pressão de ditadura e tals, mas ele é lerdo demais para isso. Para isso.
O Brasil não quer mudar e todos querem a seu naco na arca da viúva.