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Foto: Revista Oeste/Midjourney
Edição 238

Libertem a liberdade

O que têm em comum Joice Hasselmann, Abraham Weintraub, general Santos Cruz, João Doria, Sergio Moro e Alexandre Frota?

Guilherme Fiuza
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Rolou um barraco feio entre o pastor e o ex-presidente. No meio do rolo, Marçal, o fenômeno, previu a vitória eleitoral do Boulos. Dessa vez ele não chamou de “Boules”…

É a guerra entre a “direita” e o “sistema” — dizem os especialistas, os analistas, os entendidos, os militantes jornalísticos, os cientistas políticos e geopolíticos — e bota gel nisso. Será? O que é “a direita”? O que é “o sistema”? Sem a sofisticação dos gatos-mestres, vamos fazer uma pergunta simples:

O que têm em comum Joice Hasselmann, Abraham Weintraub, general Santos Cruz, João Doria, Ernesto Araújo, MBL, Sergio Moro, Alexandre Frota e grande elenco “de direita”?

Resposta: todos apedrejaram o governo que, segundo o álbum de figurinhas ideológicas, era o governo “da direita”. Ou mais que isso: um governo que dava resultados conforme a gestão defendida pelos apedrejadores. Mas aí virou “sistema”… Êta, vida fácil.

Joice Hasselmann simboliza bem esse grande elenco. Chegou a ser líder do governo na Câmara e agora não conseguiu se eleger vereadora. Qual era a grande credencial política da Joice, que virou abóbora? Ser “de direita”. Quantas Joices terão sido vitoriosas nessa eleição municipal?

Joice Hasselmann simboliza bem esse grande elenco. Chegou a ser líder do governo na Câmara e agora não conseguiu se eleger vereadora | Foto: Reprodução/Redes Sociais

Não tente responder, porque você não sabe. O que todos sabem é que há um caminhão de votos para quem se diz “de direita” contra “a esquerdalha”. E o que isso significa em termos de escolha política? Segundo a Lei de Hasselmann, nada. Absolutamente nada.

Esse conceito da “direita” (assim como o da “esquerda”) é vago, anacrônico, superficial, enganoso e, ao mesmo tempo, um sucesso. Uma palavrinha mágica que dá voto, dá like, dá audiência, atrai seguidores, atrai fiéis, dá poder, fama e grana. E dá também o melhor pretexto para os que estão perseguindo, abusando do poder e censurando. Eles dizem estar combatendo “a direita” e correm pro abraço, estalando seu chicote no lombo de quem não tem nada com isso.

Meio mundo acredita que “direita” significa ódio e ataque à democracia. Não estamos falando da “esquerdalha”. Muita gente comum e não partidarizada acredita nisso. Claro que é um grande mal-entendido. Até porque, como já dito, são conceitos vagos. Mas é desse mal-entendido que vivem hoje os picaretas e os tiranetes, devidamente fantasiados de democratas, encenando sua luta “contra a direita” para perpetrar as maiores barbaridades contra o direito do cidadão.

Enquanto liberdade tiver apelido ideológico, os pilantras estarão a salvo.

Recentemente, num embate entre dois ex-ministros do governo Bolsonaro, um disse para o outro que fazer obra não era tão importante quanto “combater a esquerda”. Se levantar bandeira é mais importante que botar a mão na massa, talvez seja melhor o país deixar a política de lado e fundar uma federação de torcidas organizadas.

Leia também “O cálice eleitoral”

3 comentários
  1. João Bosco Almeida Brito
    João Bosco Almeida Brito

    Sempre procuro ouvi-lo Alexandre Garcia, jornalista brasileiro, mas está chegando à hora a mostrar o valor do direito de defesa e do contraditório perante o abuso de autoridade dos ministros do STF, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Antônio Dias Toffoli, Edson Fachin, Luiz Roberto Barroso e Cármen Lúcia, não ficar defendendo essa hipocrisia dessa política esquerdista não sendo submetido as decisões monocráticas inconstitucionais desses ministros do STF e TSE e com a submissão do presidente do Senado Federal Rodrigo Pacheco e deixando bem claro que com a eleição do ex-presidiário Luiz Inácio Lula da Silva à presidência do Brasil, estaremos entrando em uma irresponsabilidade jurídica no Brasil.
    Estamos caminhando para o socialismo, um sistema que, como se diz, só funciona no Céu, onde não precisam dele, e no Inferno, onde ele já existe.

  2. Erasmo Silvestre da Silva
    Erasmo Silvestre da Silva

    Essa esquerdaiada tá morta e não sabe

  3. Maq C0
    Maq C0

    Pois é. A UB na capital baiana mesmo que fechou praias, durante a Pandemia, empurrou vacinas até não poder mais se empenhando em experimentos laboratoriais mirabolantes usando moradores de rua, grávidas, puerpuras, crianças e bebês foi apoiado pela o João Roma do PL. UB que veio da DEM, do ACM Neto, cujo avô foi muito amigo do Fidel Castro. Então que direita é essa que o João Roma mesmo diz representar ?Hoje temos parlamentares do PL defendendo “pátria, Deus e família” porém defendendo pena de morte aos seus opositores. Como compreendermos isto ? O próprio CATOLICISMO tem um viés idólatra que se contradiz ao conteúdo da Bíblia, então o que é preservar e reter a “tradição” ? Grande Fiúza, como sempre.
    Foi coisa de “vitória da direita” coisa alguma. Foi vitória de disfarçados de não-comunistas, ainda mais porque o marxismo é isso; ela se transforma. Ela é holística. Ela é mutável. Já de Marx para Engels é a prova disso. Daí para Lenin, Trotsky, Stalin sucessivamente tanto e que cada um foi eliminando os seus antecessores e súbitos em massa. Eles não podem deixar rastros históricos já que são revisionistas. Esta “sensação” de que o PT está se derretendo é proposital deles mesmo. Vcs duvidam que o Dirceu venha a se candidatar pelo outro partido em 2026 ? A palavra tem poder mas o jornalismo não pode ser feito em cima de expectativas se não vira comunista. Não é possivel o jornalismo tentar domar a realidade. A Oeste precisa acertar e se concertar. Não se pode ir por onde um técnico de time esportivo vai; tentar fazer a cabeça dos atletas diabte de uma realidade muitas vezes muito dura para se vencer. E Fiuza é honesto para com a realidade e não muda seus princípios. Parabéns.

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