Em uma entrevista ao Globo nesta semana, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, defendeu o diálogo com o centro para ganhar em 2026, alegando que o difícil era Bolsonaro aceitar. Valdemar reclamou do “radicalismo” de alguns bolsonaristas e se queixou da postura intransigente de não fazer coligação com ninguém de esquerda. Eis um trecho da entrevista:
“É importante porque nós temos que crescer. Nós temos que ganhar a eleição. O [senador] Rogério Marinho até falou uma boa esses dias: ‘Esse povo do Nordeste que vota no PT defende as nossas causas’. E é verdade isso. Agora, nós temos que ter jeito para trazer essa gente para nós. Nós temos que trazer para ganhar a eleição em 2026. Se nós não trouxermos esse pessoal, nós não temos maioria. Temos de trazer, com jeito, com Bolsonaro. Ele fez muito por nós, tem de ter jeito. Eles têm de entender. Não só ele. O Nikolas também. Ele é muito radical. Tem gente boa em todos os lugares e temos de trazer esse pessoal.”
Em condições normais de temperatura e pressão, o presidente do PL teria um ponto razoável. Para vencer uma eleição, em algum momento é preciso acenar para a turma mais moderada, ao centro. Mas cabe questionar a premissa: estamos em CNTP? Há alguma normalidade em nosso país? Para responder isso, basta lembrar que, enquanto Valdemar concedia tal entrevista, o STF avançava contra novo alvo, dessa vez o deputado Marcel van Hattem, do Novo.
O comunista Flávio Dino resolveu incluir o parlamentar liberal num inquérito por criticar o delegado da Polícia Federal que age muitas vezes como jagunço de Alexandre de Moraes. E onde fica a imunidade parlamentar garantida pelo artigo 53 da Constituição? O jurista André Marsiglia chamou a medida de “abusiva” e “inconstitucional”, lembrando que não há qualquer justificativa para uma investigação, uma vez que a fala se deu no Congresso e que o intuito de constrangimento ilegal é claro.
O senador Rogério Marinho também saiu em defesa do deputado:
“As palavras do deputado, duras, como o momento exige, foram ditas no ambiente do espaço político, trazendo denúncias sérias a respeito de possíveis ilegalidades cometidas por autoridades públicas. O direito de usar a tribuna, ainda que incomode os possíveis infratores, é a maior razão de ser da imunidade parlamentar descrita no artigo 53, da Constituição Federal. Ao se estabelecer a imunidade, a Constituição confere aos parlamentares o direito de não se submeterem ao Juízo de legalidade do conteúdo de seus discursos. É, justamente, a blindagem contra a possibilidade de serem calados por outros Poderes.”
No mesmo dia, o Estadão publicava um editorial alegando estar difícil defender o STF. Não falta esforço por parte do jornal tucano, vale dizer. Diz o editorial: “Crise de confiança no STF deveria ser resolvida por autocontenção dos ministros. Mas não se pode esperar por autocontenção quando os próprios ministros não admitem que erram”. Mas, quando o Congresso apresenta PECs para conter esses abusos, o mesmo jornal, um tanto esquizofrênico, as chama de “vingança”.
Até mesmo o esquerdista The New York Times publicou uma reportagem de Jack Nicas levantando a possibilidade de a direita ter um ponto ao afirmar que o STF virou a maior ameaça à democracia brasileira. Os abusos de poder foram longe demais e saltam aos olhos. O STF persegue a direita, promove censura, prisões políticas e ainda se gaba de ter derrotado o “bolsonarismo”. Como, nesse cenário, pode ser aceitável propor um “diálogo” com os inimigos?
“Não adianta tentar negociar com o tigre quando a sua cabeça já está dentro da boca dele”, alertou Churchill, que condenava a postura de apaziguamento com os nazistas. A sensação que fica quando vemos certas declarações de Valdemar, do pastor Silas Malafaia, de Gilberto Kassab ou mesmo de Tarcísio de Freitas é de que existe um esforço consciente para o resgate do “teatro das tesouras”, em que somente uma “direita permitida” pode desafiar a esquerda lulista.
Mas o que fazer com os milhões de conservadores que despertaram para a política? Como ignorar os bolsonaristas e aqueles que estão sob censura ou até presos pelo “crime” de opinião? Enquanto a situação no país for esta, de total arbítrio supremo, não há conversa possível com o “centro”, se a pauta prioritária for ignorada. É impossível fingir não ver o elefante na sala. Valdemar quer Bolsonaro como cabo eleitoral, quer os votos bolsonaristas, mas quer coligações com quem aplaude os abusos supremos? Não custa lembrar que Rodrigo Pacheco, o maior cúmplice de Alexandre de Moraes, pertence ao PSD de Kassab.
O diálogo é sempre importante. Em política, temos que fazer concessões, ceder, contemporizar. É a arte do possível. Mas isso presume normalidade institucional, o direito de o conservadorismo existir e participar do jogo democrático. Não é o que temos hoje. E as vozes que se levantam contra isso estão sendo perseguidas, como Nikolas e Marcel. Quando Valdemar chama seu deputado mais votado de “radical”, portanto, está dando munição para o sistema podre, colaborando na narrativa alexandrina que pretende extirpar o bolsonarismo da política. Seria preferível o presidente do PL sair em defesa de seu jovem e popular deputado, em vez de jogá-lo aos leões.
O “diálogo” que Valdemar deseja é a morte da direita conservadora. Para ficar bem com o sistema e vencer nas “regras” distorcidas que temos, parece que Valdemar estaria disposto a sacrificar Nikolas para atrair Kassab. Poderia até vencer mais eleições. Mas seria o caso de perguntar: seria ainda a direita?
Leia também “Nazipetismo”
Velhos políticos e também “donos”de partidos lutam de modo ferrenho pela manutenção do sistema perverso, que alija o povo brasileiro, e pelo domínio do poder e sustentação de seus próprios projetos.
Thomas Paine , ha 3 séculos
Análise da hora.
Esse Valdemar é Farinha do mesmo saco, nada diferente de Rodrigo Pacheco e Kassab. Nós estamos com o Nicolas e com o Marcelo Van Hatten.
Ouvir este ex-investigado por crimes contra a Nação brasileira, e ouvir o canto da sereia: morte certa!
Precisamos de um partido que aglomere os conservadores e liberais, urgente. Um Partido orgânico, baseado em princípios e intrasigente na devesa do conservadorismo nos costumes com vies liberal na economia.
Esse Valdemar é só mais um porco que chafurda na lama com essa corja de parasitas do sistema. Valdemar seu F D P, vai se foder seu escroto. Rasteja seu verme.
O chamado Centrão nada mais é que a representação do mais abjeto fisiologismo e seus componentes majoritariamente vendem a própria mãe em troca dos milhões em emendas parlamentares.
O texto envelheceu no mesmo fim de semana, Davi Alcolumbre escanteou Waldemar da Costa Neto.
E ainda por cima entrevista ao Globo, o que existe de mais picareta no jornalismo hoje. Muita audácia.
Valdemar da Costa Neto, corrupto confesso preso e condenado não deve merecer o respeito dos eleitores ditos de direita.
Ele pode qualquer coisa, menos afirmar que seja direita e tenha projetos para o país. Suas aspirações são pessoais e não medirá esforços para derrubar quem ousar cruzar o seu caminho.
Uma vez que se vende a alma ao Diabo, jamais se livra dele. Não se sai impune de uma negociação dessa.
As raposas velhas da política, acha que vai conseguir enganar a população, como fazia no passado, que a população eram manipuladas pela velha mídia, esquece que vivemos em outro tempo, onde a população passou a entender e gostar de política, e temos a internet e redes sociais para ter informações e desmentir as informações manipuladora da velha mídia comprada pelos corruptos.
Esse Valdemar ə inconfiável.
Querer manter puros os princípios de liberdade, família, propriedade, honestidade é radicalismo? Dar uma secretaria ou ministério para que um político ou partido se locuplete ou faça uma péssima administração é ser moderado?
Querer manter puros os princípios de liberdade, família, propriedade, honestidade é radicalismo? Dar uma secretaria ou ministério para que um político ou partido se locuplete ou faça uma péssima administração é ser moderado?
Não tem que conversar contempotizar. Estamos vivendo com bandidos fora da lei e da constituição. Esses bandidos ladrões comunistas terroristas que estão no poder têm que ser presos e as eleições serem limpas
Sempre o TSE et caterva pondo fogo na direita!!
O partido ALIANÇA foi boicotado de todas as maneiras pelo tse e pela mídia esquizofrênico. Exigências absurdas eram apresentadas. Conferências descabidas de assinaturas.
O partido ALIANÇA foi boicotado de todas as maneiras pelo tse e pela mídia esquizofrênico. Exigências absurdas eram apresentadas. Conferências descabidas de assinaturas.
Valdemar Costa Neto continua o mesmo de sempre, oportunista de escol! Mas condenar o Bolsonaro por estar no PL é esquecer que ele foi levado a isso pela ação do TSE que impediu a criação do partido pretendida pelo presidente Bolsonaro, recusando os milhoes de assinaturas apresentadas.
Será que o presidente Bolsonaro não sabia quem era Waldemar Costa Neto quando escolheu esse partido?
Para mim, o Aécio ganhou da Dilma, Bolsonaro ganhou do Lula, Pablo Marçal deveria estar no segundo turno, e não se espantem só o Boulos for “ eleito” prefeito de São Paulo. Acho que até com o voto impresso será possível ganhar mas, difícil será levar. Com ditadura não se brinca. É só olhar o que aconteceu com a Venezuela.
Um baita tiro no pé. “Não se negocia com o tigre quando a cabeça está na boca dele”, como disse Constantino. Não aos que estão em cima do muro, dispostos a se vender para quem dá mais. Esse se chama oportunismo interesseiro, que configura o perfil de um mercenário. Nome que se dá ao que atua por dinheiro.
Verdade seja dita! Lula não ganhou as eleições! O algoritmo prova isso!
Eu não sou nenhum analista político, minha opinião pode estar errada sim, mas quando o Bolsonaro esnobou o Bob Jeff pra ir pro colo do Valdemar da Costa Neto eu previ que aconteceria exatamente isso. Não sei se o Roberto Jefferson seria melhor político, mas minha intuição diz que ele está anos luz à frente desse Valdemar.
Não há o mínimo de razoabilidade na fala de Valdemar Costa Neto.Chamar de radical os que se voltam contra esse estado de coisas é mesmo dar munição para a continuidade dos absurdos que se seguem desenfreadamente no cenário político e jurídico do país.Como sempre cirúrgicas as análises de Rodrigo Constantino.
A direita deve urgentemente sair desse partido PL e tentar criar um novo partido. Só assim ficaria livre desses atuais partidos
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