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Ilustração: Shutterstock
Edição 258

A lei morreu

Os magistrados brasileiros não aplicam a lei — usam a lei. Decidem segundo o caso, a pessoa envolvida e os seus interesses políticos ou financeiros

J. R. Guzzo
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Vamos começar com uma pergunta compreensível, descomplicada e fácil de responder: você acredita que teria chances de receber uma sentença honesta, ou pelo menos coerente com a lei, se entrasse com uma ação numa vara judicial do Congo, digamos, ou de Ruanda, ou de algum dos 25 países da África que pelas últimas contas estão em guerra neste momento? E num tribunal da Al-Qaeda, ou do Exército Islâmico, ou coisa parecida? Que tal o Afeganistão, ou a esquadra judicial de algum grupo terrorista que vive de pirataria em alto-mar? Vamos, agora, à pergunta que interessa: você acha, sinceramente, que as coisas seriam diferentes na Justiça brasileira como ela ficou hoje — a começar pelo STF?

A única resposta possível, diante dos fatos concretos, indiscutíveis e visíveis para todo o mundo, é não e não. Não existe justiça em nenhum dos lugares citados na primeira pergunta. Não existe justiça, da mesma forma, no Brasil. A razão fundamental é a mesma: em nenhum dos casos o Estado nacional e quem tem a força bruta respeitam o que está escrito nas leis ao tomarem as suas decisões. Há leis, é claro — até numa tribo perdida no fim do mundo há algum tipo de lei. Mas os magistrados não cumprem o que as leis mandam fazer, ou cumprem para uns e não para outros, ou cumprem hoje e não cumprem amanhã. Dão sentenças opostas para as mesmas questões. Não aplicam a lei — usam a lei. Decidem segundo o caso, a pessoa envolvida e os seus interesses políticos ou financeiros.

Os ministros do Supremo, daquela maçaroca de “tribunais superiores” de Brasília e dali para baixo, rumo aos tribunais de Justiça dos Estados e às comarcas de primeira instância, acham que é um exagero dizer qualquer das coisas ditas acima. Pior: acham que é um “ataque à Justiça”. Na melhor das hipóteses, debitam esses “ataques” ao inconformismo humano de quem perdeu uma causa na Justiça ou discorda de alguma decisão — fruto, naturalmente, da sua ignorância das leis e da sua pretensão absurda de “discutir com o juiz”. É a resposta automática do sistema a qualquer crítica. “Por acaso você é formado em Direito? Quem é você para discutir com um jurista de notável saber jurídico?”

ministros stf
Foto oficial dos ministros do STF, registrada durante a posse de Flávio Dino no lugar de Rosa Weber (22/2/2024) | Foto: Antonio Augusto/SCO/STF

Será? Será que não dá para discutir nem com o notável saber jurídico do ministro Dias Toffoli — que foi reprovado duas vezes no concurso para juiz de Direito e, como tal, não está qualificado para decidir nem uma ação de despejo? É claro que dá para discutir. Não apenas é um direito do cidadão. Do jeito que as coisas estão indo com a Justiça brasileira, já é um dever. Para quem tem condições de se manifestar em público, como a Revista Oeste, na verdade tornou-se impossível levar a sério um sistema judicial que destrói, a cada dia, o direito constitucional das pessoas de receber justiça segundo o que está escrito na legislação. Não há exagero nenhum. Há juízes que negam a lei.

Não se trata de uma opinião: é um fato. Se a lei, como ocorre no Brasil de hoje, não é a mesma para todos, não é aplicada da mesma forma e durante o tempo todo, e vale ou não vale conforme o que o STF decide na hora, então não há lei nenhuma. É exatamente o que está acontecendo hoje no país. Por acaso algum cidadão preso pelas autoridades públicas tem direito à plena proteção do processo legal, se for “de direita” ou estiver sendo perseguido pelo ministro Alexandre de Moraes? Até uma criança de curso primário sabe que não. O Brasil de hoje é o centro mundial da insegurança jurídica — a situação em que ninguém, sobretudo os advogados, pode ter uma expectativa racional de que a lei será obedecida.

O país superou, na verdade, a mera insegurança jurídica. Está hoje em situação de crescente anarquia legal, criada diretamente pela violação das leis por parte do STF — e dali, como num processo de metástase, irradiada para baixo em todo o aparelho judicial brasileiro. A negação das regras mais básicas do Estado de Direito não é, há pelo menos seis anos, uma anomalia ocasional, dessas que podem acontecer nas melhores famílias da democracia mundial. Passou a ser um sistema. A surpresa, hoje, é ver a Justiça agir como um Poder que cumpre a lei. O seu pão-nosso-de-cada-dia, ao contrário, é a recusa em respeitar o ordenamento jurídico tal como ele é. 

Dias Toffoli, ministro do STF | Foto: José Cruz/Agência Brasil

Há literalmente centenas de casos, a maioria processada na escuridão do anonimato e envolvendo gente que não tem nenhuma condição de se defender, que comprovam de forma material a violação sistêmica das leis pelo STF — isso para ficar só no STF, e só nas violações mais óbvias. Acontece todos os dias. Está acontecendo neste exato momento, mais uma vez. A lei proíbe, por exemplo, que o juiz tome parte da negociação entre acusado e promotor, para efeitos de possível delação premiada, se é ele quem vai julgar a causa. Alexandre de Moraes faz o contrário. Não só participa, como comanda o processo — e ameaça prender o delator, o seu pai, a sua mulher e a sua filha maior se ele não disser o que querem que ele diga.

A mídia e os juristas consultados pela mídia, sempre os mesmos, fazem extensas considerações dizendo ao público que o ministro age de maneira perfeitamente legal — nunca, jamais, em caso algum, a mídia e os juristas acham que o ministro Moraes faz alguma coisa errada. Isso não torna o episódio legal, como nada é legal na raison d’être do atual STF: tornar oficial, jurídica e acabada a ficção de que houve um golpe armado no país, que o responsável é o ex-presidente Jair Bolsonaro e que ele tem de ficar na cadeia pelo resto da vida para não haver nenhum risco de que venha a ganhar uma eleição de novo. O “golpe” nunca foi dado e não há prova nenhuma contra ninguém. Mas também não há lei — e é justamente para isso que não há lei.

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Se houvesse, seria simplesmente impossível, entre sabe lá Deus o que mais, aceitar dos pontos de vista jurídico e moral que o ex-presidente seja julgado por inimigos declarados, como os ministros Moraes e Flávio Dino — este, inclusive e em público, chamou Bolsonaro de “demônio”. Está bom assim, ou precisa de mais alguma coisa? Os réus não vão ter direito a recurso das sentenças que receberem, coisa que deve ser ilegal até no Congo. O julgamento jamais poderia ser feito diretamente no STF. Os advogados não puderam exercer o direito de defesa. Todo o processo, do primeiro minuto até hoje, é uma árvore envenenada. Tudo o que saiu dela é ilegal — fruto contaminado pelo veneno original.

Se vale tudo no processo do “golpe” então vale tudo no resto — e essa bem que pode ser, todas as contas feitas, a pior depravação trazida ao Brasil pelo Supremo. Com certeza, é a mais duradoura e difícil de resolver algum dia. A política passa, mas o Erário fica, e o STF aboliu, com suas sentenças, o crime de corrupção no Código Penal Brasileiro. Aí complica. Os ministros, na verdade, criaram uma jurisprudência no Brasil única no planeta: se o sujeito provar que é ladrão, inclusive com confissão feita na presença de seus advogados, ele é absolvido e recebe de volta o dinheiro que roubou. Por que os ladrões do futuro seriam condenados?

“Se o ministro do STF pode fazer o que bem entende, por que eu também não poderia?” Essa é a pergunta no STJ, em seus similares de Brasília, nos tribunais de Justiça dos Estados e em toda a magistratura. Os efeitos estão aí. Desembargadores e juízes construíram para si um paraíso salarial onde recebem R$ 100 mil por mês, ou R$ 200 mil, ou R$ 500 mil, e daí para cima — e dessa aberração resulta que o Brasil tem o Judiciário mais caro do mundo. A venda aberta de sentenças, nos tribunais de Justiça, está todos os dias na mídia. Na prática, é permitida: não há nenhum magistrado preso no Brasil. A própria noção do que é a palavra “lei” está em vias de extinção. Basta ver que um juiz — isso mesmo, um juiz — propôs que fosse legalmente proibido o uso da palavra “penduricalho”. Segundo ele, é um “ataque à Justiça”.

Não há segurança nenhuma para os cidadãos, enfim, quando o ministro Alexandre de Moraes prega em aula magna nas Arcadas, e é aplaudido pela plateia, que o Brasil tem de eliminar legalmente a liberdade de expressão nas redes sociais. Não é liberdade, diz o ministro — ele, Moraes, e não o Congresso Nacional. É uma armação de multinacionais para manipular, violar e falsificar “o algoritmo”. Com isso, segundo Moraes, lavam o cérebro do ser humano. Com o cérebro de todo mundo lavado, tipo geral, as multis vão acabar com a democracia no Brasil e no resto do planeta, e impor uma ditadura mundial de extrema direita. Para impedir isso, é preciso banir da internet as opiniões que ele, Moraes, considera extremistas, direitistas e impróprias para serem ouvidas pela população. Não é que isso seja apenas uma acusação “sem provas” — como sempre diz a mídia quando não gosta do que ouve. É algo que não tem nenhum vestígio de fundamento lógico.

Quando um ministro do STF se sente livre para agir dessa maneira, é que se sente livre para tudo. O ministro viajou da conspiração dos algoritmos para a exposição de suas teses sobre a sociedade brasileira — incluindo a extraordinária alegação de que é uma “classe média” frustrada, na maioria “branca, hétero e com mais de 45 anos”, quem realmente é a favor das redes sociais no Brasil. É gente, na sua opinião, que está na fronteira do “nazismo” — e, como tal, precisa ser erradicada da face da Terra. É um legítimo “Chauí II, O Retorno” — a musa filosófica do PT que pelo menos disse, logo de uma vez, “eu odeio a classe média”. É aí que Moraes e o STF vieram amarrar o nosso burro.

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Os ouvintes bateram palmas — eis aí o Xandão que eles amam. Uma das coisas mais tristes desta vida é ver um jovem puxa-saco, ou um puxa-saco jovem, como os que rodam no cordão do ministro. Fazer o quê? Mas isso não é o pior — é baixo-astral, e fica por isso mesmo. Ruim, para valer, é o veneno que o STF espalha pelos sete lados, da desordem legal à corrupção, das ações pró-ditadura ao colapso de um sistema de Justiça coerente. Pior ainda, está construindo uma sociedade de ódios, de dogmas estatais e de discriminação entre os cidadãos. É o ministro Moraes quem está dizendo. Se você é da classe média, branco, hétero e tem de 45 anos para cima, você é um suspeito, um extremista político e um inimigo oculto da “democracia”. Cuidado. O consórcio Lula-STF está atrás de você.

Leia também “O Diabo veste Prada”

24 comentários
  1. Inteligencia Artificial
    Inteligencia Artificial

    SAO OS CULPADOS ????? OU SEMPRE FIZERAM PARTE DO SISTEMA DIABOLICO.
    Carta de um Brigadeiro
    Nunca mais se diga que nossas Forças Armadas nunca perderam uma guerra!
    Hoje perdemos a maior delas!
    Perdemos nossa Coragem!
    Perdemos nossa Honra!
    Perdemos nossa Lealdade!
    Não cumprimos com o nosso Dever!
    Perdemos a nossa Pátria!
    Eu estou com vergonha de ser militar!
    Vergonha de ver que tudo aquilo pelo qual jurei, trabalhei e lutei, foi traído por militares fracos, desleais e covardes, que fugiram do combate, preferindo apoiar quem sempre nos agrediu, sempre nos desrespeitou, sempre nos humilhou e sempre se vangloriou disso, e que ainda brada por aí que não nos quer em sua escolta, por não confiar nos militares das Forças Armadas, e que estas devem ser “colocadas em seu devido lugar”.
    Militares que traíram seu próprio povo, que clamou pela nossa ajuda e que não foi atendido, por estarem os militares da ativa preocupados somente com o seu umbigo, e não com o povo a quem juraram proteger!
    Fomos reduzidos a pó. Viramos farelo.
    Seremos atacados cruelmente e, se reagirmos somente depois disso, estaremos fazendo apenas em causa própria, o que só irá piorar ainda mais as coisas.
    Joguem todas as nossas canções no lixo!
    A partir de hoje, só representam mentiras!
    Como disse Churchill:
    “Entre a guerra e a vergonha, escolhemos a vergonha.”
    E agora teremos a vergonha e a guerra que se seguirá inevitavelmente.
    A guerra seguirá com o povo, com os indígenas, com os caminhoneiros, com o Agronegócio. Todos verão os militares como traidores.
    Segmentos militares certamente os apoiarão. Eu inclusive.
    Generais não serão mais representantes de suas tropas.
    Perderão o respeito dos honestos.
    As tropas se insubordinarão, e com toda razão.
    Os generais pagarão caro por essa deslealdade.
    Esconderam sua covardia, dizendo não ter havido fraude nas urnas.
    Oras! O Exército é que não conseguiu identificar a fraude!
    Mas outros, civis, conseguiram!
    A vaidade prevaleceu no Exército e no seu Centro de Guerra Cibernética. Não foram, mais uma vez, humildes o suficiente para reconhecer suas falhas. Prevaleceu o marketing e a defesa de sua imagem. Perderam, Manés!
    E o que dizer da parcialidade escancarada do TSE e do STF, que além de privilegiarem um candidato, acabam por prender inconstitucionalmente políticos, jornalistas, indígenas, humoristas e mesmo pessoas comuns, simplesmente por apoiar temas de direita, sem sequer lhes informar o crime cometido ou oportunidade de defesa? Isso não conta? Isso não aconteceu?
    E a intromissão em assuntos do Executivo e do Legislativo?
    Isso também não aconteceu?
    Onde está a defesa dos poderes constitucionais?
    Onde estão aqueles que bradaram que não bateriam continência a um ladrão?
    Será que os generais são incapazes de enxergar que, validando esta eleição, mesmo com o descumprimento de ordem de entrega dos códigos-fonte, valida-se também esse mesmo método, não só para todas as próximas eleições, para o que quer que seja, perpetuando a bandidagem no poder, assim como corrompendo futuros plebiscitos e decisões populares para aprovar/reprovar qualquer grande projeto de interesse da criminalidade?
    NÃO HAVERÁ MAIS ELEIÇÕES HONESTAS!
    A bandidagem governará impune, e as Forças Armadas, assim como já ocorre com a Polícia Federal, serão vistas como cães de guarda que asseguram o governo ditatorial.
    O povo nunca perdoou os traidores nem os burros.
    Não vai ser agora que irão.
    Ah, sim, generais:
    Entrarão para a História!
    Pela mesma porta que entrou Calabar.
    QUE VERGONHA!
    Assina:
    Brigadeiro Eduardo Serra Negra Camerini

  2. Inteligencia Artificial
    Inteligencia Artificial

    O unico pensamento é “” QUANDO A SOCIEDADE DEIXA DE ACREDITAR NA JUSTIÇA O CHUMBO PASSA A SER A SOLUÇAO “”.
    Ninguem nessa vida esta completamente protegido ou livre de receber o mesmo veneno que disseminou, basta uma rapida recorrida na historia da humanidade e veremos que exercitos vendidos, batalhoes de seguranças armados , carro blindado, pseudos ambientes seguros……… nao foram a salvaçao para aqueles que tinham a certeza que eram intocaveis. Incrivel que a palavra de ordem todos os dias é Odio e Injustiça propinada por gente que nao pensa que é Deus, mas tem a certeza que é deus. O caminho trilhado pela politica comunista esta deixando miseria, mortes, nao ter nada mais para perder….. SERÁ QUE O CALDO DE UMA REVOLUÇAO POPULAR JA NAO ESTA NO PONTO DE ENTORNAR?

  3. Valdir José thibes vargas
    Valdir José thibes vargas

    tanta frustracao desse ser inescrupulosp me remete a uma situacao de psicopata impotente ,sua raiva de tudo o que significa masculo lhe ofende e enraivece.definitivamente tem problemas sexuais que refletem esse comportamento doentio !!!

  4. Andrea Luchetta Milani
    Andrea Luchetta Milani

    Muito correto, porém lá na Grande Fazenda a Lei vigente é a Lei da Oferta e da Procura

    Grande Fazenda “a lei vigenteda

  5. Pedro Lojudice Sanches
    Pedro Lojudice Sanches

    Somente cabeças lúcidas com a do GuGUZZO podem GUZZO

  6. Sérgio Kostrzewa
    Sérgio Kostrzewa

    Conheço o Congresso que poderia fazer alguma coisa, o impeachment no Senado, mas cadê o ímpeto para fazê-lo?

  7. ELIAS
    ELIAS

    Tendo um Congresso omisso e acumpliciado com esse estado de coisas sem lei, o que perpetua a ditadura judicial no país, resta uma única saída: os aeroportos internacionais. Enquanto não forem fechados.

  8. Fábio Rogério Rocha
    Fábio Rogério Rocha

    Como nos livramos disto então? Alguém tem alguma sugestão?

    1. Regtor
      Regtor

      Somente o Senado poderá fazer algo nesse sentido.

  9. Candido Andre Sampaio Toledo Cabral
    Candido Andre Sampaio Toledo Cabral

    A atual composição do supremo é composta de covardes, pois agem como políticos, mas são incapazes de largar a toga e se candidatar, como fez Sérgio Moro.
    O foco deles agora é impedir que a direita assuma a maioria no Senado.

  10. Jorge Augusto Santos
    Jorge Augusto Santos

    Correto 100% o Guzzo , essa podridão que hoje é a justiça brasileira , do supremo , cheio de advogados fracassados nomeados por ladrao conhecido no mundo inteiro como desonesto não pode continuar assim até a pf que já foi admirada e respeitada é hoje uma fábrica de mentiras e inquéritos falsos

  11. Marcelo Gurgel
    Marcelo Gurgel

    Somos um povo amedrontado.

  12. Jorge Augusto Santos
    Jorge Augusto Santos

    Temos de fazer alguma coisa

  13. Contratudoisto
    Contratudoisto

    Esse marginal psicopata careca, cabeça de piroca e esta vagabunda comunista que já deveria estar presa faz décadas, zombam dos cidadãos, ignoram as leis e criam um estado louco como eles que há de ruir agora quando forem decretadas sua sentença de morte financeira pelos USA. Deles, dos outros marginais do STF e de todos que colaboraram com estes crimes, como a gestapo da PF e inúmeros juizecos comunas pais afora. É chegada a hora da mudança, de nova constituição, de novo sistema eleitoral, nova polícia e novos políticos.

  14. Teresa Guzzo
    Teresa Guzzo

    Guzzo nesse brilhante artigo, talvez um dos melhores que já escreveu, uma frase simples mas repleta de significados:os magistrados brasileiros não aplicam as leis,usam as leis .A lei morreu literalmente e concretamente no Brasil atual.Mas já existiu um tempo,talvez nem tão distante, onde haviam leis e elas eram aplicadas por juízes e desembargadores.Esses profissionais do direito agiam conforme a Constituição, leis do código civil,penal e assim vivíamos, posso dizer que aqui bem próximo, no Estado de São Paulo. Consigo lembrar ,esses trabalhadores do direito nunca foram repovados em concursos públicos, aliás tiravam os primeiros lugares.Mas nunca fugiam ou se afastavam de seu rigor,então naquela época os Tribunais não tinham nada parecido com “a casa da mãe Joana “.Vale lembrar a aula que Moraes deu na escola de direito do largo de São Francisco, foi um tanto estranha, falou que as redes sociais são nazistas, fascistas e portanto contra a Democracia. Parece que a plateia aplaudiu,eu pessoalmente não consegui ir até o fim pois não queria sofrer um mal súbito e ir embora antes do tempo.Mas gostaria de parabenizar com muito orgulho o excelente trabalho da Revista Oeste, realmente são jornalistas do tempo em que as leis eram cumpridas e respeitadas,do tempo em que não se olhava apenas para o nome do autor na capa de processos, não importava se fosse de “direta ou esquerda “.

    1. Teresa Guzzo
      Teresa Guzzo

      Errata:direita ou esquerda.

  15. Mônica de Abreu Azevedo
    Mônica de Abreu Azevedo

    Brilhante, como sempre!

  16. Marco Aurélio Oliveira De Farias
    Marco Aurélio Oliveira De Farias

    E o pior, é a gente ouvir dos ministros do STF, justificativas para o fim da Lava Jato, baseadas em crime, pois foram fruto de hackeamento ilegal, sofrido pelo do juiz Sergio Moro e o ex procurador da república, Deltan Dallagnol.
    O “sistema” tremeu, com tudo que podia acontecer com os desdobramentos da Lava Jato, pois começaram à ver que a coisa não iria ficar apenas em Lula.
    A cada dia, estamos vendo inquéritos de réus confessos sendo arquivados descaradamente. A imagem daquele HD da Odebrecht, com provas de todo esquema de corrupção, sendo destruído por uma furadeira, por ordem de Toffoli é algo que nos faz refletir: – por que tanto medo, o que tinha naquele HD?
    O “sistema” está balançando…

    1. MNJM
      MNJM

      Excelente Guzzo. STF é o câncer do país.

    2. JOSE ROBERTO CARRARA
      JOSE ROBERTO CARRARA

      amigo do amigo do meu pai,,,,,,era isso que tinha, e ainda esse pretenso juiz, devolve todo dinheiro que havia sido recuperado da roubalheira que a lava jato havia recuperado, deve estar ?

  17. Jorge Fernandes
    Jorge Fernandes

    Tempos sombrios …

  18. Bibliófilo

    Magistral. Guzzo sendo Guzzo.

  19. Jorge Sakamoto
    Jorge Sakamoto

    Acho que o pessoal decente, que acho que ainda é a maioria no país, deveria iniciar uma campanha para APLICAÇÃO DAS LEIS. Simples assim!

  20. LUIS FERNANDO BONDAN
    LUIS FERNANDO BONDAN

    Alexandre de Moraes tem bom senso sim. Ele só ameaça as “filhas de maior”.

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