O Brasil parece às vezes ser um país condenado ao destino trágico. Esta semana provavelmente entrará para a história por causa de uma das maiores reviravoltas contemporâneas da política nacional. Quando tudo parecia ir entrando nos eixos, vem a bomba: Marina Silva anuncia que não será candidata a presidente em 2026.
Foi um Deus nos acuda. Por todo o território nacional, brasileiros passaram a vagar perdidos pelas ruas, com expressões vazias no rosto denunciando o estado de choque com a notícia devastadora. Para onde vamos? O que será de nós? Há vida após a bomba?
Uma junta de cientistas políticos de elite, reforçada por especialistas da ONU, está trancada a sete chaves numa caverna amazônica tentando decifrar a decisão bombástica de Marina. Já há indícios de mudanças climáticas severas a partir do anúncio da desistência dela à corrida presidencial. O quadro é grave. Não se sabe se desta vez Bonner conseguirá tranquilizar a população.

O Brasil e o mundo se perguntam, perplexos: é possível uma eleição para o Palácio do Planalto sem a candidatura de Marina Silva? Ou mais que isso: é possível continuar falando em democracia sem a participação da presidenciável mais assídua da República na corrida eleitoral? A situação é dramática e já tem impactos no cenário internacional. Trump e Musk estão visivelmente desorientados após o anúncio de Marina. Segundo uma fonte, a dupla teria recorrido a Kamala Harris para assumir temporariamente a Casa Branca enquanto eles pensam o que fazer. Pânico no tabuleiro da gel-política.
Marina Silva é uma estadista que se notabilizou pela firmeza de suas posições. Aderiu a Lula. Rompeu com Lula. Disse que Lula é corrupto. Aderiu novamente a Lula. Sempre com firmeza, coerência, dignidade e altivez. Afinal de contas, honestidade é tudo. Quando a Amazônia queima no governo do inimigo, a culpa é do fascismo. Quando tem recorde de queimadas na gestão dela, a culpa é do clima. De fato, o clima está péssimo.
Mas nada que uma viagem a Nova York não resolva. Felizmente, Marina se tornou um bibelô ecológico de alcance planetário. Basta contar uma história triste com tradução simultânea em inglês que tudo se acalma. Duvida? Então confere aí se saiu algum videoclipe com subcelebridades cantando, chorando e gritando contra a destruição da floresta nos últimos dois anos. Nada, né? Falei que estava tudo bem.
Amor sem beijinho, Buchecha sem Claudinho, eleição sem Marina… O Brasil caiu num imenso vazio existencial. Logo agora que as mamatas internacionais da USAID estão sendo expostas, revelando a proverbial teia de picaretas fantasiados de ambientalistas, humanistas, jornalistas, checadores e influencers do bem, a Marina pula fora do picadeiro. Não é justo! O respeitável público quer ver a pantomima até o fim. Se o circo pegar fogo é só chamar o Ibama e o DiCaprio.
Mas não adianta chorar sobre o leite derramado. Marina está fora da corrida presidencial. Se o Ciro Gomes desistir também, nem precisa ter eleição.

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Fiuza se superando. Sensacional.
*desistiu
Finamente ela desisti! Tava chato já
KKKKK a ironia do texto não poderia ser mais brilhante. Ela mete o pau no Lula, depois estende o pires na mão esquerda esperando um tiquinho de carinhos de quem ela falou mal. É perdoada e aí comete novas agressões ao chefe. Dependendo da hora, é a ministra com cara de pobre; em outra é a dona do Ibama que não deixa explorar petróleo em território milionário. E la nave vá….