Pular para o conteúdo
publicidade
Edição 51

Farra na republiqueta

Lula elegível, Lava Jato sob suspeita e total insegurança jurídica. Coisas de república bananeira

Silvio Navarro

Cristyan Costa

-

Com R$ 4 bilhões recuperados da maior engrenagem de corrupção já engendrada no país, avanços (ainda que tímidos) na legislação anticrime e um consórcio de políticos e empresários que deram as cartas na última década encurralado pela Justiça, o Brasil chegaria a março de 2021 como uma jovem democracia pronta para a fase adulta. Esse seria o principal legado da Lava Jato, com respaldo nas urnas e uma espécie de carta-convite para investidores testarem seus negócios por aqui. Deu tudo errado.

Seguindo a tradição de “república das bananas” — termo cunhado no início do século 20 por um humorista norte-americano e que se tornou símbolo de nação latino-americana politicamente instável e suscetível à corrupção —, o Brasil dormiu perplexo na última segunda-feira, 8, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Lava Jato, decidiu passar uma borracha em sete anos de investigações, pilhas de processos e anos de condenações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no escândalo do Petrolão e todos os seus igarapés de dinheiro surrupiado.

publicidade

Newsletter

Seja o primeiro a saber sobre notícias, acontecimentos e eventos semanais no seu e-mail.