Houve um tempo em que antes de escovar os dentes as pessoas pegavam o jornal do dia na porta de casa. O mundo entrava na sala. Liam toda a primeira página, passavam os olhos pelas seções, focavam as partes que mais interessavam, conheciam as opiniões dos diversos colunistas. Tomavam o café da manhã com uma visão razoável da realidade lá fora (e as mãos sujas de tinta).
À noite, a maioria dos brasileiros prestava muita atenção no que era dito pela voz de trovão de Cid Moreira, no Jornal Nacional. O que saía no JN era tido como a verdade. Logo depois passava a novela noturna. E ninguém perdia um único capítulo. Aquele era um ato diário de cumplicidade. A gente confiava naquelas instituições. Na manhã seguinte abria novamente a porta para pegar o jornal. E começar tudo de novo.
Esse mundo de algumas certezas acabou. Está difícil confiar até no horóscopo que sai publicado em alguns dos maiores jornais e revistas do Brasil. Tudo foi politizado ao extremo. O velho Jornal Nacional virou um ritual fúnebre de celebração de uma doença. Praticamente todas as revistas e jornais tradicionais estão trafegando na faixa que vai da esquerda à extrema esquerda. Um desses veículos promove abertamente a ideia de um golpe militar, empilha ofensas contra o presidente e sugere seu assassinato. Quem gosta disso aplaude. Quem não gosta afasta-se. O difícil é chamar de “autoritário” um governo que permite isso.
Não é só o linchamento diário do presidente da República que une essa imprensa mais tradicional. Está vetada também qualquer dúvida sobre os números da pandemia. Ou qualquer contestação ao trancamento geral determinado por prefeitos, governadores e juízes do STF. Os profissionais que promoviam debates hoje espalham certezas pétreas. Escrevem para os companheiros de simpatia partidária, não para os leitores em geral. Estes estão partindo.
A “velha mídia” está encolhendo. E não só por razões ideológicas. São raros os veículos que conseguiram se adaptar satisfatoriamente à era digital. Ou falar com as gerações mais novas. Muitos não compreenderam os novos modelos de negócios. A ex-maior editora do país, a Abril, é o melhor exemplo dessa incapacidade de adaptação. Dominava o mercado brasileiro e parecia invencível. Até que desabou.
Desde a posse de Jair Bolsonaro, essa velha mídia age de maneira aparentemente irracional. Quanto mais público perde, mais parece se fechar em guetos ideológicos, em vez de tentar ampliar seu mercado. Em 2014 (meros sete anos atrás), a revista Veja tinha uma tiragem semanal de quase 1,2 milhão de exemplares. Hoje, tem cerca de 260 mil. A revista Época, da editora Globo, lançava 380 mil exemplares. Hoje, esse número se resumiu a menos de 90 mil.
O Jornal Nacional continua relativamente poderoso, atingindo mais de 18 milhões de televisores e aplicativos. As novelas da Globo têm um alcance de cerca de 11 milhões de televisores ligados (e uma quantidade similar nos aplicativos). Números como esses impressionavam muitos mais há algumas décadas. Hoje, o Brasil já atingiu 213 milhões de habitantes. Se a Rede Globo alcançar 40 milhões de pessoas, isso representará 19% da população. É bastante. Mas a Globo não é mais a dona de 80% da audiência, como acontecia nos tempos de Cid Moreira.
Rede Globo à venda?
Em termos de mercado, aparentemente a Rede Globo fez tudo certo para se adaptar aos novos tempos. Quando percebeu que a TV aberta não teria mais o domínio total do público, criou uma série de canais por assinatura: GloboNews, GNT, Multishow etc. Depois lançou seu serviço de streaming, o bem-sucedido GloboPlay. O aplicativo foi o melhor negócio que a empresa realizou nestes tempos de encolhimento. Para se ter uma ideia, o gigante Netflix tem 17,9 milhões de assinantes no Brasil. A GloboPlay soma 20 milhões, informa matéria da revista Forbes. Segundo o jornal Meio & Mensagem, o crescimento do GloboPlay em 2020 foi de 80% na base de assinantes e 112% no faturamento.
Esta parece ser a única notícia realmente boa que a Globo pode oferecer sobre sua situação financeira atual. Segundo a colunista especializada em TV Cristina Padiglione, a empresa teve de cortar R$ 1,1 bilhão em despesas e conseguiu fechar 2020 com um lucro de R$ 167 milhões. “É um tombaço: em 2019, o lucro havia sido de R$ 752,5 milhões.” A gestão financeira complica-se ainda mais em razão da alta do dólar. A dívida passou de R$ 3,47 bilhões para R$ 5,4 bilhões.
Alguns sinais de mudanças são simbólicos dessa crise. Fausto Silva já avisou que vai deixar o Domingão do Faustão em dezembro, quando acaba seu contrato. Ele é um marco do predomínio da Globo há 32 anos e seu salário é calculado em R$ 5 milhões por mês. William Bonner também já teria declarado que pretende deixar o Jornal Nacional entre dezembro de 2021 e agosto de 2022. Mas a informação não foi confirmada. A mesma “ameaça” de desembarque já foi revelada por Luciano Huck, que tem planos para se candidatar à Presidência da República no ano que vem. Provavelmente decidirá de olho nas pesquisas eleitorais.
O mesmo inevitável clima de decadência aparece num território onde a Globo era absoluta há poucos anos: os esportes. Perdeu a Fórmula 1 para a Band. Perdeu a transmissão do torneio Libertadores das Américas para SBT, Facebook, Fox Sports e Conmebol TV. Já não tem mais a Copa e a Recopa Sul-Americanas. A transmissão da Copa do Mundo de 2022 no Catar ainda é incerta. Os jogos do Brasil nas eliminatórias deverão ser transmitidos pela nanica TV Walter Abrahão, ex-PlayTV. O Campeonato Brasileiro de 2021 ainda está sendo negociado. As transmissões da elite do tênis passaram para a ESPN. A Globo também já não transmite a Liga dos Campeões, que se transferiu para o TNT e o SBT. O Campeonato Carioca de futebol também está fora da grade, assim como o campeonato baiano. A emissora sugere que está fazendo “jogo duro” para renegociar todos esses contratos. Pelo jeito, está perdendo o jogo.
Existem fortes rumores de que a Rede Globo estaria a caminho de mudar de dono. O bilionário mexicano Carlos Slim, considerado o 11º homem mais rico do mundo, seria um dos principais interessados. Ele já possui a operadora Claro e adquiriu a NET em 2012 — gosta do prestígio conferido pelo setor de mídia, tanto que é o maior acionista individual do jornal The New York Times. Segundo empresários ligados a Slim, ele estaria esperando um sangramento financeiro ainda maior da Globo para fazer sua oferta final.
Não poderia ser uma compra direta. O artigo 222 da Constituição determina que “apenas brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos e empresas brasileiras que tenham sede no país podem ser proprietários de empresa jornalística e de radiodifusão (TV e rádio).” A negociação teria de ser intermediada por um grupo brasileiro.
O jornal Correio da Manhã noticiou no dia 13 de março que o interessado nesse papel seria o grupo J&F, a holding de José Batista Sobrinho, com intermediação feita pelo banco BTG Pactual. A J&F é o conglomerado que inclui os frigoríficos da JBS e o Banco Original, entre outras empresas. O preço oferecido pela J&F pelo complexo Globo, segundo o Correio da Manhã, é R$ 25 bilhões. Carlos Slim entraria como parte indireta dessa negociação. Essa hipotética compra mudaria os atuais rumos da Globo? Ninguém sabe.
O melhor retrato de como essa mídia mais tradicional parou no tempo fica mais claro no território da TV aberta. Um levantamento do início de março mostra que a novela das 21 horas ainda manda, com 11,3 milhões de aparelhos ligados. E o Jornal Nacional vem em seguida. Os campeões das outras emissoras estão bem distantes em números, mas não em antiguidade. A novela com motivo religioso da rede Record chega a 4 milhões de aparelhos ligados. Os tradicionalíssimos shows de sorteio e games do SBT fazem pouco acima de 2 milhões. O programa do Ratinho, também na emissora de Silvio Santos, fica na média do 1,5 milhão.
No início de março, a lista dos programas mais vistos na TV aberta se assemelhava a uma tabela do Ibope de 30 anos atrás. Os três primeiros lugares são da Globo: novela das 21 horas, Jornal Nacional e Fantástico. Depois vêm a novela da Record, o Programa Silvio Santos, o sorteio do Baú da Felicidade, o Roda a Roda Jequiti e o Programa do Ratinho.
Por quanto tempo esse panorama vai continuar assim, congelado no tempo? As novas gerações tendem a assistir à TV aberta cada vez menos. A atenção tende a se fraccionar em inúmeras telas — da TV, do computador, do tablet, do celular. Uma situação cada vez mais distante da constatada naquele dia de outubro de 1972 em que (segundo o site Observatório da TV) o capítulo 152 da novela Selva de Pedra registrou 100% de audiência na cidade do Rio de Janeiro. A novela das 21 horas da Globo continua mandando no Ibope. Mas seu reino está cada vez menor.
Apenas uma sombra dos tempos de glória
Existe outra maneira de avaliar a real penetração das mídias na sociedade: o buzz. Ou seja, a reação que elas causam nas redes sociais. O grupo Kantar Ibope Media lançou seu relatório dos números de buzz em 2020.
No ano passado foram computados no Brasil 363 milhões de tuítes comentando conteúdo de vídeo. Mais de 90% desses tuítes se referiam a programas da TV aberta. E só 10% falavam de canais por assinatura e serviços de streaming.
Nessa grande maioria fiel às TVs abertas, 287 milhões de posts (85 a cada 100) comentavam reality shows. Os 15% restantes se dedicavam a séries (16 milhões), novelas (13 milhões) e jornalismo (12 milhões). Ou seja: em matéria de atenção do público, as novelas perderam o trono, foram expulsas do palácio e levam uma surra dos realities. E o jornalismo, do jeito que anda, causa cada vez menos buzz, com apenas 3% de presença nas redes sociais.
Mudanças tectônicas no mundo das mídias não são novidade. A televisão derrubou o domínio do rádio na metade do século passado. O ciclo do jornal impresso, fonte diária de conteúdo desde o século 18, só está se encerrando agora. A televisão aberta, que nos fez sentar no sofá todas as noites partir da década de 1960, hoje enfrenta um caleidoscópio de conteúdos fracionados. Repetindo um velho clichê, a internet mudou tudo.
Obrigou até os mais sólidos nomes da imprensa tradicional a entrar de vez no mundo digital. O The New York Times é considerado o modelo de sucesso dessa transição. Em 2011, tinha 390 mil assinantes. Dez anos depois, está com 4,7 milhões. O salto deveu-se sobretudo à estratégia comercial. O NYT criou escritórios na Ásia que vendem combos de assinaturas para corporações, escolas de negócios e cursos de inglês. Ao mesmo tempo, os jornalistas passaram a dominar a arte da edição digital — o que não quer dizer que não estejam passando por dificuldades, até porque também resolveram se assumir como um veículo de esquerda. Quanto à publicidade, as dificuldades são extremas, dada a migração de receita prioritariamente para Google e Facebook. Mesmo os anúncios da bem-sucedida edição digital caíram 12,6% de 2019 para 2020.
No Brasil, só não enxerga a crise da imprensa tradicional quem não quer. A revista Veja mantém apenas 22% dos assinantes que tinha há seis anos. O Estado de S. Paulo comemorou em fevereiro a liderança na circulação de jornais impressos: quase 80 mil exemplares, ultrapassado tanto O Globo (76.370) quanto a Folha de S.Paulo (63.353). Para efeito de comparação, em 1994 a Folha bateu seu recorde de tiragem, com 1.117.802 exemplares. Os números atuais são uma sombra dos tempos de glória.
Uma nova mídia mais aberta, mais plural
Existe outro problema além da radicalização política generalizada das redações. A velha mídia abandonou qualquer sombra de ousadia e criatividade. O Brasil já foi potência mundial em televisão e berço de bons experimentos jornalísticos. É claro que existem bons e honestos profissionais trabalhando nos veículos tradicionais. Mas o produto apresentado é cada vez mais burocrático. O profissional que cuida do conteúdo está mais preocupado em se patrulhar, segundo as últimas tendências da correção política. A fuga para os reality shows pode ter sido uma tentativa do público de lidar com uma programação menos previsível. Mas até o último Big Brother Brasil virou um show case de causas da moda.
Estamos vivendo o big one, o grande terremoto que vai mudar toda a paisagem. Hoje qualquer pessoa pode criar seu órgão de imprensa sem ter de pagar o aluguel de edifícios, sustentar redações, alimentar gráficas etc. Altos custos deixaram de ser problema para o exercício de um jornalismo honesto e talentoso. Os aplicativos de edição digital atingiram um alto nível de profissionalismo. Web canais já podem transmitir com definição 4K, o que os canais tradicionais ainda estão longe de alcançar.
Se encaradas com profissionalismo e dedicação, as novas mídias podem sair facilmente do terreno do amadorismo caseiro para se tornarem promissoras empresas sustentáveis. A própria Revista Oeste é fruto desse novo tempo. Acabou a era em que comunicação era um território de magnatas e famílias tradicionais. É natural que, com o tempo, o dinheiro flua das grandes corporações em crise para as startups da mídia. O público, cansado da mesmice e da manipulação política, está ávido por novos rumos.
Exemplo disso é o sistema Jovem Pan. Era uma rede bem-sucedida de rádios FMs musicais e AMs noticiosas/esportivas. Percebeu que havia uma parcela imensa da população brasileira desassistida pelo resto da mídia. Fez uma transição gradual e inteligente para se transformar num canal multimídia e dar voz aos que se opunham ao amplo domínio das esquerdas no mercado tradicional. E criou um aplicativo chamado PanFlix que virou sucesso instantâneo de downloads.
Segundo o site TudoRádio, os vídeos do sistema no YouTube “alcançaram mais de 30 milhões de espectadores únicos e mais de 250 milhões de visualizações”. Em cinco meses de funcionamento, o PanFlix registrou meio milhão de downloads. O presidente da empresa, Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha, declarou para o TudoRádio: “Nós temos hoje em nossos canais no YouTube metade da audiência da Globo”.
O declínio da velha mídia abre caminho para a ascensão de uma nova era. Nela não há espaço para megaconglomerados monopolistas moldadores de opinião. Pelas próprias condições tecnológicas, essa nova mídia tende a ser fragmentada pelo mercado, muito mais aberta, plural e democrática e muito mais difícil de ser controlada. Quem sabe entender esse espírito do tempo está largando na frente.
Com reportagem de dados de Artur Piva
Leia também “Para onde vai o jornalismo?”
Dagomir Marquezi, nascido em São Paulo, é escritor, roteirista e jornalista. Autor dos livros Auika!, Alma Digital, História Aberta, 50 Pilotos — A Arte de se Iniciar uma Série e Open Channel D: The Man from U.N.C.L.E. Affair. Prêmio Funarte de dramaturgia com a peça Intervalo. Ligado especialmente a temas relacionados com cultura pop, direitos dos animais e tecnologia.
Grande reportagem a respeito das mídias tradicionais(quase l00% esquerdistas)incluindo a CNN nova aqui no Brasil. A MAIOR DECADÊNCIA DA ANTIGA TODA PODEROSA REDE GLOBO. É O LEGÍTIMO TOMBO DA VELHA. kkk
Excelente matéria…… pessoalmente, à tempos não quero nada com a grande mídia…….nem brinde…… e tbem com qq midia que insista de, ao invés de dar notícias, dar a sua opinião sobre as notícias, e na maioria das vezes, opinião idiota. Não me interessa a opinião do jornal sobre a notícia…… e, quando interessa, vou ao editorial, que é o espaço adequado para isto.
O único aspecto do artigo com o qual não concordo é que não caibam mais neste novo cenário empresas “monopolistas”. FB e Twitter, por exemplo, se arvoram em “cancelar” até um blogueiro de fim de semana, como eu, e meu site meia boca http://www.montechiari.com.br... fui cancelado ontem pela 2a. vez…
Esquerdalha presente só causa prejuízo
tenho 61 anos…não assisto mais TV aberta…máxima concessão para alguns programas que ainda gosto de algumas partes…Globo, nem pensar!! há muito tempo…essas revistas (veja, etc) há muitas décadas também…mas precisamos sempre nos policiar…fui assinante dos “Antas” há dois anos, seduzido pelo combate feroz ao PT e a Lula…fui em muita manifestação do MBL…gostava do Fernando Gabeira, até pouco tempo atrás…enfim, não só a imprensa saiu do armário…por trás dessa luta feroz contra o PT, tinha um PSDBista de carteirinha camuflado! Bastou o Bolsonaro ser eleito, para eles se revelarem…hoje, além de alguns canais confiáveis no Youtube (quando não são censurado por eles), busco informação no Twitter (quando também não censura) e na Oeste e Jovem Pan, esta última uma grata surpresa!!
Artigo completíssimo. Parabéns! A Revista Oeste vale cada centavo pago na assinatura.
Eu mesma era assinante da Veja desde os meus dezesseis anos de idade. Mas não conseguia mais ler o conteúdo da revista sem me decepcionar com a forte decaída do editorial. Foi muito triste para mim o rompimento após vinte anos.
Dagomir….poderia escrever aqui um texto com dez milhões de elogios….e trezentas e cinquenta mil linhas….mas não é necessário. Basta uma:
MAGISTRAL
Que orgulho que eu sinto de ser assinante desta revista desde o primeiro número!
Então a globo precisa piorar mais um pouco pra o comprador fazer uma proposta? Parece aquele gordo que precisa ganhar mais 10 quilos pra o SUS aceitar fazer a bariátrica?
Excelente matéria. E que essa imprensalha vá a falência o mais rápido possível.
Excelente matéria… parabens…
Matéria muito bem feita.
Querida Oeste, cuidado pra não seguir o caminho da Crusoé, cuja linha editorial é absurdamente parcial. Querida ser ilha no jornalismo, mas os interesses de parceiros a transformaram em arquipélago de matérias cercadas de termos jocosos. Um Pasquim de quinta categoria!
Sensacional.
Olá pessoal,
Dá uma olhada nisso no Yout:
How 5 Mega-Corporations Control Everything You Watch on TV
Vai expandir a questão muito bem tratada aqui a níveis internacionais.
Bom artigo!
Primoroso. E oportuno.
A reportagem escancara o quanto a velha mídia depende de verbas públicas para sobreviver. Se Deus quiser continuaremos com as torneiras fechadas aplicando nosso dinheiro onde realmente é preciso.
Faço questão de parabenizá-lo, Dagomir. Confesso que desde a edição inaugural da Revista Oeste, me habituei a ler os artigos do Augusto Nunes, J.R. Guzzo, Guilherme Fiuza e Ana Paula Henkel. As vezes leio o Rodrigo Constantino, porque até hoje não digeri as críticas que ele fez ao Presidente Bolsonaro com relação à compra da tal “mansão”de R$6 milhões pelo seu filho, senador Flávio Bolsonaro, compra essa devidamente explicada dias depois.
Ocorre que de uns tempos para cá comecei a ler os seus artigos e… que grata surpresa! Parabéns à Revista Oeste por incluí-lo entre seus articulistas. Você ganhou mais um fiel leitor.
Parabéns, Dagomir ! Chegamos a conclusão que mais um cartório está caindo no Brasil: o cartório da informação ! Precisamos avançar dia após dia e exterminar a infinidade de cartórios que existem neste país !
Existe um artigo de Umberto Eco chamado “Da Internet à Gutemberg” que trata exatamente da questão da novidade. É um artigo pequeno comparado à história do desenvolvimento dos meios de comunicação, mas aborda a questão de maneira bastante natural e aberta ao futuro. Umberto termina com sua preferência ao livro impresso a ser lido tranquilamente. Creio que o que importa de fato é não perdermos as opções tradicionais frente às inovações que não irão parar de surgir.
Excelente artigo , muito correto e muito bem estruturado . Ja que o autor mencionou o New York Times, gostaria de ouvir sua opiniao sobre a FoxNews e o Rupert Murdoch.
Mais uma vez, [parabens pelo artigo.
Concordo contigo, Natan.
Em breve a Oeste será a maior
revista digital do Brasil!
Excelente reportagem !
Fico muito feliz de ver a revista Oeste e a
Jovem Pan no alto !
Bem feito para essa esquerda bolorenta !
Querido Dagomir, parabéns pela excelente matéria. Mas, pra mim, faltou o porquê. Por que cargas d’água esses tradicionais meios de comunicação desistiram por completo de fazer jornalismo e passaram a fazer propaganda política? Por quê? Por quê? Por quê?
Parabéns pela excelente matéria.
Semana passada cancelei minhas assinaturas dos 2 panfletinhos políticos Folha e Estadão. Não tenho mais idade nem saco para ser doutrinada.
Caro Dagomir, perfeita sua análise do atual momento da mídia brasileira. Acredito que a mesma análise que faz deste naco da sociedade atual é também perfeita para outras áreas de atuação em sociedade. Da mesma forma que você remete nossa lembrança ao ato de ler o jornal diário, ouvir “O Trabuco”, também convivemos com a lembrança da época em que as crianças saiam do primeiro ano primário sabendo ler, escrever e fazer contas, que advogados, promotores e juízes eram sinônimos de cidadãos honestos e justos. Enfim, um mundo em que quem havia estudado não havia sido abduzido pelos formadores de mentes comunistas.
Dagomir fez um excelente diagnóstico da “velha imprensa”e sua comprovada decadência.E leitor Luis Antonio Alves deu toque final, com comportamento “regional”das remanescente.Imprensa e “intelectuais”nacionais não vivem sem o “comercial” milionário do dinheiro público e da Lei Ruanet em seus intervalos.É da natureza da velha burguesia boçal brasileira que sempre viveu agarrada e às custas do dinheiro público.Revista Oeste serve como excelente presente aos amigos da nova imprensa.
Prezado Dagomir! Obrigado pela sua coluna. Lucidez e precisão fazem bem e nos deixam esperançosos. Grande abraço e feliz páscoa a todos!
Estou orgulhoso e feliz por ser assinante e agradeço pela revista Oeste.. Saúde e vida longa a vocês.. A Luz da verdade sempre o Brasil merece….
Parabéns e obrigado por nos informar com jornalismo do jeito que tem que ser, “Raiz”. E não esta “Nutella” de narrativas que impera na mídia dita tradicional
faço minhas suas palavras…
Excelente artigo. A Oeste acerta novamente.
Sem duvidas
Dagomir parabéns pela matéria.
Eu, que era leitora de mais de um jornal e de mais de uma revista, não estava mais conseguindo ler nenhum deles. Motivo: não encontrava mais um trabalho jornalístico, mas sim de militância.
Lia de diferentes fontes, muitas vezes o mesmo assunto apresentado de formas diferentes, para que então eu e pudesse fazer minha análise dos fatos. Mas, com muita tristeza, aqueles jornais e revistas que gostava tanto agora se empenham em narrativas vazias, na maioria das vezes totalmente desconectadas da realidade.
Neste momento de arroubos autoritários enlouquecidos de governadores e prefeitos, tivemos a última pá de cal jogada sobre estes veículos que eram nossas fontes de informações. É inacreditável a manipulação sem vergonha que estão fazendo de fatos tão graves. E assim perderam de vez a credibilidade.
O que nos anima é termos jornalistas responsáveis e competentes, como os reunidos na “Regista Oeste”, que reagiram e nos apresentaram alternativas.
No fim só sobreviverá o jornalismo de qualidade.
Maravilhosa matéria ! Primorosa !Demonstrou com clareza o que acontece nos dias de hoje na mídia.Sou um dinossauro e ainda assino um jornal impresso, o Estadão, que, para mim, ainda é o menos pior dos 3 grandes jornais, até porque mantém em seu quadro o Mestre J.R.Guzzo.Mas a militância esquerdista dos editores e colunistas do Estadão- exceção ao Guzzo-causam-me asco; estou vendo que terei de tomar antiácido antes de ler o Estadão. Uma pena…Um jornal que era sinônimo de imparcialidade, mas que deixou de ser desde a posse do Bolsonaro, coincidentemente.Mas o que falei do estadão, vale para os demais jornais certamente.
A primorosa matéria do Dagomir comprova, por a mais b, que a velha imprensa está com os dias contados, pois está se desidratando diariamente, indo ao fundo do poço em razão de seus próprios erros.
Parabéns ao Dagomir e a toda a equipe da Oeste, a melhor revista do Brasil !
Caro Dagô
Matéria perfeita, mais uma vez — agora sobre um assunto que muito pouca gente, dentro dessa mídia em estado de pré-coma, tem a coragem, a habilidade e o talento de tratar. Jornalismo de verdade é isso — e não o que os jornalistas brasileiros fazem hoje.
Parabéns Guzzo, teu comentário é um pequeno artigo do teu jornalismo imparcial, verdadeiro e corajoso. Resume bem como você também interpreta o péssimo jornalismo de grandes meios de comunicação, que nada constroem para nosso pais.
Ótima reportagem.
De fato, a grande mídia perdeu toda a credibilidade.
Adorei a matéria. Lembrei-me dos tempos de glória do jornal impresso. Realmente, era um mundo ao qual nos entregávamos com segurança e deleite. A queda da velha mídia tem muito a ver com a falta de pureza.
Um alento esse artigo Dagomir. Muito bom saber que esses nefastos meios de comunicação (ou seria doutrinação?) estão ruindo. Tenho feito a minha parte na desconstrução dessas mídias tendenciosas. Fico feliz pelo resultado.
Matéria excelente. Na contramao da imprensa tradicional, que deixei de assinar por completo, o investimento na Oeste está valendo muito a pena. Parabéns.
Como bom Catarinense vejo o retrato desta reportagem no NSCTV que virou um noticiário necrológico e destruidor de mentes levando o povo a depressão, loucura e morte. A pandemia é a bandeira para destruir governos que negam recursos fartos para lhes sustentar. Lamentável é ver “autoridades” da ciência fazendo coro.
O leitor Berto Oliveira resumiu bem essa excelente matéria “Regra de ouro da nova velha imprensa: que se danem os fatos, a realidade, a verdade; importa somente a narrativa”.
A TV aberta não é democrática, muito pelo contrário, é autoritária e muito parecida com a pirâmide social onde a cabeça é maior que a base na utilização dos recursos públicos. A base está sufocada com a falta de tudo enquanto que a cabeça da pirâmide tem o controle do poder, do dinheiro público e das decisões. A esquerda sempre pregou uma aparente democracia, mas na verdade defende em suas ideologias uma tirania ao estilo cubano e de Nicolas maduro. A democracia no Brasil somente vai ocorrer quando as redes sociais forem maioria nos debates, na prevalência das discussões e nas decisões do Congresso Nacional. A grande mídia tem o domínio dos políticos, amigos de políticos, filhos de políticos, e assim não chegaremos a lugar nenhum, pois quem controla a grande mídia, também controla a opinião e direciona suas mídias para transmitir o que é demais de seus interesses. Estamos atrasados milhares de anos, e a educação acompanha esse raciocínio pífio.
Não posso corroborar com todo o apresentado pelo Dagomir, por incompleto.
A 3a. Lei de Newton tbm se aplica ao comportamento desastroso dessa mídia incapaz como políticos, acostumados em sobreviverem da coisa publica, sem nada oferecer em troca. No momento em que lhes tiram a ração, qdo deveriam explorar alguma qualidade que tenham, se radicalizam e ferem o próprio povo que os assiste, tratando os como “gados”.
Melancólico a gente ligar um globonews “en passant”, apenas para certificar-se que continuo não abrindo CC no Bradesco,ou comprando produtos ali anunciados.
Mas sempre dão um jeitinho para continuarem sobrevivendo, fazendo conluio com políticos safados, como foi a transferência do Manhattan Conneccion para a Tv estatal Cultura de SP, certamente um bom investimento para as eleições de 22. Um crime com o $ público.
Mais um investimento enganoso das duas partes, pois tudo o que hj faz Doria ou globolixo, representa votos para Jair Bolsonaro.
É como se estivessem me impedindo de conhecer algum candidato que possa ser alternativa ao Messias.
A tal carta pela Democracia apresentada pelos outros candidatos junto com o Doria, no dia das comemorações de 64, patrocinado por essa mídia derrotada, me fizeram concluir de X, que somente o ZEMA das MG, que agora conta tbm com o Salim Mattar no seu governo, desde que se afaste definitivamente do João Amoedo, o Henrique Meirelles do Novo.
Posso dar uma opinião? O Brasil profundo, aquele das ruralidades e multicultural faz tempo que não adota um canal apenas. A Globo já dá sinais que é uma emissora regional e seus programas não são mais atrativos para os que vivem no sertão, no interior. O que tem a ver o tiroteio da favela ou o assassinato de uma vereadora com a realidade de quem está preocupado em colher na época certa? Nas cidadezinhas do interior os objetivos são outros, totalmente diferentes de quem vive em grandes cidades, megalópolis. E a maioria do povo já percebeu que veículos como a FSP, UOL, Globo e RBS manipulam notícias e omitem fatos importantes. É o caso da pandemia: esses “jornalistas” não falam que a pandemia é global e que vários países poderosos têm problemas de vacinação, UTIs lotadas, falta de medicamentos e equipamentos, etc. Além disto eles tentam falar com indiretas como se pudéssemos comprar vacinas e insumos num camelódromo, sem apresentar os problemas de importação e o jogo de interesses internacionais envolvidos, além de que os países produtores querem vacinar sua população em primeiro lugar. Não há como quintuplicar a produção de medicamentos raros em 5 ou 6 meses como a mídia falsa tenta convencer os incautos. E algo que está ficando bem claro é que alguns pseudos candidatos não concedem entrevistas coletivas onde os presentes podem fazer perguntas. A “entrevista” deles é sem questionamentos e sempre para um auditório de filiados e militantes de partidos políticos. Também a maioria do povão está vendo que decisões do STF não precisam ser questionadas, apesar da adoção dos princípios ditatoriais do “um peso e duas medidas” e de favorecimento a amigos e tudo contra o inimigo que não pode se defender num processo legal. Para terminar: o ex-ministro da saúde saiu porque os militares perceberam que o STF estava pronto para processar o dito cujo e até prendê-lo… E falta de oxigênio não é só no Amazonas e o Lewandoviski não pensa nos outros brasileiros que não moram na região norte.
Excelentes colocações.
Dagomir profundo conhecedor da tecnologia da informação, descreve com perfeição aquilo que sentimos e diariamente comentamos nos artigos da revista oeste, quando criticam a desinformação, fakes e outras graves manifestações de ódio às ações do governo, da tradicional imprensa e de autoridades dos poderes constituídos especialmente do judiciário.
Observamos diariamente na grande e tradicional imprensa do Estadão, criticas irracionais, desonestas, infantis e que nos julgam leitores idiotas, nos seus diários editoriais, matérias e artigos de decadentes tucanos e assemelhados, e elogios àqueles Poderes que tudo fazem para inviabilizar o governo federal. Não entendem que para derrubar um governo, destroem o pais. A maioria dos leitores de qualquer tendência ideológica, sabe apreciar criticas construtivas, bem como elogios a importantes medidas para o desenvolvimento e saneamento das mazelas desta nossa democracia, e portanto identifica facilmente, a parcialidade de um jornalismo nefasto, que outrora odiava a esquerda e agora odeia a direita a ponto de criticar em recente editorial, Bolsonaro pelo ressurgimento de Lula.
Afinal, sobrou para os editores de opinião do Estadão, o Centrão do Maia , próprio para um jornal que desinforma, como fez, atribuindo a Maia o sucesso da reforma previdenciária.
Vale ressaltar que ainda encontramos jornalistas como Carlos Alberto Di Franco e JR Guzzo e esporádicos artigos do grande jurista Ives Gandra Martins e de outras autoridades que nos fornecem excelente informação imparcial e verdadeira. O resto somente vale ler para conhecermos o comportamento e caráter de celebridades que perderam o poder. Ai encontramos sobre a liderança do ressuscitado FHC, notáveis economistas ora dramaturgos, juristas especialistas em impeachment, cientistas sociais gourmet, notáveis jornalistas que passaram a admirar militares desde que não gostem de Bolsonaro, e por ai vai.
Parabéns Dagomir pela abrangente exposição da decadência dessa tradicional de informação.
A análise que a “Oeste” faz da situação atual da “mídia” está no mesmo nível de correção e realidade das colunas políticas com que nos brinda semanalmente. Só não vê que não quer ou os habituais manipuladores de má-fé. Dentro desse quadro descrito, a “Oeste” aparece com um oásis, uma ilha, onde quem deseja saber a realidade tem seu “pit stop” semanal ,e diário pelos boletins, sem paixão ideológica ou “vendetta” que acomete a imprensa tradicional pela perda de verbas públicas, cortadas no atual governo federal. Como jornalista e colunista há décadas (Jovem Pan, Folha de São Paulo, TVs Tupi e Record, Rede Capital e Diário do Comércio) decepcionado com o rumo que a profissão tomou , encontro na “Oeste” o bálsamo , o conforto, que a lucidez e a inteligência honesta sempre trazem. Meu vínculo com a “Oeste” é de assinante e leitor tão somente. Nenhum outro ,acreditem, é mais divulgador voluntário desse veículo de informação e opinião, do que eu.
Sábias palavras e concordo plenamente com elas.
E lamentável ver que, até pouco tempo, grandes meios de comunicação – diga-se Grupo Globo, Veja, Folha de SP, Estadão, etc., tenham se enxafurdado na lama do descrédito justamente por conta de objetivos mesquinhos e menrirosos! Fui assinante da Veja por anos e não perco meu tempo sequer com “pílulas” sobre qualquer notícia! Perderam a credibilidade, assim como os outros citados acima. Graças à Revista Oeste e outros do mesmo nível, que nos salvaram desses lixos, aí!
Faço minhas as suas palavras.
Artigo excelente, prezado Dagomir. Digno de capa! Expôs com riqueza de detalhes a deterioração da velha mídia. A vez agora é das mídias independentes, sustentadas pelos seus assinantes, como a nossa Revista Oeste (que será o maior jornal digital do Brasil. Anotem!), Jovem Pan, um verdadeiro canhão de audiência, Gazeta do Povo, outro veículo que vem fazendo um jornalismo sério e apegado aos fatos e a Brasil Paralelo, produtora de conteúdo audiovisual que vem crescendo em um ritmo impressionante. Esse é o futuro!
Incluiria o Jornal da Cidade On Line, Crítica Nacional e Conexão Política. Vale a pena!
Será que continua sendo muito difícil de entender porque a Globo e os veículos tradicionais são extremamente favoráveis a essas medidas draconianas de Lockdown? As coisas não andam bem (por culpa deles mesmo) e o jeito de manter a audiência que ainda resta é trancando as pessoas em casa. E só um complemento: O Faustão ganha R$5 milhões por mês para não fazer porra nenhuma a semana inteira e ir gravar aquele programa deplorável no domingo?
Faustão é o maior exemplo da mediocridade da velha mídia. 5 milhões para um apresentador
de um programa deplorável mas o pipoqueiro é preso na esquina ou pessoas por passear na praça ou na praia. Tempos inimagináveis
Parabéns pela reportagem. Revista Oeste: – Uma revista plural. Mas não se esqueçam que existe a verdade e não a narrativa da verdade. Até o Filósofo Luiz Felipe Ponde que dizia do ativismo da MILITÂNCIA COCA COLA E IPHONE rendeu-se a TCHURMA DO VISTO AMARELO DA FOICE SP , ridículo!. Acabou-se vão ” pregar no deserto” Em breve muitos Irão fechar. Chega de patifaria dessa midia chula e medíocre.
Fico satisfeito em contribuir com minha assinatura na Revista Oeste!
Hoje temos um dilema na imprensa a maioria não se preocupa com os fatos e sim com as suas versões cheias de ideologia dos fatos.
Regra de ouro da nova velha imprensa: que se danem os fatos, a realidade, a verdade; importa somente a narrativa.
A mídia é o quarto poder. Manipulação todo o sistema. Com a internet temos pluralidade de idéias e assim melhora a capacidade de escolha entre o certo e o errado. Seja bem vinda novas mídias.
Como você bem disse, eles estão no fundo do poço e cavando cada vez mais. Um exemplo é o estadão. Inacreditável o nível em que ele chegou.
Secou a fonte. Governos canalhas sustentaram por anos o lixo da rede Goebells.
Excelente matéria. Consistente e honesta.
Prezado Dagomir. Parabéns pela matéria. Trabalhei no Grupo Abril nos tempos áureos (de 1994 a 2000). Aquele mundo ruiu, como vc demonstra nessa excelente matéria.
Espetacular texto. Parabéns! Essa velha mídia, militante, manipuladora de fatos, tendenciosa, sem ética, que deseja assassinato de presidentes têm que acabar mesmo.
Eu sinto falta dos tempos onde a mídia era uma fonte , mesmo que limitada , que parecia fazer uma o seu serviço de prestar a informação. Eu vivi na época em que a Abril era uma fonte de informações e diversão. Me lembro com saudades dos gibis da Disney.
Muitas saudades dessa época !