O continente africano foi definidor na história do Homo sapiens. A espécie surgiu na África, ali desenvolveu a linguagem e estabeleceu as primeiras estruturas do que mais tarde pôde vir a ser qualificado de civilização. A África será novamente decisiva nas grandes mudanças demográficas pelas quais o mundo passará nos próximos anos. A população africana se multiplicará, num movimento inverso ao de países europeus desenvolvidos. Antes de 2050, a Nigéria, com mais de meio bilhão de pessoas, terá mais gente que os Estados Unidos. Em 2070, a República Democrática do Congo e a Etiópia serão mais populosos que o Brasil. Os desafios que se impõem são atordoantes. A África, apesar do mix cultural vibrante e da formidável riqueza histórica, testemunha há séculos conflitos étnicos sangrentos e, há décadas, sucessivos golpes militares. Mais recentemente, o extremismo islâmico se tornou um pesadelo adicional.
O cenário que hoje se projeta é de um continente com multidões de jovens pobres, com nível educacional precário, exatamente num período da História humana em que o mercado demandará profissionais cada vez mais qualificados. Muito objetivamente: as escolhas que os africanos farão no curto prazo vão impactar a vida dos nossos filhos e netos. No momento, os sinais não são alvissareiros. Experiências bem-sucedidas dos países que implementaram políticas liberais — Ruanda, Botswana e Ilhas Maurício — não têm sido replicadas. Para analisar o complexo quadro que se apresenta no que diz respeito às transformações demográficas, a Redação da Revista Oeste convocou a jornalista, professora e Ph.D. em Jornalismo Digital Ana Brambilla. O resultado de seu trabalho está na reportagem “Como será o mundo nos próximos anos”.
Embora, de algum modo, o agronegócio nacional seja capaz de assegurar ao Brasil uma posição de relativo destaque nesse panorama futuro, o país só conseguirá realizar seu potencial caso deixe de ser tão refratário ao livre mercado. Como se sabe, já passou da hora de reduzir a burocracia e o intervencionismo estatal e aprovar as reformas estruturais. Essas pautas fundamentais, todavia, parecem não estimular os parlamentares, mais empenhados na construção de narrativas que possam alimentar discursos durante a campanha eleitoral do ano que vem. Nesse sentido, a CPI da Covid tem se tornado o perfeito palco burlesco. Ou seria o CPI, o “Circo Parlamentar de Inquérito”? O editor-executivo Silvio Navarro e o repórter Afonso Marangoni fizeram uma radiografia minuciosa dessa verdadeira arena de bobagens instalada no Senado.
A cobertura da imprensa tradicional ignora aspectos relevantes do circo. Trata como estadistas os senadores Renan Calheiros e Omar Aziz. Os critérios jornalísticos desaparecem diante de qualquer oportunidade de criticar o governo federal. Diz J. R. Guzzo: “A mídia passou da oposição a Bolsonaro ao ódio gramatical, como descrito no dicionário, e do ódio a um estado de permanente excitação nervosa”.
A velha mídia também decidiu que determinados brasileiros, por mais que se expressem democraticamente e de modo articulado, serão simplesmente invisíveis para o noticiário. “Hoje em dia pode acontecer de um país inteiro sair às ruas numa manifestação gigantesca e não sair nada na imprensa”, escreve Guilherme Fiuza. “Só um veículo ou outro registrando aquilo — ante o silêncio total dos que compunham o núcleo da ‘grande mídia’ — leva até o cidadão a achar que as multidões que ele mesmo viu na rua foram miragem.”
Em contrapartida, enxerga-se um escândalo no relacionamento absolutamente comezinho entre integrantes do Ministério Público e juízes. Augusto Nunes relata o episódio que testemunhou no fórum de uma cidade interiorana e comenta: “Lembrei-me da fraternal convivência entre o juiz e do promotor de Itápolis quando a imprensa velha se entregou ao surto de orgasmos provocados pela divulgação de mensagens trocadas por integrantes da Operação Lava Jato”.
Aqui na Revista Oeste, você sabe, não há espaço para a doutrina da imprensa velha.
Boa leitura.
Os Editores.
Oeste é fonte de informações confiáveis, a velha mídia progressista vai amargar o vale dos prejuízos econômicos e da falta de audiência, restando colapsar no buraco negro da mentira e da mediocridade intelectual e moral.
Seu editorial me faz lembrar, relembrar e afirmar que o valor que pago à revista Oeste pela assinatura, é barato, é quase gratuito. Sem vocês da Oeste e de outros poucos abnegados estaríamos bem piores do que estamos com Renan e seu circo. Obrigado. Alexandre Chamma.
Longa vida à Revista Oeste. Um oásis de jornalismo sério e informativo no meio do deserto estéril das narrativas da velha imprensa.
Em razão desses aspectos mencionados q decidi cancelar assinaturas de um jornal impresso e assinar REVISTA OESTE. Visto q percebi congruências entre o pensamento ( linha editorial da Oeste) com os meus pensamentos conservadores, do liberalismo econômico, a liberdade religiosa, a salvaguarda da propriedade privada, os princípios judaicos-cristãos etc.
Porque tantos anúncios
Não tem sigla melhor da CPI
Também seria interessante pautar nesta Revista quais foram efetivamente as ações do executivo para reduzir a burocracia e o intervencionismo estatal e agir em favor da aprovação das reformas estruturais. Essas pautas fundamentais, todavia, que parecem não estimular os parlamentares também não parecem estimular na prática o Executivo, mais empenhado também na construção de narrativas . Intervenções na Petrobras, na Eletrobrás, no Banco do Brasil e em outros seguimentos parecem tornar incongruente o liberalismo defendido retoricamente. Mais de uma centena de Estatais continuam sobrevivendo com bilhões de reais do orçamento, como a Estatal do Trem Bala e a TV Brasil, para citar algumas. O próprio GUZZO já escreveu aqui nesta Revista uma análise sobre as ações do Executivo nos últimos dois anos, onde afirmou que NADA havia acontecido de fato. Portanto concordo com as pancadas no cravo, mas há também pancadas a serem dadas na ferradura.
Obrigado Oeste!
O Jornalismo, hoje, salvo as exceções de praxe, se converteu num paraíso de narcisistas e infantiloides. Gente que se acha tão boa que nem precisa estudar; tão virtuosa que pode decretar quem é do Bem e quem é do Mal, assim, sem sequer avaliar a realidade. É de dar vergonha.
Oeste, a melhor de todos os tempos!
A Oeste faz o coração do bom jornalismo continuar batendo.
Mais vale uma Imprensa nobre, mesmo que miudinha do que uma grande imprensa comprometida e subserviente.