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Foto: Shuttestock
Edição 69

É proibido modernizar a urna eletrônica?

A polarização política envenena o debate sobre mudanças que podem melhorar o sistema eleitoral

Cristyan Costa
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Desde que o Brasil adotou o sistema de votação eletrônico, em 1996, a transparência e a segurança do processo eleitoral têm sido discutidas. O debate ganhou projeção há 21 anos, com Leonel Brizola (PDT), ex-governador do Rio de Janeiro, que durante a disputa pela capital fluminense em 2000 levantou dúvidas sobre a segurança das urnas. Na época, o pedetista foi derrotado, embora aparecesse bem posicionado nas pesquisas. “Perdemos o direito à recontagem”, queixou-se, ao mencionar a falta de um mecanismo que possibilitasse a verificação dos votos. A reclamação foi a mesma do PSDB, em 2014, quando Aécio Neves contestou o resultado da eleição. Sua equipe de campanha, entretanto, chegou à conclusão de que era impossível verificar as urnas, por causa da não materialização dos votos.

Há anos, partidos de diferentes matizes sentem necessidade de aperfeiçoar o sistema eleitoral com um dispositivo que não deixe dúvidas sobre sua lisura: a impressão do comprovante do voto, que nada tem a ver com a volta das cédulas de papel, anteriores às urnas eletrônicas.

Três projetos de lei sobre o tema chegaram a ser aprovados no Congresso Nacional em 2002, 2009 e 2015 — na terceira vez, a medida teve o apoio de siglas como PSDB, MDB, PCdoB, Psol e PDT, entre outras. No entanto, em todos os casos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se manifestou contra a implantação e o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela inconstitucionalidade dos textos de 2009 e 2015. Por recomendação do TSE, o de 2002 foi derrubado pelo Congresso.

Atualmente, tramita na Câmara a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/19, de autoria da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF). O projeto seria votado na quinta-feira 15, mas, por falta de consenso entre os deputados, a comissão especial responsável adiou a apreciação da matéria para agosto.

Contrário à sua aprovação, o TSE argumenta que a medida é cara demais, custa cerca de R$ 2 bilhões — na mesma quinta, os pagadores de impostos ficaram sabendo que a Comissão Mista de Orçamento aprovou o aumento do Fundo Eleitoral de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões. Até agora, o TSE não se manifestou sobre o caso.

Já ministros do STF dizem que haverá violação do sigilo do voto. Contra esse argumento, a PEC de Bia Kicis estabelece que impressoras sejam acopladas às urnas eletrônicas. Assim, o eleitor pode ver em quem votou. Na sequência, o documento cai em uma urna lacrada. “Trazer o voto impresso auditável para a discussão não é, de maneira nenhuma, ressuscitar o voto de papel”, afirmou Kicis num artigo publicado no site Poder 360. “É, sim, fortalecer a nossa urna eletrônica. É uma bandeira suprapartidária.” No chamado voto impresso auditável — ou verificável —, o eleitor não leva nenhum comprovante para casa. O voto sai da urna eletrônica e é depositado num recipiente no qual ficará inacessível. O eleitor não tem sequer contato físico com o papel.

A PEC, contudo, não estabelece se todas as urnas poderão ser auditadas em uma possível contestação — o que demoraria muito — ou se apenas uma porcentagem delas. Outro ponto a ser esclarecido é o local de armazenamento das urnas com os comprovantes de votação e por quanto tempo eles ficariam guardados.

 

Em linhas gerais, ao criar um meio adicional de segurança às urnas, a PEC se propõe a dar mais transparência ao processo eleitoral. Num primeiro momento, vários partidos simpatizaram com a medida, entre eles, o PDT e o Partido Socialista Brasileiro (PSB). Com o avanço da PEC no Congresso Nacional, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, iniciou uma cruzada contra a medida afirmando que o processo eleitoral eletrônico é 100% seguro e transparente. “Já passou o tempo de golpes, quarteladas, quebras da legalidade constitucional”, declarou Barroso. “Ganhou, leva. Perdeu, vai embora. Não há lugar no Brasil para a não aceitação dos resultados legítimos das urnas eletrônicas.” Os ministros do STF Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Antônio Dias Toffoli engrossaram a ofensiva e costuraram um acordo com 11 partidos para barrar o que insistem em chamar de “voto impresso”.

A gota d’água para a polarização política do tema aconteceu quando o presidente Jair Bolsonaro afirmou que, caso não haja o voto impresso verificável, “corremos o risco de não ter eleições no ano que vem”. Ou seja, embora os dois lados digam que estão lutando por eleições limpas, nenhum deles joga limpo e, um ano e meio antes da eleição, criou-se um ambiente de desconfiança. Qualquer que seja o resultado, o lado perdedor já anunciou que acusará fraude.

Um raio X das urnas

O programa (software) que vai nas urnas eletrônicas é desenvolvido por seis técnicos da Seção de Voto Informatizado (Sevin), vinculada à Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) do TSE, durante os seis meses que antecedem o primeiro turno das eleições. Nesse período, partidos políticos, a Ordem dos Advogados do Brasil e o Ministério Público Federal podem acompanhar as fases de desenvolvimento dos sistemas e, depois, certificam se os programas que serão usados no processo eleitoral não foram violados. O programa é enviado por uma rede privativa de internet aos cartórios. Lá, são baixados em flashcards (espécie de pen drives ou disquetes) que vão carregar as urnas para as eleições.

Amílcar Brunazo, engenheiro especialista em segurança de dados e voto eletrônico, afirma que a inviolabilidade das urnas eleitorais é questionável. “A equipe de Diego Aranha [professor associado de Segurança de Sistemas na Universidade de Aarhus, na Dinamarca] mostrou, de dentro do TSE, ser possível inserir no flashcard um código adulterado, que não foi feito pelo tribunal, e colocá-lo na urna eletrônica”, disse Brunazo, ao observar que os brasileiros acabam tendo de confiar no servidor público que vai inserir o dispositivo na máquina. “Muitas vezes é um profissional terceirizado. O processo eleitoral brasileiro depende da integridade de todos os funcionários envolvidos (cerca de 5 mil pessoas).”

Brunazo também critica o fato de o Brasil ainda utilizar urnas de primeira geração. Em quase todos os países que adotaram o voto eletrônico, modelos de primeira geração foram abandonados devido à falta de confiabilidade e absoluta dependência do software. A Argentina, por exemplo, passou a utilizar equipamentos de terceira geração, e o Equador, de segunda geração. No Paraguai, foram feitas experiências com as urnas eletrônicas brasileiras entre 2003 e 2006, mas seu uso foi proibido em 2008 por falta de confiança no equipamento. Hoje, apenas Brasil, Bangladesh e Butão usam a urna eletrônica de primeira geração. Ou seja, sem o voto impresso.

Em resumo, urnas eletrônicas de segunda geração possibilitam o voto impresso. Nas urnas de terceira geração, esses votos são impressos com um registro digital, que certifica a autenticidade daquele voto — uma espécie de código de barras que pode ser verificado pelo TSE, pela OAB, pelos partidos políticos e pelo MPF.

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O TSE garante que as atuais urnas eletrônicas brasileiras são confiáveis e não podem ser fraudadas. De acordo com a corte, uma das barreiras de segurança dos equipamentos é o chamado Registro Digital do Voto (RDV), que armazena em ordem aleatória e criptografada o voto de cada eleitor, com a finalidade de preservar o sigilo da votação. Os estudos do professor Diego Aranha, entretanto, mostraram que o RDV também se baseia no software e, portanto, pode ser adulterado. Aranha participou de dois testes públicos de segurança do TSE, quando equipes de técnicos são convidadas a explorar o sistema e tentar encontrar vulnerabilidades. Em 2012, Aranha conseguiu acessar os registros digitais dos votos: embora os RDVs estivessem embaralhados, ele os colocou em ordem e, assim, quebrou o sigilo do voto — foi possível saber como votou o primeiro eleitor, o segundo e assim sucessivamente.

Em 2017, ele dobrou a aposta, adulterou o programa de votação desenvolvido pelo TSE, colocou uma propaganda com o nome de um candidato na tela e impediu que os votos pudessem ser armazenados na memória da urna. O TSE reconheceu o problema e alegou ter corrigido as falhas. Aranha afirma que até testes do TSE em que hackers de fora da corte tentam burlar o programa das urnas são um instrumento de auditagem insuficiente. “Eles oferecem ambiente controlado e tempo restrito para os técnicos descobrirem as vulnerabilidades”, contou Aranha, numa entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. “Na vida real, hackers e pessoas mal-intencionadas têm muito mais tempo e flexibilidade.” O TSE rebateu, argumentando que as urnas são não conectadas à internet. “Qualquer hacker racional vai tentar adulterar o software antes que ele seja instalado nas urnas. Por exemplo, durante a gravação dos flashcards ou depois de serem gravados.”

Franklin Melo, especialista em Tecnologia da Informação, afirma que pode haver brechas em qualquer canal de rede de internet, até mesmo na privativa do TSE. Crítico do atual modelo de votação do Brasil, ele diz que nenhum sistema digital é 100% seguro. “Qualquer software é passível de fraude”, constatou, ao dizer que programas de computadores são desenvolvidos por seres humanos, que cometem erros. “Nem a Nasa tampouco o Pentágono são 100% seguros”, acrescentou, ao dizer que não entende por que há tanta resistência no Brasil a adotar mais uma camada de proteção em seu sistema eleitoral. Segundo Melo, qualquer sistema tem de estar em constante aperfeiçoamento, como, por exemplo, ocorre com celulares e aplicativos, entre outros. “Atualizações garantem que eventuais vulnerabilidades possam ser sanadas”, diz, ao elogiar a impressão do comprovante do voto como meio de obter maior transparência.

Infográfico revisado pelos especialistas em tecnologia da informação Amílcar Brunazo e Carlos Rocha | Infográfico: Luiz Iria, Naomi Akimoto Iria e Cristyan Costa

Descentralização de poderes

A Justiça Eleitoral organiza, fiscaliza e realiza as eleições, regula o processo eleitoral, examina as contas dos partidos e dos candidatos, controla o cumprimento da legislação e julga os processos relacionados com as eleições. Em síntese, ela é a mandachuva do sistema. Além disso, ministros do STF se revezam em cargos de decisão dentro do TSE, como a presidência da corte.

Por que ser contra algo que pode tornar a votação mais segura?

Carlos Rocha, engenheiro formado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica e CEO da Samurai Digital Transformation, defende a descentralização do TSE. “Não é crível que a autoridade eleitoral cuide de tudo”, afirmou. Rocha liderou o desenvolvimento e a fabricação da urna eletrônica nos anos 1990 e acredita que seja necessário o aprimoramento do processo eleitoral. “A democracia brasileira não pode continuar a depender de um pequeno grupo de técnicos do TSE, que têm o controle absoluto sobre o sistema eletrônico de votação, de todos os códigos e chaves de criptografia”, afirmou. Rocha diz que é preciso maior transparência, como submeter o software desenvolvido pelos especialistas do TSE a uma autoridade independente, como o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

“Quem realiza eleições não pode, também, desenvolver software, certificar equipamentos e programas, auditar os resultados das eleições e julgar eventuais desvios”, disse Rocha. Apoiador do voto auditável, ele destaca a necessidade de materializar cada voto em um documento eletrônico certificado pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira, a ICP-Brasil, de modo a conceder validade legal. “O atual RDV [Registro Digital do Voto] reúne todos os votos em um único arquivo e não protege os votos contra apagamento ou alterações, no caso de quebra de segurança da urna”, observou Carlos.

Diante desses problemas, o governo deveria mobilizar todos os seus recursos tecnológicos — Serviço Nacional de Informações, Forças Armadas, centros de inteligência etc. — para saber quais etapas são mais vulneráveis e encontrar meios para minimizar o problema. Além das intermináveis discussões, nada parece ter sido posto em prática.

Dizer que o Estado brasileiro vai ser atacado por um hacker qualquer é uma bobagem tão grande quanto negar a possibilidade de modernizar a urna eletrônica. Afinal, por que ser contra algo que pode tornar a votação mais segura? A polarização política envenena o debate sobre mudanças que podem melhorar o sistema eleitoral.

Leia também “Uma crise encomendada”

59 comentários
  1. Sônia Dias Mecking
    Sônia Dias Mecking

    NÃO HÁ SEGURANÇA NO SISTEMA ELEITORAL. NÃO HÁ O QUE JUSTIFIQUE IMPEDIR A MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA, SENDO QUE É VONTADE MANIFESTA E DEMOCRÁTICA DE EXPRESSIVA PARTE DA POPULAÇÃO. NÃO ACREDITO NO RESULTADO DESSAS ELEIÇÕES, SE NÃO FOR REVISTO ISSO.

    1. José Geraldo Xavier
      José Geraldo Xavier

      Só os afortunados do supremo não querem ver o que os cegos ENXERGAM, Aí tem

      1. Rosely M G Goeckler
        Rosely M G Goeckler

        Eles, com certeza, enxergam e têm o conhecimento!

        Lembremos da máxima: “eleições não se ganham, se tomam”!

    2. Lucia Monteiro de Barros Roxo
      Lucia Monteiro de Barros Roxo

      Concordo

  2. Marcus
    Marcus

    A fuga da lógica é a evidência da programada fraude futura contra o governo atual e, acima de tudo à democracia e o nosso povo de bem no Brasil.

    1. Francisco Jonas de Oliveira Vieira
      Francisco Jonas de Oliveira Vieira

      Com certeza Marcus

  3. José Edir De Almeida
    José Edir De Almeida

    Trabalhei em mais de 20 eleições. O probema da urna não é se ela esta ou não ligada a um sistema externo. Não é a toa que o STF manda somar os BUs. Se os somarmos iremos referendar o resultado do STF. O problema esta (o programa que frauda) esta entre o teclado e o BU. Uma Linha apenas. Quando vão abrir para a auditoria? Peça qualquer usuário do Excel que ele faz para vc a linha que muda tudo.

  4. Ricardo Luiz Rocha Cubas
    Ricardo Luiz Rocha Cubas

    PROPOSTA DE APERFEIÇOAMENTO QUANTO AO TESTE DE INTEGRIDADE DA URNA ELETRÔNICA

    Como é de conhecimento geral, a Proposta de Emenda Constitucional do Voto Impresso não foi aprovada pela Câmara dos Deputados. No entanto, existe a possibilidade de aperfeiçoar uma das etapas implementadas pelo Tribunal Superior Eleitoral para dar confiabilidade, ainda maior, ao resultado das eleições. Se faz necessário o conhecimento prévio de como se deu o teste de integridade da votação paralela realizada em 2018. É esse o contexto da presente proposta

    Muitos não sabem que a confiabilidade do resultado eleitoral, não precisa ser, necessariamente, com o voto impresso.

    A seguir, serão descritos dez procedimentos adicionais de como deve ser realizada a verificação de confiabilidade sobre o resultado das eleições. De se destacar que estas medidas podem ser implementadas para qualquer eleição futura, inclusive a próxima.

    A premissa mais importante a ser seguida é a de que a urna eletrônica não pode “saber” que ela está em teste de confiabilidade. Para que se obtenha um aumento sobre a auditabilidade da urna eletrônica, a inserção do voto simulado deve ser, sob a ótica daquele aparelho, exatamente, como a de um eleitor qualquer.

    Até que seja aprovado, em alguma legislatura futura, o voto impresso, são esses, os dez procedimentos para que o teste de confiabilidade do resultado eleitoral final, seja realmente eficaz, no dia da eleição:

    ● Primeiro: Algumas horas, antes do início da votação, sorteia-se, de forma aleatória, 2% das urnas eletrônicas, operadas em cada zona eleitoral, o que dá, aproximadamente, em nível nacional, dez mil urnas. Esse sorteio tem que se dar por meio não eletrônico, ou seja, com a utilização daqueles globos de bolas de madeira em jogos de entretenimento caseiro. Este é um requisito importante para que a ciência estatística garanta a confiabilidade do resultado final da eleição.

    ● Segundo: sorteadas, aleatoriamente, as urnas eletrônicas, os juízes eleitorais providenciam urnas paralelas completas, incluindo mecanismo extra de autorização de voto aos mesários, o qual se destina à votação do eleitor, com a garantia de sigilo ao seu voto. Esclarecendo, nas sessões eleitorais, que tiverem urnas, com procedimento de votação paralela, estarão presentes duas urnas, a original (a ser auditada), destinada a inserção de uma votação simulada de votos e outra, paralela, para a captação real dos votos dos eleitores.

    ● Terceiro: Inicia-se a votação nas sessões que tiveram urnas escolhidas aleatoriamente, da seguinte forma: Após o eleitor conceder duas vezes, a sua biometria, a mesa receptora de votos concede duas autorizações de voto, uma para a entidade civil (cuja participação resta definida no décimo procedimento), que vai inserir um voto aleatório na urna a ser auditada e outra, para o eleitor fazer a sua votação na urna paralela. É importante deixar este ponto bastante claro. Para cada uma das duas validações da biometria do eleitor votante, ocorrem dois movimentos dentro da sessão eleitoral: em um movimento, o eleitor se dirige à urna paralela para sua votação regular e, paralelamente, a entidade civil faz a inserção de um voto simulado na urna original.

    ● Quarto: Os mesários ficarão encarregados de registrar, em planilha manual, fornecida pela Justiça Eleitoral, quais foram os votos inseridos, aleatoriamente, pela entidade civil. Além disso, a entidade civil deverá providenciar régua ou “T” elétrico, cabo de extensão de energia, tripé de fixação e uma câmera para filmagem, em baixa resolução, da tela da urna eletrônica original, objeto de teste de integridade. A câmera, inclusive, pode ser um simples smartphone e com cartão de memória suficiente para a gravação em baixa resolução.

    ● Quinto: sempre de forma contínua, será realizada a filmagem de todo processo, que deve se iniciar com imagens do número da sessão eleitoral, fixado na entrada da porta, de seus mesários, da emissão da zerézima, indo para a fixação da câmera no tripé para a filmagem da tela da urna auditada. Em seguida, será filmada a inserção dos votos simulados. Por fim, a planilha de votos simulados e o registro dos dados constantes nas totalizações do Boletim de Urna (BU), gerado ao final da votação pela urna auditada. Concluindo a filmagem, repetem-se, as gravações dos mesários e o número da sessão eleitoral.

    ● Sexto: como a premissa maior é a de que a urna eletrônica jamais possa saber que está sob votação paralela, deve ser vedado ao TSE a inserção de quaisquer códigos de controle, que não sejam as próprias captações das duas biometrias do eleitor, uma para a inserção simulada dos votos pela entidade civil na urna a ser auditada e, outra, para a votação regular do eleitor na urna paralela.

    ● Sétimo: ao final da votação, com a planilha em mãos, os mesários, em conjunto com os representantes da sociedade civil e dos Partidos Políticos, providenciam a totalização manual dos votos inseridos pela entidade civil, os quais devem bater com os constantes no BU. Se não houver divergência, a urna estará funcionando exatamente como deveria funcionar. Se houver divergência, podem ocorrer três situações, ou houve registro errôneo no lançamento da planilha pelo mesário, ou a urna apresentou defeito de funcionamento em um certo período (perda de energia/bateria), ou, no pior caso, a possibilidade de que o código fonte foi, de alguma forma, fraudado.

    ● Oitavo: onde houver divergência entre a totalização dos votos simulados inseridos e a do BU, o arquivo de filmagem é transferido para o juiz eleitoral da zona eleitoral, ficando uma cópia para a entidade civil e para os representantes de partidos. A urna é lacrada para investigação posterior, em conjunto com a ata da mesa receptora, que deverá registrar o ocorrido, bem como a planilha de inserção de votos simulados.

    ● Nono: com base no princípio da transparência, os Partidos Políticos poderão realizar filmagem paralela das telas das urnas eletrônicas originais, em ângulo diverso ao das entidades civis, inclusive, com a sua transmissão ao vivo, por meio de serviços de streaming de vídeo como o YouTube.

    ● Décimo: antes das eleições, a Caixa Econômica Federal cadastrará as entidades civis interessadas em participar da inserção de votos simulados e da filmagem do voto auditável, realizando sorteio, por zona eleitoral, nos mesmos moldes seguidos nos seus sorteios de jogos. Não havendo número de interessados suficiente para os 2% de urnas a serem sorteadas, será aberto novo cadastramento e novo sorteio para qualquer eleitor interessado, desde que esteja vinculado a sua própria zona eleitoral. Persistindo a insuficiência, mesários ficarão encarregados da inserção dos votos simulados, porém, sem filmagem.

    Seguindo-se, rigorosamente, estes dez procedimentos, poderemos ter a garantia de que 95% do resultado das eleições, com 1% de margem de erro, corresponda, de fato, à realidade.

    Importa mencionar que, retiradas as constatações de que a urna parou de funcionar, ou de que houve, por parte do mesário, falha de lançamento da inserção dos registros de votos simulados em sua planilha, ou de que houve falha na totalização dos votos simulados pelos mesários, ou que houve inserção errônea do próprio voto simulado – todas essas ocorrências serão verificáveis pela filmagem realizada – o que restará é, sim, a possibilidade de fraude no software interno da urna, que é o que interessa saber aos eleitores em geral.

    Neste último caso, o TSE, em conjunto com os Partidos Políticos e os peritos da Polícia Federal, devem aprofundar as investigações para saber o que realmente houve. Quinze dias depois da eleição, o TSE anuncia em quais e quantas urnas, objeto de voto auditável, houve divergência entre a inserção de votos simulados e os respectivos BU’s, incluindo as respectivas causas.

    Caso se constate um percentual, acima de 5% (cinco por cento) em fraude no software interno da urna, resta caracterizada violação de confiabilidade no sistema eleitoral de votação eletrônica como um todo e novas eleições devem ser realizadas, com a utilização de cédulas de papel.

    Em um universo de, aproximadamente, 500.000 urnas eletrônicas, precisamos usar a Estatística como Ciência e como instrumento de confiabilidade ao resultado final das eleições.

    Com o passar dos anos, basta aumentar o percentual de urnas auditáveis, em votação paralela, para 3%, 4% e 5% por cento, de forma a incrementar a confiabilidade do resultado eleitoral para 98% ou 99%, com reduzidas margens de erro.

    Não podemos deixar de mencionar que essa ideia não se sujeita ao Princípio da Anualidade no processo eleitoral porque diz respeito a mero procedimento eleitoral, sem voto impresso, e, melhor, não precisa de aprovação por meio de proposta de emenda constitucional. Aliás, ela pode ser implementada pelo próprio TSE, se forem seguidas rigorosamente, reiteram-se, de forma resumida, estas três premissas:

    1) a de que a urna não possa “saber” que está sendo objeto de teste de confiabilidade;

    2) a de que o eleitor tem que “emprestar” a sua biometria, duas vezes, para a inserção da votação simulada pelas entidades civis ou pelos cidadãos sorteados pela Caixa; e,

    3) de que o sorteio dos 2% das urnas eletrônicas sejam realmente aleatórias, ou seja, por meio da utilização de dispositivos não eletrônicos.

    De se mencionar, que a votação paralela, realizada em 2018 pelo TSE, não atendeu a nenhuma daquelas três premissas e com as sugestões ora mencionadas se espera que as urnas eletrônicas possam ser aperfeiçoadas.

    Ricardo Luiz Rocha Cubas, é Auditor do Tribunal de Contas da União, Advogado e formado em Ciências da Computação pela Universidade de Brasília (Nota: todas as considerações deste artigo não representam o posicionamento do TCU sobre o tema)

    1. Marcus
      Marcus

      Uma significativa e expressiva contribuição. Um belo exemplo de competência e cidadania.
      Bravo.

  5. Flavio Luis Vera
    Flavio Luis Vera

    Ótimo artigo Cristyan! O Ponto central é que agora a maioria dos eleitores e do povo brasileiros estão desconfiando da legitimidade do voto nestas urnas eletrônicas que datam de 1996 ou seja, sāo 25 anos sem um aperfeiçoamento significativo para fortalecer e dar mais transparência as eleições. Estāo achando que as pessoas sāo idiotas e irāo aceitar. De jeito nenhum Srs. togados e congressistas. Nos aguardem !!

    1. Cristyan Costa

      Grato pela leitura e pelo comentário, Flavio. Um abraço

  6. Lívio Túlio Baraldi
    Lívio Túlio Baraldi

    O simples fato dos principais responsáveis pelo processo eleitoral brasileiro se posicionarem contra, e ainda fazerem campanha contra possíveis mudanças, já torna tudo muito suspeito, e deixa claro que mudanças precisam acontecer!!!!

    Apenas minha opinião!!!!!

    1. Cristyan Costa

      Obrigado pelo comentário, Lívio. Um abraço

    2. Ana Helena Mendonça Teixeira Da Silva
      Ana Helena Mendonça Teixeira Da Silva

      EXCELENTE artigo!!!!
      Parabéns!!!! 👏🏻👏🏻👏🏻

  7. Robson Oliveira Aires
    Robson Oliveira Aires

    Ótimo artigo. Só discordo quanto ao ponto o dois lados jogam sujo. O Presidente Bolsonaro não joga sujo. Apenas expressa o óbvio. Não há segurança nas urnas eletrônicas. Portanto, não tem como ter eleições legítimas ano que vem.

    1. Cristyan Costa

      Obrigado pela leitura e pelo comentário, Robson. As divergências são sempre bem-vindas. Forte abraço

  8. Roseilton Porto de Aguiar
    Roseilton Porto de Aguiar

    Cristyan Costa, eu quero parabenizar pela matéria muito esclarecedora. Estou na luta e oração pela a conscientização desses políticos da necessidade do voto auditável, para todos, pois não é para o Bolsonaro, mas para quem sente prejudicado em sua eleição poder ter o direito a recontagem como reivindicava Brizola.

    1. Cristyan Costa

      Caro Roseilton, fico feliz pela mensagem. Forte abraço

  9. Paulo Alencar Da Silva
    Paulo Alencar Da Silva

    Essa matéria é uma das mais elucidativas que ja vi a respeito e me faz ser ainda mais defensor do voto impresso eletrônico (muito importante essa palavra para que não se induza o eleitor a pensar que vai ter que usar uma caneta, escrever, marcar X etc. Muitos maldosamente estão fazendo isso) auditável. Parabéns Cristina, excelente matéria! POR FAVOR OESTE, ESSA É DAQUELAS MATÉRIAS DE UTILIDADE PÚBLICA E QUE MOSTRAM PORQUE A OESTE É UM OASIS NO DESERTO E FUNDAMENTAL. IMPLORO QUE A LIBEREM PARA SER DIVULGADA.
    Um detalhe, além dos pontos vulneráveis e riscos, seria interessante saber quais dessas fraudes ja podem ter ocorrido em eleições passadas (podem!) e que após a eleição não seria identificável (por não haver a impressão e possibilidade de recontagem).

    1. Paulo Alencar Da Silva
      Paulo Alencar Da Silva

      Desculpe, foi o corretor, o nome é Cristyan!

    2. Cristyan Costa

      Obrigado pelo comentário, Paulo. Vamos considerar sua sugestão. Um abraço

    3. Ana Helena Mendonça Teixeira Da Silva
      Ana Helena Mendonça Teixeira Da Silva

      Concordo!!! Gostaria de poder enviá-la a algumas pessoas para melhor elucidar essa questão do voto auditável. A Revista Oeste poderia permitir a divulgação de pelo menos 1 matéria por semana, seria bom que ajuda a divulgar o excelente trabalho jornalístico de vcs! 😉

  10. Fernando Luiz Teixeira Dantas
    Fernando Luiz Teixeira Dantas

    Brilhante matéria do Cristyan Costa! Ele mapeou as vulnerabilidades do nosso sistema de votação e pavimentou a direção a seguir, caso o Poder Executivo, as Forças Armadas e congressistas probos estejam mesmo em busca de mais transparência.

    1. Cristyan Costa

      Caro Fernando, obrigado pela leitura, pelo comentário e pelo elogio. Forte abraço

  11. Osvaldo Nogueira
    Osvaldo Nogueira

    Porque esses políticos não apresentam um protótipo da urna auditável para o povo ver como funciona? Ficam somente nas figurinhas, eleitor não assimila isso

    1. Cristyan Costa

      Grato pelo comentário, Osvaldo. Continue conosco. Um abraço

  12. Fabio Augusto Boemer Barile
    Fabio Augusto Boemer Barile

    O que dá nojo é a imprensa decadente desinformar, deliberadamente se opondo ao aperfeiçoamento do processo eleitoral. Tenho poucas dúvidas que está se armando uma grande conspiração para se colocar um criminoso no poder.

    1. Cristyan Costa

      Obrigado pela leitura, Fabio. Um abraço

  13. Caio dos Santos Oliveira
    Caio dos Santos Oliveira

    Essa pauta é de suma importância para fortalecer a Democracia já tão defasada no Brasil.

    1. Cristyan Costa

      Obrigado pela leitura, Caio. Continue conosco

  14. Gilberto Dib
    Gilberto Dib

    O TSE detesta a palavra “FRAUDE” dizendo que ela não existe nas Urnas e que ela é só uma invenção da direita. O caminho para derrubar isso é contestar por um item da Constituição que cita sim, a palavra FRAUDE relacionada às ELEIÇÕES. No Art. 14, parágrafo 10 vamos encontrar a seguinte determinação:

    Art. 14, §10: ” O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.

    Ora, o constituinte sabia que poderia haver fraude em quaisquer formas de votação. Por isso foi justo ao exigir provas. E para que existam provas é necessário que o sistema esteja apto a produzi-las de tal modo a provar que houve fraude e quem foi beneficiado e prejudicado, ou provar que não houve fraude, e ambas as provas só vão existir se forem feitas através de um registro físico produzido simultaneamente ao ato de votar. Portanto esse Sistema Eleitoral atual é INCONSTITUCIONAL por impedir o direito politico de VOTAR e SER VOTADO tendo garantia da integridade de seus VOTOS. Dessa forma não há condições de declarar quem de fato venceu as eleições desde 1996 pela impossibilidade de provar se houve ou não houve FRAUDES!

  15. William Bonfim
    William Bonfim

    Excelente matéria.

    1. Cristyan Costa

      Obrigado, William. Um abraço

  16. R.F. Nobre
    R.F. Nobre

    Sugestão: cancelar a eleição do próximo ano, e solicitar para que o stf em um esforço concentrado indique o próximo presidente, que sem dúvida nenhuma, será o “9 dedos”.
    Falando sério, votamos em deputados e senadores, que eleitos (muitos deles) não respeitam a vontade da maioria dos eleitores e, por dívidas para com a justiça, se submetem a vontade de pseudo juízes do stf, os quais deveriam ser ISENTOS para poder julgar alguma coisa.

  17. Luis Cesar Priori
    Luis Cesar Priori

    Voto impresso e auditável é constitucional!. Juiz do STF articular para não haver voto impresso com deputados e senadores é inconstitucional!
    Ora! O inconstitucional está prevalecendo sobre as leis da constituição! A lei e a vontade popular está subjulgada aos “guardiões” da constituição! Sentimento de impotência enorme diante disso! ):

    1. Cristyan Costa

      Grato pelo comentário, Luis. Um abraço

  18. Antonio Carlos Almeida Rocha
    Antonio Carlos Almeida Rocha

    Nunca me esqueço 2014 quando a apuração ia de vento em popa dentro do TSE, com Toffoli e técnicos e a divulgação dos resultados parciais teve que esperar até o fechamento da votação no Acre, em função da diferença de fuso horário…não acredito na urna eletrônica e vendo quem está defendendo sua manutenção sem o comprovante do voto, fico ainda mais convencido de que algo muito podre está sendo tramado…

    1. Cristyan Costa

      Obrigado pelo comentário e pela lembrança desse epidósio, Antonio. Um abraço

  19. IRACEMA BRUNETTI MISCHI
    IRACEMA BRUNETTI MISCHI

    Barroso , Alexandre de Moraes e outros da suprema corte estão desatualizados para obstruir a evolução do processo . Eles são e querem continuar com o voto de cabresto. Acredito na justiça popular .

  20. Eduardo G D Cardoso
    Eduardo G D Cardoso

    O presidente Bolsonaro não disse que não haveria eleições com a atuais e desatualizadas urnas eletrônicas; ele afirmou que não haveria eleições com as atuais urnas caso o Congresso aprovasse a modernização para o sistema com a impressão digital do voto, para eventual checagem/auditagem, e o TSE não cumprisse a determinação dos representante do povo. O Barroso precisa rever suas posições e tornar as eleições confiáveis. O clamor atual joga por terra a confiança no TSE e sublinha ainda mais o sentimento de revolta para com o Supremo Tribunal Federal.

  21. Vicente Lino
    Vicente Lino

    Impressionante como alguém pode ser contra o aprimoramento das eleições. Esse comportamento coloca dúvidas à lisura do processo. A excelente reportagem elucida dúvidas, com informações pertinentes e corretas. Um dia a gente ainda vai saber porque há um grupo contrário à melhoria do sistema eleitoral.

    1. Cristyan Costa

      Obrigado pela leitura, Vicente. Abração

  22. Carlos Rocha
    Carlos Rocha

    Mostra-se imperativo eliminar o poder existente de manipular resultados da eleição, sem deixar qualquer rastro, nas mãos de um pequeno grupo de técnicos do TSE.

    Ao contrário do que afirma o Ministro Barroso, Presidente do TSE, o processo eleitoral eletrônico não é nem 100% seguro e nem transparente. Não existe sistema 100% seguro: 2/3 das quebras de segurança em sistemas de informação têm origem dentro das próprias organizações e 95% dos ataques cibernéticos são viabilizados por erros humanos. O indiscutível risco de manipulação é comprovado pelas estatísticas do mundo real.

    É necessária a adoção do Princípio da Segregação de Funções, recomendado pela norma ISO 27001 de segurança da informação, pelo Tribunal de Contas da União e por qualquer empresa de auditoria de primeira linha.

    Veja mais no artigo:
    Como eliminar o poder existente de manipular a eleição
    https://www.linkedin.com/pulse/como-eliminar-o-poder-existente-de-manipular-elei%25C3%25A7%25C3%25A3o-carlos-rocha/

  23. PAULO PEDRO DA COSTA
    PAULO PEDRO DA COSTA

    Como entendi a declaração do presidente. Se o resultado já está combinado que eleição havera? Fico curioso como pessoas que trabalham e escrevem na mídia impressa. televisiva etc. (que deveriam ter mais acesso do que eu sobre programas e softwares) dizer que essas urnas eletrônicas que estão aí são seguras. Conheço vários hachers que trabalham em grandes empresas (mais de 20, acho) que me falam que as urnas não são seguras. Isso desde de 2002. E quando pessoas do tipo Barroso, Alexandre de Moraes fazem campanha contra, aí é que não tenho mais dúvida.

  24. jose angelo baracho pires
    jose angelo baracho pires

    Cristyan Costa
    Esse é o cara. Brilhante final de semana, como a sua matéria garoto!

    1. Cristyan Costa

      Caro Jose, muito obrigado pela leitura e pelo comentário. Um abraço

  25. Sandro Luis Batista Soares
    Sandro Luis Batista Soares

    Na matemática existe a prova real para as contas simples como, adição, subtração, multiplicação e divisão. Por que não o voto ser impresso para depois de alguma dúvida, fazer essa prova real, na contagem manual dos votos impressos e o resultado das urnas eletrônicas.

  26. Andre Noschese
    Andre Noschese

    Seremos ludibriados se o voto impresso não for estabelecido. Está na constituição que a contagem dos votos seja PÚBLICA. Na urna eletrônica essa contagem é secreta. Vejo aí única saída pra FFAA se convencer a agir, defendendo a constituição

    1. Cristyan Costa

      Grato pela leitura e pelo comentário, Andre. Um abraço

  27. Marcelo Gurgel
    Marcelo Gurgel

    Pessoas retrógradas que são contrárias ao aprimoramento das urnas deviam ser afastadas do processo.

    1. Cristyan Costa

      Obrigado pelo leitura, Marcelo. Abração

    2. Sebastiao Márcio Monteiro
      Sebastiao Márcio Monteiro

      Portanto, fora Barroso!

    3. Sebastiao Márcio Monteiro
      Sebastiao Márcio Monteiro

      Então Barroso não pode continuar presidindo o TSE.

  28. Antonio Carlos Neves
    Antonio Carlos Neves

    A beleza do VOTO IMPRESSO, é quando o eleitor verifica que o seu candidato vai estar contido nas duas urnas, eletrônica e na lacrada com seu voto impresso. Isso já é uma verdadeira AUDITORIA do próprio eleitor.
    Vantagem, evitará que malfeitores ou hackers do bem se atrevam a nos enganar.

  29. Antonio Carlos Neves
    Antonio Carlos Neves

    Solução caso não seja implantado o VOTO IMPRESSO.
    As FORÇAS ARMADAS com especialistas em tecnologia da informação independentes e representantes técnicos dos partidos, atuarem de cabo a rabo nesse processo, desde o desenvolvimento do software até a apuração.
    Entretanto, qual o problema com o VOTO IMPRESSO? Custo não é, retrocesso também não, bilhete engasgar na impressora também não, violar o sigilo do voto também não, agora RISCO de roubo de 150 milhões de votos em nosso pais com alto índice do roubo de cargas (BARROSO), é um problema que nosso STF poderia resolver não soltando criminosos como costumeiramente fazem.
    Agora, o VOTO IMPRESSO tem que estar implantado em TODAS as urnas porque não adianta AUDITAR 10 ou 20% delas, pois se encontrando desvios, TODAS as urnas precisarão ser RECONTADAS para ai sim VALIDAR pelo VOTO IMPRESSO as eleições, caso contrario teria que haver novas eleições.
    Não necessariamente somente por desvios as urnas devem ser RECONTADAS, assim como fizeram nos EUA em disputas cujos candidatos tenham estreita margem por solicitação dos respectivos partidos.
    O pior é que tem até jornalistas que ainda pensam que o VOTO IMPRESSO é levado para casa pelo eleitor e que servira como comprovante ao politico corrupto, ou cidadãos que pensam que é voltar à CEDULA ELEITORAL. E nosso notável TSE, quer que a sociedade pense assim mesmo para dificultar o VOTO IMPRESSO e a TRANSPARÊNCIA das urnas. Que insensibilidade essa gente não vislumbrar os graves conflitos sociais que poderão ocorrer e poderiam ser evitados, porque como disse o presidente Bolsonaro, se LULA ganhar com as urnas AUDITÁVEIS, paciência, vai indicar mais 2 ministros do STF, portanto evitara que qualquer liderança de partidos perdedores promovam desordens.

    1. Cristyan Costa

      Obrigado pela leitura e pelo comentário, Antonio. Um abraço

    2. CARLOS ALBERTO DE MORAES
      CARLOS ALBERTO DE MORAES

      Concordeo Antonio Neves, so que, pelo que entendi, todas as urnas terão o voto auditável, so que apenas uma porcentagem será recontada, para fins de auditoria.
      Creio que assim teremos uma confirmação de que não houve fraude, mas acho difícil isso passar. Não entendo a resistência do STF no assunto e muito menos o porque 11 particos, depois de reuniões com membros do STF ficaram contra o voto auditável… Essas reuniões foram secretas? Ninguem pergunta aos políticos o que foi tratado?

      1. Antonio Carlos Neves
        Antonio Carlos Neves

        É o caso de um ministro do STF, pedir vídeo da reunião do TSE/STF e os 11 partidos e outros encontros clandestinos. Afinal Celso de Mello com apoio do Moro não quebrou o sigilo de uma reunião ministerial do governo Bolsonaro?. Sim aquela que Bolsonaro fala um monte de nomes “feios”, que Celso e Moro não aprenderam na escola de puritanos.

      2. marise neves
        marise neves

        Não esqueçamos que o STF livrou com uma canetada o molusco mais criminoso que esse país já viu, portanto é por isso que eles estão movendo mundos e fundos para não permitir que o voto auditável seja implementado. Já decidiram que o próximo presidente será o bandido Lula. SQN

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