Nos últimos seis meses, muitos brasileiros acompanharam atentamente o surgimento do que seria a bala de prata produzida pela CPI da Covid — suficientemente letal para expulsar do Planalto o presidente Jair Bolsonaro. A primeira candidata foi a cloroquina. Depois, a falta de vacinas. Em seguida, a compra jamais consumada de imunizantes superfaturados. A cartada final foi a trama envolvendo um bando de empresários propagadores de fake news e planos de saúde mal-intencionados. Os que sonharam com o disparo fatal tiveram de conformar-se com traques de festa junina.
Como disse J.R. Guzzo, em seu programa no YouTube de Oeste, as 1.289 páginas do relatório final da CPI não passam de um grande nada. Guzzo enriqueceu com constatações impecáveis o acervo da CPI instaurada por Oeste no mesmo dia da CPI do Senado. As investigações foram entregues à equipe da redação. Esse trabalho conjunto resultou no relatório, escrito por Augusto Nunes, que está na reportagem de capa desta edição.
“A CPI da Covid foi armada para falsificar fatos, condenar inimigos políticos e fraudar as próximas eleições presidenciais, com uma tentativa grosseira de derrubar o presidente da República e evitar a sua candidatura em 2022”, escreveu J.R. Guzzo, em artigo publicado na edição 83 de Oeste. “Nunca teve, assim, a mínima intenção de apurar honestamente nenhum erro no combate à covid. (…) Comportou-se nos interrogatórios como uma delegacia policial de ditadura; ofendeu, perseguiu e pisoteou os direitos das testemunhas como cidadãos e como seres humanos. Mentiu a partir do primeiro dia, e não parou até o último.”
Durante mais de 180 dias, com a ajuda da velha imprensa, alguns brasileiros quase esqueceram que o relator da CPI da Pandemia no Senado, Renan Calheiros, é uma capivara ambulante. Como mostra a reportagem de Silvio Navarro, a ficha corrida do senador alagoano inclui um rebanho de gado fantasma, uma pensão de R$ 12 mil paga em dinheiro vivo a uma ex-namorada pela empreiteira Mendes Júnior e sete processos sobre lavagem de dinheiro e recebimento de propina, fora o resto.
“Do ponto de vista penal, o relatório é uma nulidade jurídica”, escreveu Navarro. “Mas Renan conseguiu o que queria: uma caneta que lhe desse algum poder, ainda que provisório, para voltar a frequentar manchetes que não se referissem a casos de polícia.”
A CPI do Senado foi rebatizada por Navarro com um nome mais adequado ao seu desempenho: Circo Parlamentar de Inquérito. A CPI criada por Oeste é a sigla que identifica a Controladoria de Pilantras e Impostores.
Boa leitura.
Branca Nunes
Diretora de Redação
Sera que com a reeleição do presidente Bolsonaro,esses esquerdista vão se conformar,ou vão continuar com a perseguição?
Acredito que no financiamento e diretriz deste projeto de domínio estão as famílias Sarney, Collor, Calheiros, Barbalho, Neves, e empresários que lucram muito com a situação, grandes empreiteiras, bancos, grandes indústrias nacionais e estrangeiras. No planejamento e execução José Dirceu, Lula, FHC, etc. Na ponta, políticos conhecidos, senadores e deputados profissionais, juízes e promotores de diversas instâncias. Dar nome aos bois, puní-los e baní-los seria bom. Precisamos da Lava-Jato já.
Impecavel. Dá gosto, ainda ter acesso a uma imprensa de qualidade, em vias de extinção no país.
Fake News são pessoas ultrapassarem o TETO de salário do funcionalismo público e dizerem que recebem dentro do TETO.
Parabéns, Branca, pela competência na direção da redação mais talentosa da imprensa brasileira.
Sinceramente, ainda nos falta uma Reportagem “com R maiúsculo” que venha a surpreender e atender ao anseio de uma parte da população e leitores, como por exemplo, quem na realidade está por trás destas tramoias, que dizem, ser patrocinadas por um status quo, de uma elite, que controla este país há várias décadas. (??) Afinal, o que estes jornalistas, editores, redatores, diretores da Grande Mídia respondem? A serviço de quem estão esta manada? Nomes, Senhores!!!,, Chega de reportagens periféricas e insinuadoras, de que há sim uma classe dominante, que nada quer mudar, mas quem?, quem são estes obscuros personagens?
Ora Sr. José, todos nos sabemos, inclusive o Sr., quem está por trás de todas estas tramoias. São os mesmos personagens de sempre fortalecidos e associados ao pessoal e também seus “herdeiros” de mesma linhagem, usando os mesmos métodos hediondos. São poderosos, estão espalhados pelos três poderes e por outras entidades privadas. Brigam entre si disputando maior poder ou mais dinheiro e se associam contra o inimigo comum quando sentem estarem ameaçados seu poder ou métodos de atuação para mantê-lo. Por isto mesmo não creio ser prudente uma reportagem reveladora como a sua proposta. Rapidamente perderíamos a Revista Oeste, talvez a única publicação que sobrou a merecer nosso credito, para a atual censura imposta por um dos poderes da Republica. Uma pena.
Exatamente, Sr. Lazar.
Realmente o relatório da CPI é um grande nada. Deplorável. Mas a população está atenta e vai dar a resposta, em breve.
Muito boa tarde!! Parabéns a todos pelo excelente trabalho. Não me arrependendo nem por um minuto do dinheiro investido na assinatura dessa revista.
Sempre assinei revistas, hoje em dia não assino, mas essa revista Oeste me chamou atenção e então a assinei .