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Cirque du Soleil anunciou que retornará ao Brasil em setembro de 2022 | Foto: Marie-Andrée Lemire
Edição 88

A volta do Cirque du Soleil e a nova série sobre a Boate Kiss

O maior serviço de streaming do mundo anunciou que investirá no desenvolvimento de 40 novas ideias no Brasil para 2022

Bruno Meyer
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Adeus Ano Velho

A crise econômica não chegou às festas de Réveillon no Nordeste, onde a demanda surpreende os organizadores. Muitas já estão com as vendas superiores às do mês de novembro de 2019, ano pré-pandêmico. Na Praia do Forte, por exemplo, um dos redutos preferidos dos paulistas, a virada organizada pela empresa 2GB está com 70% dos ingressos esgotados. São Paulo, Brasília e Salvador são os maiores compradores. 

Feliz Ano Novo?

Organizadores baianos estão traumatizados com o marasmo de eventos em 2020. “Foi como um filme de ficção científica. Salvador sem Carnaval era algo inimaginável”, diz Flávio Ulm, dono da 2GB. Apesar da euforia com o Réveillon, empresários do setor estão cautelosos com o Carnaval em fevereiro. Trabalham como se tivesse o tradicional circuito dos trios elétricos, mas não será surpresa se uma ordem cancelar tudo. Rui Costa, governador petista, diz que não colocará a população em risco e tem demonstrado sinais contrários à realização.

Carnaval em risco

A última semana foi marcada pelo cancelamento do Carnaval em 70 cidades do interior e litoral de São Paulo, como São Luiz do Paraitinga, famosa pelo tradicional Carnaval de rua. A justificativa é o temor de que a aglomeração intensifique a contaminação de covid-19. O governador João Doria mantém a promessa de fazer “um dos maiores Réveillons da história na Avenida Paulista” e um dos maiores Carnavais da capital.

Carnaval em São Luiz do Paraitinga | Foto: Divulgação/SPGov

Negócios na folia

O Carnaval é considerado o Natal do setor de turismo. Em 2020, 10 milhões de turistas movimentaram R$ 4 bilhões apenas no Rio de Janeiro. No mesmo ano, a prefeitura de Salvador divulgou que a festa movimentou R$ 1,8 bilhão, em gastos como hospedagem, alimentação e serviços, gerando cerca de 215 mil empregos temporários.

Tormento em quatro rodas

Não é só a falta de semicondutores, que fabricam os chips, que atormenta a indústria automobilística e paralisa turnos de trabalho e fábricas no mundo. A falta de contêineres — e o consequente aumento no valor — chega a ser o maior problema para algumas montadoras. Antes, um contêiner custava US$ 1.800 para sair da Coreia e chegar ao Uruguai, onde são produzidos caminhões que o Brasil consome. Atualmente, custa US$ 14.000 no mesmo trajeto, alta de 677%. Com uma diferença atenuante: o dólar subiu de R$ 4,30 para R$ 5,55. 

Todos querem contêineres 

A coreana Kia é uma das que mais precisam deles para o transporte. “Não tem contêiner mesmo a US$ 14.000, porque eles remanejaram as rotas dos navios”, afirma José Luiz Gandini, presidente da Kia no Brasil. “Vivemos um momento infernal.” Gandini anunciou que a montadora quer a liderança do mercado global de veículos elétricos e planeja lançar sete deles até 2027. “É uma meta ambiciosa, mas os coreanos são assim mesmo e vão alcançar”, diz. 

BAZZAR

Quase três anos depois da última passagem, o Cirque du Soleil anunciou que retornará ao Brasil em setembro de 2022 para uma temporada de shows em São Paulo e no Rio de Janeiro. A companhia trará ao país o BAZZAR, espetáculo que ainda não começou a ensaiar em Montreal, no Canadá. Os artistas chegarão a São Paulo para os ensaios finais um mês antes da apresentação.

R$ 300 milhões em caixa

O Madero recebeu um aporte de R$ 300 milhões da empresa de private equity americana Carlyle — que já tinha investido R$ 700 milhões em 2019 por uma fatia de 27,6%. O dinheiro vem em boa hora. A rede de hamburguerias tem dívidas de R$ 1 bilhão, o que ficou agravado durante o início da pandemia, quando restaurantes e bares ficaram fechados.

Hambúrguer em casa

O empresário paranaense Junior Durski, sócio-fundador e controlador do grupo, nunca foi a favor da ideia do delivery. Achava que a qualidade de seus hambúrgueres e batatas fritas seria afetada no trajeto da cozinha do restaurante até a casa do consumidor. A pandemia mudou o cenário. O Madero conta hoje com aplicativo para entrega em casa. 

Empresário paranaense Junior Durski, dono do Madero | Foto: Divulgação/Instagram

Fiasco global

O descaso da Globo na divulgação de Um Lugar ao Sol, novela das 9 estrelada por Cauã Reymond, reflete na audiência: nunca uma novela nesse horário teve audiência tão baixa nos últimos 50 anos. Nos sete primeiros dias de exibição, a trama marcou média de 23,2 pontos no Ibope. O número preocupa em um momento de avanço do streaming e a intenção de empresas como Netflix e HBO Max de produzir novelas no Brasil.

Cauã Reymond na novela Um Lugar ao Sol | Foto: Reprodução Globo

Pior estreia

A má fase da Globo continua no horário das 7: a novela inédita Quanto Mais Vida, Melhor!, protagonizada por Giovanna Antonelli, amargou a pior estreia de uma novela das 7 da história da emissora. A produção registrou apenas 21,6 pontos na Grande São Paulo, superando o recorde negativo da reprise de Pega Pega, que marcou 23,6 pontos.

Audiência sagrada

A novela bíblica Os Dez Mandamentos colocou a estatal TV Brasil na última semana em quarto lugar no horário nobre do Ibope, à frente de Band, TV Cultura e RedeTV. A EBC (Empresa Brasil de Comunicação) pagou R$ 3,2 milhões para ter os direitos de exibição da TV Record. 

Prime time 

O hábito dos brasileiros em assistir programas, séries e filmes por streaming mudou um panorama quase inatingível na televisão brasileira. O prime time, horário mais prestigiado e caro para o mercado publicitário, mudou de hora para as classes A e B: agora vai das 18 horas às 21 horas. Em geral, depois das 9 da noite, o número de televisores ligados se transfere para serviços de streaming, como Netflix, Amazon Prime, HBO Max e Disney. O mercado publicitário, que paga a conta das emissoras, observa esse movimento.

Boate Kiss em série 

Maior serviço de streaming do mundo, a Netflix anunciou que investirá no desenvolvimento de 40 novas ideias no Brasil para 2022. Uma delas é uma minissérie sobre o incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria, tragédia que fez 242 jovens serem asfixiados, queimados e morrerem empilhados diante de portas sem saída em 2013. A produção é baseada no livro Todo Dia a Mesma Noite, da jornalista Daniela Arbex, também consultora do roteiro. As gravações começam em 2022, com roteiro de Gustavo Lipsztein e direção de Júlia Rezende.  

[email protected] 

Leia também “O fim das agências bancárias e o desfalque na Globo”

2 comentários
  1. Erasmo Silvestre da Silva
    Erasmo Silvestre da Silva

    O importante é desprezar essa infeliz da Nova Ordem Mundial, se quiser continuar com a nossa Soberania

  2. Vicenzo De Donno Neto
    Vicenzo De Donno Neto

    bom demais esses drop de noticias

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