Black Friday (1): balanço negativo
Mais do que morna, a Black Friday brasileira foi frustrante para clientes e lojistas. As maiores varejistas esperavam uma alta de 10% nas vendas. Cresceu metade — e caiu mais de 9%, se comparada a 2019. As vendas on-line totalizaram R$ 4,2 bilhões. Os maiores impactos foram em itens da categoria eletrodoméstico e eletroeletrônico, com tíquete médio mais elevado.
Black Friday (2): cadê os descontos?
O cenário macroeconômico, como a alta da inflação, que pressiona os custos, foi a causa dos parcos descontos. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 26% dos produtos revelaram tendências de redução de preços num período de 40 dias pesquisados, porcentual bem abaixo dos 46% observados às vésperas da Black Friday de 2020. O brasileiro gastou, em média, cerca de R$ 750, aumento de aproximadamente de 15%. Houve, porém, uma alta na forma de pagamento em até dez vezes. Ou seja, o brasileiro se endividou mais.
Black Friday (3): Black November
A Black Friday de 2021 consolidou um movimento que já ocorria havia três anos no Brasil: empresas, principalmente de artigos de casa e decoração, iniciam promoções a partir de 1° de novembro, descaracterizando a data criada nos Estados Unidos.
Black Friday (4): a verdadeira
A Black Friday americana teve uma queda de 28% nas lojas em 2021, em relação aos níveis pré-pandemia. Os varejistas registraram vendas de US$ 8,9 bilhões na sexta-feira, abaixo do recorde de US$ 9 bilhões gastos no mesmo dia do ano anterior. “As empresas nos EUA conseguem fazer promoções mais agressivas por possuir maior “poder de fogo’’, além de ter uma melhor cadeia de suprimentos, desde o fornecedor até a entrega do produto”, diz Rodrigo Crespi, analista da Guide.
Pé na estrada
O setor de turismo e transporte foi o maior destaque da Cyber Monday, data consagrada nos Estados Unidos que foi introduzida no Brasil para fomentar a venda de eletrônicos, três dias depois da Black Friday. Algo pitoresco ocorreu neste ano, de acordo com dados da Cielo: em vez de celulares, as passagens aéreas e as locadoras de carros tiveram aumento de 75%, se comparar com o mesmo período de 2020. O destaque negativo foi para os materiais de construção, com recuo de quase 8%.
Paper nos Estados Unidos….
A asiática Paper Excellence (PE), do indonésio Jackson Widjaja, deu as boas-vindas nesta semana à sua mais bem-sucedida aquisição, a americana Domtar. Com 13 fábricas de celulose e papel e dez unidades de conversão, a Domtar tem capacidade de produção de 2,7 milhões de toneladas por ano de papel e de 1,5 milhão de toneladas por ano de celulose de mercado. A aquisição de uma das maiores produtoras de celulose e papel marca a entrada da PE nos Estados Unidos.
….e no Brasil
A Paper também trava uma batalha interminável com a J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, pelo controle da Eldorado Celulose. Em fevereiro, a J&F perdeu o processo arbitral por uma decisão unânime de três árbitros, que entenderam que a PE tinha direito a ficar com a Eldorado, como acordado no processo de venda. De lá para cá, a J&F tenta anular o processo. Ao contestar a decisão dos árbitros internacionais, a enroladíssima J&F aumenta a insegurança jurídica, que piora a imagem do Brasil.
Faltam (só) 60 milhões de votos
Michel Temer ouviu dez entre dez pedidos para se lançar candidato a presidente durante um jantar em torno dele na casa do empresário Flávio Rocha. Respondeu com sábia clareza: “Se a eleição fosse com quem está nessa sala, seria eleito com facilidade”, afirmou. “Mas serão necessários 60 milhões de votos.” Estavam na plateia Ricardo Diniz (Bank of America), Josué Gomes da Silva (Coteminas e Fiesp), Carlos Jereissati (Iguatemi), Fábio Galindo (Aegea) e Sebastião Bonfim (Centauro). Em vez de falar sobre sua defesa ao semipresidencialismo, Temer repetiu que reprova o clima de Fla-Flu que tomou conta do debate público entre direita e esquerda radical. Foi respeitoso com dois nomes: Jair Bolsonaro, “por ter dado sequência a seu governo”, e Sergio Moro, “pela bandeira da corrupção”. De Dilma, falou uma única vez, chamando-a de “senhora presidente”. O próximo passo do Esfera, grupo que reúne a nata do empresariado, liderado por João Camargo, é organizar um jantar para ouvir Sergio Moro.
Jantar à la Moro
Moro jantou com 24 convidados, entre eles Paulo Galvão, presidente da Klabin, e Roberto Setubal, presidente do Itaú Unibanco. Na pauta, dois assuntos se destacaram: a prometida escolha do economista Affonso Celso Pastore para liderar seu programa econômico e a entrada de gestores do programa Todos pela Educação para nortear a educação.
Bingo do Temer
Sob o comando do publicitário Elsinho Mouco, a rede social de Temer anda cada vez mais movimentada. Na última semana, a página surgiu com um inusitado “Bingo do Temer”, para “animar a segunda-feira”. Dentre as marcações do jogo, estavam as frases “juros entre os menores da história” com a marcação “já fiz” e “agredir com palavras ou gestos” seguido de “nem pensar”. Mas, da mesma forma que faltam votos, faltam também seguidores a Temer: o ex-presidente tem apenas 158 mil, considerado baixo para um nome de expressão nacional.
R$ 1,1 milhão para dez dias
Nunca se viu algo parecido na região. R$ 1,1 milhão é o valor do aluguel de uma casa, meio fazenda, por dez dias para o período de Réveillon em Trancoso, na Bahia. Para quem se assusta, os corretores têm a resposta na lata: a residência de luxo comporta um grupo de 30 pessoas e inclui serviços de camareira, chef de cozinha, barman, jardineiro, copeiro, segurança, garçons e massagista. Ah, bom…
A Bahia é a nova Europa
Na mesma Trancoso, há ainda uma opção disponível de casa para dez dias no valor de R$ 500 mil. A procura segue em alta. Em dezembro, com as proximidades das festas, as diárias de casa estão em uma média de R$ 3 mil a R$ 80 mil. A explicação para os valores exorbitantes de aluguéis é atrair um público que gastava altas rendas em viagens de fim de ano na Europa.
R$ 45 mil o metro quadrado
Donos de incorporadoras no segmento luxo preveem uma queda substancial nas vendas de 2022. Mas não é motivo de preocupação. O próprio mercado crê numa bolha recente. O metro quadrado num bairro como Itaim Bibi, por exemplo, passou de R$ 18 mil para R$ 45 mil. A tendência, dizem, é caírem os preços a partir de janeiro. As incorporadoras que fogem do luxo já contam com redução nas vendas há poucos meses: a inflação e os juros em alta devem reduzir o poder de compra de imóveis pelos consumidores.
R$ 100 mil o metro quadrado
Três apartamentos ainda estão disponíveis no prédio que a Gafisa constrói no último terreno de frente para a Praia do Leblon. Os apartamentos, cada um de 350 metros quadrados, são vendidos por R$ 100 mil o metro quadrado.
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Eles se reúnem em jantares, festas, ou guetos. Não ouvem e não querem ouvir o povo que por sua vez não os escuta. Isso pode dar certo para quem cara-pálidas???
35 milhões em um ap no Leblon e o Morro logo ali. Isso que eu chamo de “Paz Social”
Esse empresariado é uma gangue que não larga o poder!
Acabou o tempo pra essa corja da esquerda
Aproveita e chama a Dilma de vice.