Um recente estudo mostrou aumento na incidência de fibrilação atrial, um distúrbio que desregula o ritmo cardíaco e eleva o risco de acidente vascular cerebral (AVC), principalmente em pessoas com menos de 65 anos.
Essa condição, anteriormente associada a idosos, teve sua percepção alterada depois da análise de dados de mais de 67 mil pacientes, feita por Aditya Bhonsale, eletrofisiologista cardíaco da Universidade de Pittsburgh, e sua equipe. É o que mostra o jornal The New York Times.
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A pesquisa revelou que cerca de 25% desses pacientes eram jovens adultos, que, além de apresentarem um risco elevado de morte, também mostraram maior predisposição a fatores de risco: hipertensão, obesidade e apneia do sono.
A fibrilação atrial é marcada pela descoordenação nas contrações das câmaras do coração, o que provoca batimentos irregulares e, muitas vezes, acelerados.
Geoffrey Barnes, da Universidade do Michigan, afirma que sintomas como palpitações, desconforto no peito e falta de ar são frequentes. Pondera, no entanto, que muitos pacientes não apresentam sintomas e descubrem a condição por meio de dispositivos como smartwatches, que detectam a irregularidade dos batimentos.
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Hugh Calkins, da Johns Hopkins, destaca que a detecção precoce tem sido facilitada pelo monitoramento constante. Além de poder provocar coágulos perigosos, a fibrilação atrial está relacionada a insuficiência cardíaca, declínio cognitivo e demência. Observou-se que jovens com essa condição têm um risco significativamente maior de hospitalização por insuficiências cardíacas, AVCs e ataques cardíacos.
Novos fatores de risco identificados
Aditya Bhonsale também chama atenção para o aumento de fatores de risco, como diabetes, doenças cardíacas preexistentes e apneia obstrutiva do sono — esta última encontrada em quase 20% dos pacientes com fibrilação atrial no estudo. Consumo de álcool, tabagismo e prática de exercícios de resistência extremos, como maratonas, foram vinculados ao aumento do risco dessa condição.
Abordagens para o tratamento de doenças cardíacas
O tratamento pode envolver o uso de anticoagulantes para prevenir AVCs e medicamentos para regular a frequência cardíaca. Em casos mais jovens, recomenda-se a ablação por cateter para remover tecidos que provocam os batimentos irregulares.
Geoffrey Barnes enfatiza a necessidade de reavaliar os hábitos de vida para melhor gerenciar a saúde e prevenir problemas futuros. Ele vê isso como uma excelente oportunidade para promover uma gestão de saúde mais eficaz e reduzir riscos de complicações a longo prazo.
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