A brasileira Claudia de Albuquerque Celada, de 23 anos, desenvolveu botulismo e está há dois meses internada nos Estados Unidos. Causado por uma toxina produzida pela bactéria clostridium botulinum, o botulismo é uma doença grave, que provoca paralisia dos músculos, tem evolução rápida e pode levar à morte.
A irmã de Claudia, Luísa Albuquerque, informa constantemente, por meio de seu perfil do Instagram, o estado de saúde de Cacau, apelido de Claudia.
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Luísa também abriu uma “vaquinha” na internet para arcar com os custos hospitalares e de tratamento de Claudia. Em uma das publicações, Luísa informa que a ambulância aérea com o suporte necessário para o transporte da irmã sai por US$ 200 mil (mais de R$ 1 milhão). Até agora, o valor arrecadado chegou a R$ 200 mil.
Principais formas de transmissão do botulismo, doença que paralisou jovem brasileira
O botulismo tem três formas de transmissão: alimentar, intestinal e por ferimentos. A bactéria clostridium botulinum entra no organismo pela ingestão de alimentos contaminados ou por meio de machucados na pele. Não é possível identificar a presença da bactéria a olho nu.
A clostridium botulinum pode ser encontrada no solo, em alimentos e em fezes de animais sob a forma de esporos. Esses esporos são unidades de reprodução resistentes, que se formam em condições desfavoráveis. É lá que a bactéria libera a toxina.
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Os esporos se encontram em lugares com falta de oxigênio, como é o caso de conservas de alimentos. No botulismo alimentar, o problema acontece por ingestão alimentos contaminados, produzidos ou conservados de forma inadequada.
O contato com a bactéria pode acontecer por meio de alimentos em conservas e embutidos de vegetais e frutas, sobretudo as artesanais, como, por exemplo, palmito e picles.
Além disso, pode ocorrer a contaminação por meio do consumo de carnes e derivados cozidos, curados ou defumados de maneira artesanal; pescado defumados, salgados e fermentados; frutos do mar; leite; e derivados. Raramente a transmissão acontece com alimentos enlatados industrializados.
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A recomendação é evitar ingerir alimentos em latas estufadas, vidros embaçados, embalagens danificadas ou com alterações no cheiro e no aspecto. Antes do consumo, o ideal é ferver ou cozinhar por 15 minutos os produtos industrializados e as conservas caseiras.
No botulismo intestinal, os esporos contidos em alimentos contaminados se fixam e se multiplicam no intestino da pessoa infectada. Lá, ocorre a produção e a absorção da toxina.
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Outro tipo de botulismo intestinal é o infantil. Ele ocorre mais frequentemente em crianças entre três e 26 semanas. A sua principal causa é a ingestão de mel de abelha nas primeiras semanas de vida. Por fim, o botulismo por ferimentos é uma das formas mais raras da doença. Ele é causado pela contaminação de ferimentos com a bactéria clostridium botulinum.