O Ministério da Saúde expandiu temporariamente a utilização do antiviral Paxlovid, da Pfizer, no Sistema Único de Saúde (SUS), para todas as pessoas acima de 18 anos com alto risco de desenvolver quadros graves de covid-19.
Anteriormente, o Paxlovid era recomendado apenas para pessoas acima de 65 anos com maior risco de gravidade da doença.
O motivo da ampliação da oferta é o vencimento de um lote específico do medicamento, que está próximo. Ela é válida somente para este lote, cuja validade vai até o dia 31 de julho de 2024.
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A nova orientação está detalhada na nota técnica 13/2024-SVSA/MS, direcionada a profissionais de saúde e coordenadores de assistência farmacêutica municipais.
O documento esclarece que o uso do Paxlovid deve ser baseado em critério médico e destinado apenas a pacientes com diagnóstico laboratorial de covid confirmado em até cinco dias depois do início dos sintomas.
Fabricante diz que remédio é eficaz contra covid-19
Segundo a Pfizer, o medicamento mostrou eficácia de 89% na redução do risco de hospitalização e morte por covid-19. Pesquisas recentes, publicadas no final de 2023, indicam que o Paxlovid também diminui o risco de internação em idosos e pessoas imunocomprometidas, de 2,5% até 28 dias após o uso.
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O Paxlovid é composto pelos antivirais nirmatrelvir e ritonavir. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do medicamento no Brasil em março de 2022 e, no mesmo ano, permitiu a comercialização em farmácias.
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) incorporou a droga ao SUS em 2022, mas especialistas apontam para a escassez de sua disponibilidade nos hospitais públicos.
A administração do Paxlovid consiste em duas doses diárias de 400 mg cada, durante cinco dias. A Anvisa ressalta que o uso não deve exceder esse período e não é recomendado para gestantes ou pacientes com insuficiência renal grave.
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