A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) confirmou mais três casos autóctones (com transmissão local) de febre do Oropouche. Chegam a cinco os registros em território paulista até agora.
Todas as infecções foram na região do Vale do Ribeira: quatro em Cajati e outro em Pariquera-Açu. Segundo a SES-SP, cinco pacientes passam bem.
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Além de São Paulo, outros 22 Estados confirmaram casos autóctones neste ano, segundo o Ministério da Saúde:
- Acre (265);
- Alagoas (6);
- Amapá (7);
- Amazonas (3,2 mil);
- Bahia (842);
- Ceará (95);
- Espírito Santo (432);
- Maranhão (23);
- Mato Grosso (17);
- Mato Grosso do Sul (1);
- Minas Gerais (151);
- Pará (78);
- Paraíba (1);
- Paraná (3);
- Pernambuco (109);
- Piauí (28);
- Rio de Janeiro (79);
- Rondônia (1.709);
- Roraima (243);
- Santa Catarina (165);
- Sergipe (10); e
- Tocantins (2).
No total, a pasta registrou 7,4 mil casos da doença em 2024, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses. Em 2023, foram 831.
Cenário da febre do Oropouche no país
Com esse total de ocorrências, o Brasil concentra mais de 90% dos casos de febre do Oropouche nas Américas, segundo relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde. Em julho, o Ministério da Saúde confirmou duas mortes por causa da doença no país, os primeiros casos fatais no mundo. Conforme a pasta, as vítimas eram mulheres com menos de 30 anos, sem comorbidades e viviam no interior da Bahia. Elas tiveram sintomas semelhantes a um quadro de dengue grave.
Na última sexta-feira, 2, a pasta também confirmou a primeira morte fetal por transmissão vertical da doença. A ocorrência foi registrada em Pernambuco e envolve uma mulher de 28 anos que estava na 30ª semana de gestação.
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Oito casos de transmissão de mãe para filho durante a gravidez ainda estão sob investigação, sendo quatro em Pernambuco, um na Bahia e três no Acre. Deles, quatro evoluíram para morte fetal e quatro apresentaram anomalias congênitas como microcefalia.
Como não há um medicamento específico para tratar a febre do Oropouche, o acompanhamento da doença é feito para amenizar os sintomas. Dessa forma, pacientes podem ser orientados a tomar medicações para dor, náuseas e febre, além da indicação de hidratação e repouso.
De acordo com o Ministério da Saúde, as formas de prevenção incluem evitar áreas em que há muitos mosquitos, se possível, usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente em área exposta.
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Revista Oeste, com informações da Agência Estado