O governo de São Paulo decretou estado de emergência para a dengue na manhã desta terça-feira, 5. A decisão foi tomada pelo Centro de Operações de Emergências (COE), órgão coordenado pela Secretaria Estadual da Saúde.
A medida ocorre depois de São Paulo atingir 300 casos confirmados da doença para cada grupo de 100 mil habitantes, nesta segunda, 4.
Em coletiva de imprensa, a coordenadora do COE, Regiane de Paula, falou sobre a decisão. “A gente trabalhou com os dados do painel de monitoramento: 311 casos por 100 mil habitantes”, disse ela. “Estamos em um epidemia, segundo o que a Organização Mundial da Saúde determina dos casos confirmados.”
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Acre, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Amapá também já decretaram estado de emergência para dengue neste ano.

O que muda com o decreto
De acordo com a secretária da Saúde em exercício, Priscilla Perdicaris, o decreto deve agilizar os processos burocráticos da pasta.
“O que muda agora com decreto é que a gente pode ter um pouco mais de agilidade para adquirir insumos, contratar pessoas, aumentar a nossa rede de atenção”, comentou Priscilla. “Os municípios podem usar o nosso decreto como justificativa para decretar estado de emergência também nos seus municípios.”
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De acordo com o COE, o decreto ainda prevê uma liberação de recurso do governo federal, tanto para o Estado quanto aos municípios.
O governo paulista também pretende ampliar o número de equipamentos de fumacê, que, por meio de jatos, ajuda no combate ao Aedes aegypti, mosquito propagador da dengue. Hoje são cerca de 600 no Estado. O plano de ação prevê a compra de novos, mas é necessária a aprovação do Ministério da Saúde, o que já está sendo negociado.
Número de mortes por dengue pode aumentar
Nesta segunda-feira, 4, o Estado de São Paulo registrava 31 mortes causadas pela dengue. Os dados foram divulgados pelo painel de controle da doença da Secretaria Estadual de Saúde.
De acordo com a pasta, outras 122 mortes ainda seguem em investigação. Os casos chegaram a 138.259, sendo 169 considerados grave.
Governo federal admite não ser possível vacinação em massa contra a dengue em 2024

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, reconheceu, na última sexta-feira, 1°, que a vacinação em massa contra a dengue não vai ser possível em 2024.
Conforme Nísia, a melhor saída para o problema será a produção nacional do imunizante, que deve ocorrer por meio do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz, da qual ela era presidente.
De acordo com a ministra, o governo Lula está em contato com o laboratório japonês Qdenga. Contudo, Nísia afirma que enfrenta limitações da empresa.
“O Brasil comprou todo o estoque possível para atender sua população, mas essa produção é pequena”, disse Nísia, em entrevista ao canal de TV GloboNews. “O Ministério da Saúde, a partir da nova política industrial lançada pelo governo Lula e pelo complexo econômico industrial da Saúde, determinou prioridade para que tenhamos autonomia e não fiquemos dependentes de importação numa área tão essencial.”
Nísia responsabiliza mudanças climáticas pelo aumento de casos
Em um post no Twitter/X, Nísia voltou a responsabilizar também as mudanças climáticas, pelo aumento de casos de dengue.
“O que temos de diferente este ano para tantos casos?”, interpelou a ministra. “A explicação ambiental é o calor excessivo, chuvas intensas, mudanças climáticas, El Niño. Temos também quatro sorotipos de dengue circulando e estamos vendo o predomínio do 2, contra a qual a população está menos imunizada.”
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EUREKA!
Certa vez li uma máteria jornalística em uma revista brasileira que dizia, que no “mimimistério” da saúde, o partido do governo significava mais doenças do que curas, então algo “misterioso” aconteceu, um mosquito comunista “picou” ao jornalista criador da matéria e ele se transformou em um comunista roxo!
Esse mosquito precisa ser combatido urgentemente por nossa sociedade, ele é a verdadeira causa do aedes egypt estar se proliferando tanto !
Tenho certeza!