O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, informou nesta segunda-feira, 19, que o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, aceitou um plano de cessar-fogo na Faixa de Gaza. No entanto, o Hamas ainda precisa responder, e as negociações prosseguem.
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Blinken fez o anúncio depois de um encontro de quase 3 horas com Netanyahu em Jerusalém. A proposta, dos mediadores EUA, Egito e Catar, busca interromper os combates na Faixa de Gaza e garantir a libertação de reféns do Hamas.
“Em uma reunião muito construtiva com o primeiro-ministro Netanyahu hoje, ele me confirmou que Israel aceita a proposta de mediação, que ele a apoia,” disse Blinken, em coletiva de imprensa. “Agora, cabe ao Hamas fazer o mesmo.”
Hamas ainda não respondeu
O porta-voz de Netanyahu confirmou a aceitação do plano. O Hamas não se manifestou imediatamente, mas, neste domingo, 18, afirmou que a proposta favorecia Israel. O grupo terrorista ainda acusou o país de adicionar exigências para prolongar o conflito. Israel nega essas acusações.
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Mesmo com uma possível aceitação do Hamas, Blinken explicou que os mediadores precisarão de dias para ajustar a implementação do acordo. Ele mencionou que há questões complexas a serem resolvidas, sem entrar em detalhes.
O cessar-fogo entre Israel e Hamas
O plano de cessar-fogo entre Israel e Hamas inclui a libertação de todos os reféns em troca de prisioneiros palestinos e da retirada de tropas israelenses de Gaza. No entanto, nem os mediadores e nem as partes interessadas divulgaram todos os detalhes da proposta.
Negociadores americanos acreditam que ela aborda preocupações de ambas as partes sobre a implementação dos termos do acordo. A informação saiu de uma autoridade americana, que falou sob condição de anonimato.
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“Esta é, provavelmente, a melhor e, talvez, a última oportunidade de trazer os reféns para casa, conseguir um cessar-fogo e colocar todos em um caminho melhor para paz e segurança duradouras,” afirmou Blinken.
A comunidade internacional espera que um cessar-fogo em Gaza reduza a tensão regional, que, sem a trégua, ameaça escalar. Irã, pelo assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã; e Hezbollah, pela morte do comandante Fuad Shukur, no Líbano, prometeram retaliação a Israel.