Trump teve 65 posts censurados contra nenhum de Biden

Levantamento do Media Research Center trouxe resultados de maio de 2018 a outubro de 2020

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump foi censurado pelo Facebook e Twitter 65 vezes desde maio de 2018, enquanto o candidato democrata à presidência, Joe Biden, postou livremente, não tendo nenhum post apagado, de acordo com um novo estudo do Media Research Center (MRC).

“As Big Tech causaram sérios danos à capacidade do presidente Donald Trump de ser ouvido nas redes sociais. O Twitter e o Facebook censuraram as contas do presidente nas redes sociais e as contas pertencentes à sua campanha de reeleição pelo menos 65 vezes. Em contraste, as empresas não censuraram (…) Joe Biden e suas contas de campanha. Em tudo ”, escreveram os analistas do MRC Corinne Weaver e Alec Schemmel.

A unidade Techwatch (Observatório de Tecnologia, em tradução livre) do MRC analisou todas as postagens de Trump, Biden e suas campanhas de maio de 2018 a 16 de outubro de 2020, e descobriu que o democrata estava ileso enquanto o republicano foi censurado 65 vezes.

Leia também: As redes sociais e a “censura do bem”

“O Twitter é o responsável pela maior parte do problema, com 98% de toda a censura”, escreveram Weaver e Schemmel, enquanto a plataforma era criticada por censurar o New York Post por reportagem que detalhava negócios supostamente irregulares do filho do democrata, Hunter Biden.

Weaver e Schemmel listaram exemplos de censura no Twitter, incluindo a remoção de tweets sobre a hidroxicloroquina, vários memes desaparecidos da plataforma e a repressão do New York Post sobre Hunter Biden.

O estudo indica que o Facebook censurou Trump cinco vezes no mesmo período.

“A cada vez, a plataforma fez a declaração de que se opõe a tudo o que Trump e a campanha disseram ou defenderam”, escreveram Weaver e Schemmel. “Um vídeo atacando a Antifa foi removido da plataforma por violar a ‘política de ódio organizado’ da plataforma por apresentar um triângulo vermelho de cabeça para baixo. O anúncio pedia aos apoiadores que assinassem uma petição e “apoiassem seu presidente e sua decisão de declarar a Antifa uma organização terrorista”. O anúncio foi removido tanto da página do presidente quanto da página de sua campanha”.

Os pesquisadores observaram que “várias páginas violentas do Antifa” permanecem no Facebook.

Na semana passada, os senadores republicanos Ted Cruz, Lindsey Graham e Josh Hawley convocaram os chefes do Twitter e do Facebook para testemunhar, e disseram que um ultimato estava sendo dado aos jornalistas pelas Big Techs, já que eles afirmam que as plataformas têm censurado reportagens críticas aos democratas.

“Não há precedentes na história da democracia”, concluiu Cruz. “O Comitê Judiciário do Senado quer saber o que diabos está acontecendo.”