A quinta geração das redes de dados móveis de internet, ou como é popularmente conhecida, o 5G, completou um ano de ativação no Brasil neste mês. Diante do aniversário, especialistas avaliam que o serviço teve poucos avanços dentro do período em que já esteve no ar, tendo em vista todos os benefícios que a nova tecnologia pode proporcionar.
De acordo com o especialista em tecnologia e diretor-presidente da BTTech, Ruy Rede, a nova atualização dos serviços de dados móveis teve suas capacidades pouco exploradas no país. Além disso, ele acredita que o país enfrenta problemas de desempenho do serviço aos consumidores.
“As propagandas criaram as expectativas de um mundo totalmente novo com experiências incríveis, mas os usuários finais ainda vivem os problemas de conexão e queda de linha”, declara o executivo. “Talvez o lado de games tenha sentido melhor este avanço, mas ainda há muito a se fazer para que a tecnologia tenha seu aproveitamento”, avalia Ruy.
Leia mais:
Atualmente, a nova versão da rede 5G abrange 315 municípios do Brasil, de maneira a alcançar mais de 10 milhões de usuários em tais cidades, conforme dados do Sindicato das Empresas de Telecomunicações e Conectividade. A previsão é de que este número cresça ainda mais ao longo deste ano, considerando que 1.610 municípios já receberam autorização da Agência Nacional de Telecomunicações para ativar o sinal.
A inauguração do serviço nessas cidades depende das operadoras implantarem os equipamentos e fazerem o pedido junto ao órgão competente. Nesse sentido, diretor-presidente da BTTech ainda indica que as companhias de telefonia não são financeiramente incentivadas em prol de agilizar esses processos. De maneira a evidenciar as aplicações feitas em tecnologias precursoras.
“As empresas ainda não descobriram a fórmula ideal para transformar essas novidades (do 5G) em margem de lucro”, explica o especialista. “O pensamento não está errado, mas atrasa o processo de chegada da tecnologia às mãos do cliente final”, finaliza Ruy.
O mercado para o serviço 5G no Brasil
O executivo assegura que, apesar de entusiasmante, o 5G precisa ser útil e economicamente viável para se manter — tanto no Brasil quanto em outros mercados. Dessa prerrogativa advém a necessidade da criação de novos produtos voltados para a tecnologia.
“Já existem telefones e outros produtos de internet das coisas suficientes no mercado para que as empresas criem novos serviços e produtos baseados nessa nova realidade”, comenta Ruy. “Há demanda para absorver a criatividade de muitas coisas que os usuários finais sequer imaginam a existência”, ressalta o executivo.
Entretanto, ainda é um mercado que aguarda impulsionadores para a fabricação de novas tecnologias. Para Ruy, esses agentes apressarão o processo de desenvolvimento do 5G de acordo com uma velocidade mais dinâmica, respectiva da geração em que vivemos, da instantaneidade.
“Se olharmos a história, o telefone levou mais de 50 anos para atingir 50 milhões de usuários e a internet um pouco mais de três anos. A diferença do mundo atual é enorme e agora a expectativa é que tudo aconteça na velocidade do 5G.”
Leia Também: “Google é processado por ‘roubar dados’ de seus usuários”
O problema não é o que fazer com o 5G.
A realidade é que ele não chega até você.
A razão disso está no PÉSSIMO serviço prestado pelas “operadoras”. VIVO, TIM e CLARO só querem saber do bolso de seus assinantes. Cadeia seria um lugar perfeito para seus “diretores”.