As autoridades aéreas norte-americanas estão investigando se a Boeing concluiu as inspeções em seus aviões modelo 787 e se funcionários teriam falsificado registros das aeronaves. A informação foi divulgada por funcionários da empresa na última segunda-feira, 6.
A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) iniciou a investigação depois de ter sido alertada pela própria Boeing sobre a possível omissão das verificações essenciais de registros.
“A FAA está investigando se as inspeções foram devidamente realizadas e se houve falsificação nos registros das aeronaves por parte dos funcionários”, comunicou a agência.
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A Boeing está reexaminando todas as aeronaves modelo 787 ainda em produção e deve elaborar um plano de ação para os aviões já em operação.
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Entenda
O problema veio à tona quando um funcionário da Boeing identificou uma “irregularidade” e reportou a um superior.
O líder do programa Boeing 787, Scott Stocker, disse em um comunicado interno que a investigação interna constatou que “várias pessoas descumpriram as políticas da empresa ao não realizar um teste necessário, mas registraram o trabalho como completo”.
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“Informamos rapidamente ao nosso regulador o que descobrimos e estamos tomando medidas corretivas rápidas e sérias com vários colegas de equipe”, disse Stocker.
A equipe de engenharia da Boeing avaliou que não existe ameaça iminente à segurança dos voos.
O incidente é o mais recente de uma série de desafios enfrentados pela Boeing, incluindo um incidente quase catastrófico com um avião da Alaska Airlines em janeiro, quando um painel da fuselagem se desprendeu.
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Por conta disso, a FAA exigiu da Boeing, em um prazo de três meses, um plano para resolver “problemas sistêmicos de controle de qualidade”.
Além disso, o programa 787 será tema de uma audiência no Senado norte-americano em 17 de abril para tratar de uma denúncia de funcionário.
Ele alega ter sofrido represálias após expressar preocupações sobre os procedimentos de fabricação do 787, que poderiam comprometer a segurança da aeronave.
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