Um grupo financiado por grandes empresas de tecnologia investiu pouco mais de US$ 36 milhões (cerca de R$ 175 milhões) em publicidade em TV e internet, em meio à campanha contra a aprovação de uma lei sobre cartel de plataformas nos Estados Unidos. O levantamento sobre o conglomerado conhecido como as big techs é do Wall Street Journal.
Em comparação, os grupos que apoiam a legislação antitruste gastaram cerca de US$ 193 mil, informa o jornal norte-americano.
Grande parte dos gastos da indústria de tecnologia (US$ 13 milhões) aconteceu depois de 1º de maio, com a intensificação da campanha. A expectativa é que a legislação, apoiada tanto pelo Partido Democrata como o Republicano, vá à votação no plenário do Congresso nos próximos meses.
Quem está por trás da campanha
O alto investimento da indústria de tecnologia em publicidade reflete o medo de que leis antitruste mais rígidas impactem o negócio. O grupo que comanda a campanha é a Associação da Indústria de Computadores e Comunicação (CCIA, na sigla em inglês).
A CCIA não divulgou quais empresas vêm financiando sua campanha publicitária, mas a entidade lista a Alphabet (controladora do Google), Amazon, Apple e a Meta (grupo do Facebook) entre seus membros. Os anúncios publicitários divulgados pela organização mencionam algumas dessas empresas.
As grandes empresas de tecnologia trabalham há meses para impedir ou pelo menos alterar o projeto de lei, enviando periodicamente equipes de lobistas e altos executivos para Washington.
Muitos dos anúncios estão sendo veiculados nos estados e distritos de origem dos legisladores. Eles visam convencer os eleitores de que a flexibilização dos padrões antitruste contribuiria para a inflação e enfraqueceria a posição dos EUA em relação à China. Por fim, o grupo argumenta que a lei prejudicaria consumidores e pequenas empresas ao interromper serviços online populares.
Do lado contrário
Senadores como a democrata Amy Klobuchar (do Minnesota) e o republicano Chuck Grassley (Iowa) realizaram uma coletiva de imprensa na última quarta-feira, 8, para criticar a campanha das big techs, falando em distorção de informações.
“Somos confrontados com essas grandes empresas de tecnologia gastando dezenas de milhões de dólares em anúncios e também em grupos de fachada para espalhar falsidades sobre nossa pauta”, disse Grassley. “Obviamente eles querem proteger o status atual, o que lhes permite expandir sua influência.”
Apoiadores do projeto de lei, incluindo algumas empresas de tecnologia menores, argumentam que a posição dominante das plataformas lhes confere poder irrestrito para influenciar outros negócios. Para companhias pequenas, restringir o domínio das big techs traria benefícios significativos para o mercado como um todo, principalmente no estímulo à competição. A proposta foi endossada recentemente pelo Departamento de Justiça do governo do presidente Joe Biden.
Da sua parte, Amazon, Google e Apple dizem que a legislação tornaria mais difícil oferecer serviços populares e que é justo que plataformas de comércio e lojas de aplicativos lucrem com suas próprias inovações. Já a Meta não tomou uma posição pública sobre a legislação e se recusou a comentar.
Esses são os “Senhores Feudais do Século XXI”. Não são comunistas, facistas, capitalistas, …. nem qualquer-coisa -“ista”.
São manipuladores de massas, desumanos.