O relatório de Ameaças Cibernéticas da SonicWall posiciona o Brasil como a quinta nação que mais sofreu com ransomware — sequestro de um sistema, bloqueado por um grupo de hackers que cobra resgate para sua liberação. No primeiro semestre de 2021, foram registrados 9,1 milhões de invasões desse tipo no país, ficando atrás somente de Estados Unidos (227,2 milhões), Reino Unido (14,6 milhões), Alemanha (11 milhões) e África do Sul (10,5 milhões).
Nos seis primeiros meses de 2021, o número de ransomwares praticados no mundo chegou a 304 milhões, valor praticamente igual a todo o volume registrado em 2020.
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Se o ranking for depreciativo, pode ter certeza de que o Brasil está bem ranqueado. Isso não é uma crítica, e sim uma observação da realidade. Mas nesse ranking, pelo menos, estamos bem acompanhados, o que pode representar algo positivo. O mais preocupante não é esse ranking. Recentemente divulgou-se que de todos os golpes aplicados na internet em 2020, mais que 40 % ocorreram no Brasil. Não sei se esse número é de fonte confiável, mas não me parece ser muito discrepante da realidade. O chocante é que somos apenas 3% da população mundial, ou seja, somos a maior concentração de golpistas de internet, por milhão de habitantes, de todo o planeta. Não é pouca coisa. Viver aqui não é para principiantes.