Especialistas russos desenvolveram um programa que pode detectar vídeos falsos, produzidos com a tecnologia deep fake.
A técnica adultera vídeos para simular, falsamente, uma situação real. A ferramenta estudada pela equipe de cientistas russos pertence ao algoritmo Generative Adversarial Network (GAN).
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Os usuários podem usar o programa para identificar, por exemplo, uma gravação suspeita, em que um falsário diz ser “parente distante” de uma vítima e pede dinheiro para ela.
O programa foi desenvolvido por uma equipe especializada da Universidade Técnica Estatal de Don (DSTU, na sigla em inglês), na cidade de Rostov-no-Don, na Rússia.
Como a nova ferramenta identifica os vídeos falsos
A nova ferramenta pode identificar sinais de rostos humanos com redes neurais, em quadros de vídeo, com precisão aceitável.
“Os sistemas inteligentes estão se tornando cada vez mais sofisticados a cada dia, e fica mais difícil distinguir o real do falso — mesmo com a ajuda de programas especiais”, explicou Aleksandr Dzhurov, autor do programa, em entrevista à agência de notícias Sputnik.
Segundo o especialista, para usar o programa antifraude, basta baixar um vídeo com o conteúdo duvidoso e executar a verificação.
A ferramenta identifica os rostos ao longo da exibição do vídeo e tentar buscar os sinais visuais de falsidade.
Esses sinais podem estar na tensão dos lábios ao falar, na comparação entre a fala e as expressões faciais e nas várias nuances técnicas, como pixels posicionados de forma não natural.
Os pesquisadores ainda realizam testes com a ferramenta, que não está disponível para o público em geral.
“Esse sistema abrangerá todos os tipos de conteúdo multimídia na internet: textos, impressos e manuscritos, imagens gráficas, incluindo arquivos fotográficos e de vídeo, bem como arquivos de áudio”, disse Larisa Cherkésova, diretora científica do projeto do Departamento de Cibersegurança de Sistemas de Informação na DSTU.
