Pesquisadores da Universidade de Sydney, na Austrália, encontraram um “cemitério estelar” na Via Láctea. Os cientistas mapearam “cadáveres” de sóis maciços, que se transformaram em buracos negros e estrelas de nêutrons (corpos celestes superdensos) depois de morrerem. Essa “necrópole espacial” tem três vezes a altura da Via Láctea.
Estrelas de nêutrons e buracos negros formam-se quando estrelas maciças (oito vezes maiores que o nosso Sol) esgotam seu combustível e entram em colapso. Isso desencadeia uma reação descontrolada e resulta em uma supernova titânica, que precede a morte estelar. Depois da explosão, as estrelas se transformam nesses “cadáveres”.
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Apesar de bilhões de estrelas terem morrido desde que a galáxia era jovem, seus “corpos” foram lançados na escuridão do espaço pela supernova que os criou — o que dificultou a observação dos astrônomos. Ao recriar o ciclo de vida completo das antigas estrelas mortas, os pesquisadores construíram o primeiro mapa detalhado, mostrando onde estão seus restos mortais.
Estrelas de nêutrons e buracos negros jovens são relativamente fáceis para os cientistas encontrarem, ao contrário dos astros mais antigos. “Foi como tentar encontrar o mítico cemitério de elefantes”, disse Peter Tuthill, coautor do estudo, ao Canal History. “Os ossos dessas raras estrelas maciças tinham que estar lá fora, mas pareciam envoltos em mistério.”