A Nasa decidiu cancelar o envio do rover da missão Viper para a Lua, depois de gastar cerca de US$ 450 milhões (R$ 2,5 bilhões) em sua construção. O cancelamento pode economizar até US$ 84 milhões (R$ 470 milhões).
A missão, que visava a investigar a presença de água nas sombras polares da Lua, enfrentou atrasos e aumentos de custo.
Anunciada na quarta-feira 17, a decisão envolve desmontar o Viper e reutilizar seus componentes em outras missões. “Decisões como as que estamos discutindo hoje são extremamente difíceis de serem tomadas”, afirmou Nicola Fox, administradora-adjunta da diretoria de Missões Científicas da Nasa. “Não as tomamos levianamente. Pensamos muito na melhor maneira de avançar.”
After a comprehensive review, we are discontinuing development of our VIPER (Volatiles Investigating Polar Exploration Rover) project. We are committed to studying and exploring the Moon, and will pursue other methods to accomplish many of VIPER's goals: https://t.co/oMyngdoUKc pic.twitter.com/UJXmf0gnRv
— NASA (@NASA) July 17, 2024
A agência contratou a Astrobotic Technology, de Pittsburgh, para levar o Viper à Lua a um custo de US$ 323 milhões (R$ 1,8 bilhão). Mesmo sem o rover, o foguete Griffin ainda pode ser útil para demonstrações.
O lançamento, originalmente previsto para 2023, foi adiado para 2024 devido a problemas na cadeia produtiva e outros fatores.
Joel Kearns, administrador-adjunto para exploração na diretoria de Ciência, informou que a agência preferiu cortar as perdas com o Viper. Ele destacou que outras missões poderiam alcançar objetivos semelhantes, embora mais lentamente.
Aumentos de custo e atrasos em outras missões da Nasa
A Nasa tem enfrentado aumentos de custo e atrasos em outras missões, como a coleta de amostras de Marte e a missão Europa Clipper. A agência está aberta a propostas de empresas que queiram usar o Viper, desde que não gerem custos adicionais para o governo federal.
A primeira missão lunar da Astrobotic, lançando o veículo Peregrine, falhou após o lançamento. No entanto, outras empresas americanas, como a Intuitive Machines, conseguiram pousar na Lua este ano. Kearns confirmou que a Astrobotic pode vender espaço no Griffin para outros clientes.
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