O CapCut é um dos aplicativos mais populares nos Estados Unidos no momento. Ele é o “irmão” menos conhecido do TikTok, e também pertence à chinesa ByteDance. A ferramenta de edição de vídeos é a mais baixada nas últimas semanas no país.
O app permite que as pessoas editem vídeos facilmente com vários modelos pré-definidos, com filtros, efeitos visuais e músicas. Segundo os usuários, isso ajuda a aumentar os cliques e eleva as chances dos vídeos se tornarem virais no TikTok.
Lançado em 2020, o CapCut tem mais de 200 milhões de usuários ativos mensais no Ocidente, de acordo com o rastreador de dados Diandian, com sede em Xangai.
O app de edição gera menos receita, mas a ByteDance está procurando monetizar mais a popularidade do aplicativo. No final do ano passado, o CapCut começou a cobrar dos usuários pelo serviço de armazenamento em nuvem, bem como por mais recursos e efeitos.
Popularidade de app chinês preocupa
O aplicativo ainda não foi submetido ao escrutínio regulatório das autoridades americanas — assim como acontece com o TikTok. No entanto, a popularidade do CapCut já levanta dúvidas sobre o tratamento de dados dos usuários em poder da chinesa ByteDance.
Em sua política de privacidade, o CapCut informa que para fornecer os serviços coleta conteúdos como fotos e vídeos que os usuários enviam, bem como dados incluindo localização, sexo e aniversário. A ByteDance armazena as informações nos EUA e em Cingapura, assim como o TikTok.
No ano passado, os downloads globais do CapCut cresceram 40% atingindo quase 400 milhões, sendo que 10% vieram dos EUA, conforme levantamento da empresa de monitoramento Sensor Tower.
Depois de começar com um agregador de notícias em 2012, a ByteDance, com sede em Pequim, desenvolveu rapidamente um império de aplicativos usando seus poderosos algoritmos. O CapCut foi comprado pelos chineses há cinco anos por US$ 300 milhões.