O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, anunciou no sábado 20 que construirá a primeira “Cidade Bitcoin” do mundo, financiada pela emissão de títulos que serão lançados no mercado de criptomoedas em 2022. O novo município será instalado em La Union, região localizada no leste do país.
De acordo com Bukele, farão parte da “Cidade Bitcoin” áreas residenciais e comerciais, museus, bares, restaurantes, aeroportos, portos e linhas ferroviárias. A economia local será baseada na criptomoeda mais valiosa do mundo. “Terá prefeito e tudo mais”, explicou o líder salvadorenho.
Os residentes não pagarão imposto de renda nem de propriedade, tampouco serão tributados em seus ganhos de capital ou folha de pagamentos. Segundo o governo, a taxação será aplicada apenas sobre serviços, com uma alíquota de 10% — 5% para custear o município e o restante para o Tesouro do país.
Não há data para o início das obras da “Cidade Bitcoin”.
¡El Salvador será el primer país del mundo en tener una #BitcoinCity!
Estará entre la ciudad de La Unión y Conchagua. Las personas podrán vivir en La Unión pero trabajar en la #BitcoinCity. Pronto empezarán a ver todos los beneficios, cuando el desarrollo y la inversión llegue. pic.twitter.com/21bx7Yc5aJ— Casa Presidencial 🇸🇻 (@PresidenciaSV) November 21, 2021
Energia vulcânica
A nova cidade será construída em formato circular, ao redor de uma praça, com um símbolo do criptoativo. O plano de Bukele é criá-la na base do vulcão Conchagua, cuja energia seria utilizada tanto para abastecer o município quanto para minerar* bitcoin de forma sustentável.
“Invista aqui e ganhe todo o dinheiro que quiser”, disse o presidente de El Salvador durante o Labitconf 2021, um fórum anual que tem o objetivo de promover a moeda digital. “Essa é uma cidade totalmente ecológica, que funciona e é energizada por um vulcão.”
Emissão de títulos de bitcoin
No evento, especialistas explicaram que o país emitirá US$ 1 bilhão (R$ 5,6 bilhões) em títulos de bitcoin para financiar a construção da nova cidade. Os papéis serão emitidos na rede líquida, uma rede bitcoin sidechain**, e terão rendimento nominal de 6,5%.
A Blockstream, empresa responsável pela administração da rede líquida, informou que US$ 500 milhões (R$ 2,8 bilhões) dos recursos serão destinados à infraestrutura da cidade e à mineração de bitcoins. Os outros US$ 500 milhões serão usados na compra de mais bitcoins.
Mineração e sidechain
A mineração é o processo pelo qual novos bitcoins são criados. Nele, são usados computadores que resolvem problemas matemáticos complexos, cuja operação demanda grande quantidade de energia elétrica.
Sidechain é uma blockchain que valida dados de outras blockchains. Essa tecnologia foi desenvolvida como alternativa para promover a integração entre blockchains e adicionar funcionalidades.
A tecnologia do blockchain, por sua vez, nada mais é do que um livro de razão pública que faz o registro de uma transação de moeda virtual.
Panamá????
Onde você leu Panamá? O post informa que é em El Salvador que no final das contas é a mesma droga do Panamá. A diferença é que o Panamá é um pouco melhor, só isso.