O número de empresas que vendem maconha interessadas em investir no metaverso cresce nos Estados Unidos. As companhias usam a tecnologia NFT (uma espécie de escritura digital) para negociar os produtos.
A Higher Life iniciou uma parceria com a Saucey Farms para abrir uma loja na plataforma de metaverso Voxels. O estabelecimento virtual começou a funcionar em dezembro de 2021.
No caso da Higher Life, os produtos não são solicitados diretamente do espaço virtual. A loja tem uma imitação de uma caixa registradora que leva o consumidor ao site da empresa para fazer suas compras. O executivo-chefe da empresa, Brandon Howard, disse que aproximadamente 100 mil pessoas visitam a loja no metaverso.
Outra empresa do ramo a crescer foi a Kandy Girl, que adquiriu terrenos na plataforma Decentraland em dezembro de 2021 com o objetivo de promover a empresa e vender NFTs.
Segundo a Kandy Girl as vendas de NFTs na Decentraland arrecadaram por volta de US$ 30 mil (pouco mais de R$ 140 mil). Apesar da cifra, o diretor de marketing da empresa, Ben Boyce, considera não haver usuários suficientes para alavancar as estratégias de marketing.
Restrições para empresas que vendem maconha pelo metaverso
As regras para venda de cannabis variam de acordo a plataforma do metaverso. Algumas proíbem a discussão de atividades ilegais, como Roblox Corp. Outras não permitem a venda de materiais ilícitos, como Sandbox.
A Decentraland criou ferramentas para regular o marketing das empresas de cannabis em sua plataforma. As companhias não podem atender, por exemplo, usuários de países em que a maconha é proibida.
Já a Voxels permite apenas que as empresas criem simulações na plataforma. A venda de cannabis e produtos para consumo no “mundo real” é proibida.
*Com informações do Poder360
Leia também: “Metaverso: muito além do Facebook”, reportagem de Cristyan Costa publicada na Edição 94 da Revista Oeste
Todos os crimes serão possíveis nesse mundo marginal.