A temporada de chuvas em Urano e Netuno é bem diferente da Terra. Nos dois planetas, caem diamantes dos céus. Dois fatores contribuem para o fenômeno: pressão e temperatura, que agem sobre o gelo nos dois planetas.
Diferentemente da Terra, o gelo de Urano e Netuno é feito de água, metano e amônia. As densas nuvens dos dois planetas carregam o trio de elementos. Dessa forma, em temporais, há chuva de diamantes, literalmente.
Essa meteorologia inusitada foi descoberta por cientistas da Linac Coherent Light Source (LCLS), nos Estados Unidos. Publicado em julho de 2020 pela instituição, o estudo levou em conta observações de sondas espaciais.
Conforme a pesquisa, Netuno e Urano — como Saturno e Júpiter — são feitos de gás. A condição cria uma atmosfera extremamente densa e quente nesses planetas, gerando as condições ideais para comprimir o carbono em diamante.
Esses diamantes então caem pelas camadas do manto de Urano e Netuno, até se tornarem quentes demais, derreterem, evaporarem e subirem, resfriando, cristalizando e “chovendo” de novo — um ciclo interminável.
Na última década, 12 missões de exploração nos planetas foram sugeridas. Contudo, ainda estão em fase de avaliação — todas envolvendo sondas a serem posicionadas nas órbitas de cada um dos planetas.
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Pois é. Já li algo a respeito disso, o problema é como chegar até lá. Nem vou dizer da temperatura mas da pressão que esmagaria qualquer sonda que se aventurasse nas profundezas das nuvens destes planetas, sem contar ainda com as correntes de gases atmosféricos que se deslocam a velocidades supersônicas.