Os Estados Unidos e a Austrália estão aumentando a cooperação de segurança espacial e cibernética. O motivo: rivalizar com a China, que está investindo em tecnologia espacial e em mísseis hipersônicos.
O almirante John Aquilino, chefe do Comando Indo-Pacífico dos EUA, disse que ambos os países pretendem acelerar o processo de “dissuasão integrada”. Na prática, isso significa a combinação de todos os elementos do poder militar dos norte-americanos e de seus aliados.
“Percorremos um longo caminho em pouco tempo para poder integrar os ambientes espacial e cibernético”, disse Aquilino. “Vamos continuar a trabalhar nisso, para sincronizar esse domínio com nossos aliados e parceiros.”
O general James Dickinson, chefe do Comando Especial, e o tenente-general Charles Moore, vice-chefe do Comando Cibernético, acompanharam Aquilino. Os três oficiais participaram de reuniões com os militares australianos em Pine Gap, uma instalação de Inteligência perto de Alice Springs, cidade localizada a 2,3 mil quilômetros de Camberra. A estrutura é fundamental na operação de satélites norte-americanos de reconhecimento.
Dickinson destacou que a Austrália ajudará os Estados Unidos a monitorar as operações chinesas. “Isso é perfeito para muitas das coisas que precisamos fazer”, afirmou. “Se os australianos puderem nos ajudar a perceber o que está ocorrendo no espaço, particularmente algumas das coisas que vimos dos chineses, será muito importante.”
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