Quando os portugueses pisaram no Brasil pela primeira vez, povoar novas terras além-mar era a missão para expandir as fronteiras da civilização. Com a chegada do homem à Lua no século 20, o sonho de levar a vida humana para o espaço profundo ganhou tons de realidade. Agora, os cientistas deram um novo passo nessa saga. Trata-se da descoberta de possíveis condições para a sobrevivência em um planeta distante, uma super-Terra que também pode ter água e abrigar a vida.
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O lugar não tem um nome atraente, como Júpiter, Vênus e Plutão, referências a deuses mitológicos. Em vez disso, algo menos místico: HD 20794 d. A classificação como Super-Terra se deve ao fato de o planeta ter cerca de cinco vezes o tamanho da Terra.
A Super-Terra
O primeiro avistamento do planeta ocorreu em 2011. Contudo, a descoberta das possíveis condições para abrigar a vida foi confirmada em janeiro de 2025, por meio de um atrigo em uma revista de astronomia.
De acordo com os cientistas, o astro fica em uma zona habitável. Ou seja: se localiza à distância adequada de uma estrela para conter água em estado líquido. O tempo de uma eventual viagem, porém, é um problema. A localização é cerca de 20 anos-luz da Terra. Isso significa que uma missão para desbravá-lo precisaria de uma nave viajando por quase duas décadas à mesma velocidade que luz — por volta de 1 bilhão km/h.
O foguete Starship, da SpaceX, por exemplo, consegue atingir 28 mil km/h. Assim, uma viagem até a essa super-Terra levaria 38,5 mil anos — o que é 321 mil vezes mais o tempo que Cabral demorou para fazer a travessia de Portugal ao Brasil.
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