Autoridades dos Estados Unidos pediram às principais operadoras de telecomunicações do país que suspendam por mais duas semanas a implementação da rede móvel de internet 5G, em meio a preocupações com a segurança dos voos.
O secretário de transporte americano, Pete Buttigieg, e o chefe da Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês), Steve Dickson, solicitaram o atraso em carta emitida à AT&T e à Verizon, duas das maiores operadoras do país, em 31 de dezembro.
Relacionadas
Eles pediram um adiamento “por um curto período adicional de não mais de duas semanas”. As duas empresas disseram que estão analisando o pedido.
Possível interferência
O lançamento havia sido planejado originalmente para 5 de dezembro, mas foi adiado para 5 de janeiro depois que os gigantes da aviação Airbus e Boeing levantaram preocupações sobre a potencial interferência do 5G nos dispositivos que os aviões usam para medir a altitude. A faixa de frequências usada por ambas as tecnologias é a mesma.
Na carta, as autoridades americanas garantem às empresas que o serviço 5G poderá começar “conforme planejado em janeiro, com algumas exceções em aeroportos prioritários”.
Os oficiais dizem que sua prioridade tem sido “proteger a segurança dos voos, garantindo que a implantação do 5G e as operações de aviação possam coexistir”.
A AT&T e a Verizon adquiriram a autorização para começar a usar a frequência de 3,7-3,8 GHz — o chamado serviço de banda C — em fevereiro de 2021, após pagar dezenas de bilhões de dólares.
Inicialmente, a data inicial de lançamento da rede de internet de alta velocidade foi adiada para que a FAA pudesse obter mais informações sobre os efeitos nos instrumentos de altímetro.
O conflito entre redes 5G e equipamentos de aeronaves levou as autoridades francesas a recomendar o desligamento dos telefones celulares 5G nos aviões, em fevereiro de 2021.
A autoridade de aviação civil da França disse que a interferência de um sinal em uma frequência próxima ao rádio-altímetro pode causar erros “críticos” durante o pouso.
Com informações da Deutsche Welle
Como é de praxe, os problemas somente serão corrigidos depois que alguma merda do tipo monumental acontecer, até lá, a ordem é de tapar os buracos e garantir o retorno do investimento com muito lucro.
Isso é muito sério!
Me surpreende que essa vulnerabilidade só tenha sido levantada agora.
E vou dizer algo que deve deixar de “orelhas em pé” quem tem algum juízo. Se existe essa vulnerabilidade, qualquer moleque com um equipamento comercial fora das especificações homologadas de potência na banda C (proveniente daquele país que não costuma cumprir regras ocidentais, por exemplo), pode provocar uma enorme tragédia durante um pouso de aeronave (mesmo em pouso manual). E se as antenas 5G próximas aos aeroportos forem dessa mesma origem, o mundo ocidental (autoridades e economias) estará correndo um risco inimaginável.
“Vai uma Huawei aí, diretoria? Na minha mão é baratinho!”.