A Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, está trabalhando em novas tecnologias de inteligência artificial (IA). Segundo o presidente da companhia, Mark Zuckerberg, o objetivo é melhorar a forma como pessoas “conversam” com assistentes de voz e obter traduções de falas em diferentes idiomas.
Para o executivo, o sucessor da internet móvel será o metaverso. “A chave para conseguir muitos desses avanços é a inteligência artificial”, disse o fundador do Facebook. A Meta está trabalhando em uma nova classe de modelos de IA, que vai permitir a geração de mundos virtuais com base em descrições feitas pelas pessoas.
Em demonstração exibida durante a conferência da Meta, realizada em 23 de fevereiro, Mark Zuckerberg mostrou um conceito de IA chamado Builder Bot, em que ele aparece como um avatar 3-D em uma ilha e dita comandos para que o sistema crie uma praia, adicione nuvens, árvores e até uma toalha de piquenique.
“Conforme nós avançamos com essa tecnologia, o usuário poderá criar mundos para explorar e compartilhar experiências com outros apenas com o uso da voz”, afirmou Zuckerberg.
O CEO afirmou que a Meta trabalha em pesquisa de IA para permitir que as pessoas tenham conversas mais naturais com assistentes de voz, um passo em direção à forma como as pessoas vão interagir com as IAs do metaverso.
Ele disse que o projeto da companhia CAIRaoke é um modelo “totalmente neural para a construção de assistentes”.
Uma demonstração do projeto CAIRaoke mostrou uma família usando a ferramenta para ter ajuda no preparo de um cozido, com o assistente de voz avisando que o sal já tinha sido colocado na comida. O assistente também alertou que o sal da casa estava acabando e comprou mais on-line.
Zuckerberg também anunciou que a Meta trabalha em um tradutor de fala universal para fornecer traduções em tempo real de todos os idiomas.
O executivo afirmou que a Meta está preparando uma forma para que a IA possa interpretar e prever os tipos de interações que poderão ocorrer no metaverso, ao trabalhar com um sistema de “aprendizado autossupervisionado”, em que a IA recebe um conjunto puro de dados ao invés de ser treinada com muitos dados pré-classificados.