Pesquisadores do Google anunciaram um novo passo em um importante segmento que vem ganhando destaque para o desenvolvimento de novas tecnologias: os computadores quânticos. O mais novo sistema executado pela big tech tem, ao todo, 70 qubtis, ou bits quânticos, operacionais. Mas o que isso significa?
Por meio da alocação de elétrons, 1 bit convencional, presente em todos os computadores atuais, é capaz de assumir uma única informação. Algo como 0 ou 1 da linguagem binária tradicional. Nessa base binária, toda informação assume apenas duas possibilidades diferentes e de maneira independente das demais.
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Já o conhecido como qubit ou simplesmente qubit, é o bit quântico que também assume valores 0 e 1, mas ao contrário do bit comum, suas informações podem ser sobrepostas umas às outras. Enquanto a base binária soma a informação de cada bit, uma sobreposição de qubits resulta na multiplicação de suas possibilidades. Assim como na tabela abaixo.
Para que o teste que comprova a velocidade do supercomputador fosse realizado, a equipe usou um benchmark — ato de executar um software, um conjunto de programas ou outras operações, a fim de avaliar o desempenho relativo — sintético complexo chamado “amostragem de circuito aleatório”. O modelo é capaz de fazer leituras de processos quânticos gerados aleatoriamente.
Segundo os pesquisadores, a máquina foi capaz de fazer cálculos em segundos, enquanto os melhores computadores existentes levariam 47 anos para executar o mesmo serviço. Para eles, isso demonstra que os equipamentos experimentais podem superar os rivais convencionais.
Equipe do Google busca ainda mais cálculos quânticos
Para que esses computadores desenvolvidos pelo Google funcionem normalmente e consigam realizar os cálculos quânticos corretos é necessário eliminar ruídos quânticos — que é a incerteza e a fragilidade inerentes a um computador quântico conforme ele opera no cenário difuso de probabilidades.
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Um dos impeditivos para que esse tipo de pesquisa avance com mais rapidez está o valor necessário para elas e para o desenvolvimento de novas estruturas físicas.
Defensores dos computadores quânticos dizem que a tecnologia pode criar máquinas extremamente poderosas, capazes de combater as mudanças climáticas e criar medicamentos inovadores.