A finlandesa Nokia anunciou nesta quinta-feira, 19, que demitirá pelo menos 14 mil funcionários, para reduzir custos.
As demissões fazem parte do processo de reestruturação da Nokia, e o número de empregados mundialmente deve reduzir de 86 mil para cerca de 72 mil.
Além disso, a companhia informou que pretende diminuir seus gastos com pessoal, entre 10% e 15%, e que isso geraria uma economia de até 400 milhões de euros em 2024.
O plano da Nokia é reduzir custos em até 1,2 bilhão de euros (R$ 6,4 bi) até 2026.
Sobre as demissões, o CEO da empresa, Pekka Lundmark, afirmou:
“As decisões de negócios mais difíceis de serem tomadas são aquelas que impactam nosso pessoal. Temos funcionários imensamente talentosos na Nokia e apoiaremos todos os que forem afetados por esse processo.”
Nokia tem tido resultados ruins em 2023
Neste trimestre, a Nokia teve resultados piores do que o esperado, com baixa de 15% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo a empresa, o resultado foi impactado pela “incerteza macroeconômica e por taxas de juro mais elevadas, que continuam a pressionar os gastos dos operadores”.
Algumas empresas do setor de tecnologia também têm demitido muitos funcionários desde a pandemia da covid–19, a fim de reduzirem custos e despesas operacionais.
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Além disso, as vendas da rede móvel recuaram 19%, também na comparação anual, em meio à desaceleração no ritmo de implementação do 5G em alguns mercados estratégicos, como a Índia.
Mesmo assim, a Nokia manteve as suas perspectivas para este ano, prevendo entre 23,2 bilhões e 24,6 bi de euros em vendas para 2023.
“Continuamos a acreditar na atratividade dos nossos mercados a médio e longo prazo”, disse Lundmark, CEO da empresa.