No sábado 18, o gigantesco foguete da SpaceX, Starship, explodiu durante o lançamento. Foi o segundo teste realizado pela empresa norte-americana. Segundo os responsáveis pela operação, o propulsor do foguete separou-se da nave espacial.
O maior foguete já construído — Elon Musk espera que um dia ele seja usado para colonizar Marte — havia decolado da Starbase da empresa em Boca Chica, no estado norte-americano do Texas, pouco depois das 7h (no horário local).
Ao contrário do que aconteceu na última tentativa de lançamento, ocorrida em abril, o foguete propulsor separou-se do corpo da nave e explodiu — seguido pela explosão da própria nave.
O chefe da Nasa, Bill Nelson, manifestou-se com otimismo sobre o recente fracasso da SpaceX.
“Parabéns às equipes que progrediram no teste de voo de hoje. O voo espacial é uma aventura ousada que exige espírito empreendedor e inovação. O teste de hoje é uma oportunidade para aprender e depois voar novamente”.
A cientista espacial Laura Forczyk disse que o teste da empresa de Elon Musk “foi um sucesso parcial fantástico. Superou minhas expectativas”.
Um dos locutores que narravam a missão da SpaceX foi irônico ao falar sobre a explosão da nave.
“Como você pode ver, o super heavy booster (o foguete da SpaceX) acaba de passar por uma rápida desmontagem não programada. Porém, nosso navio ainda está a caminho”.
Quando o propulsor da nave caiu, o estágio superior iniciou o que deveria ser uma viagem parcial ao redor da Terra, mas também explodiu. O programa da viagem previa que a nave caísse no Oceano Pacífico, perto do Havaí, depois de 90 minutos.
O foguete mais poderoso do mundo
O foguete da SpaceX, chamado de Super Heavy Booster, produz 16,7 milhões de libras (algo em torno de 74 Meganewtons) de empuxo. A força do foguete de Elon Musk é quase o dobro do segundo foguete mais poderoso do mundo, o Sistema de Lançamento Espacial da Nasa.
Alterações de design
No dia 20 de abril de 2023, a SpaceX foi obrigada a explodir a Starship durante o seu primeiro voo teste, quatro minutos depois do lançamento. Isso porque os dois estágios não conseguiram se separar.
O foguete desintegrou-se em uma bola de fogo e caiu no Golfo do México, lançando uma nuvem de poeira sobre uma cidade a vários quilômetros de distância.
As explosões são ‘bem-vindas’
A empresa norte-americana disse que as explosões durante os estágios iniciais de desenvolvimento do foguete são bem-vindas. Isso porque elas ajudam os engenheiros a escolher os melhores designs.
Porém, desta vez a Starship foi modificada a fim de usar um “estágio quente”, o que significa que os motores do estágio superior são acionados enquanto ainda está acoplado ao propulsor, sistema que pode gerar uma potência muito maior. Tal método, inclusive, é comumente usado em foguetes russos.
Perseverar e perseverar, com certeza o sucesso chegará em breve. Depois os invejosos irão chiar como sempre fazem…