A tecnologia detecta as medicações capazes de impedir a ação do vírus no corpo
Pesquisadores do Laboratório Nacional de Oak Ridge, nos Estados Unidos, utilizaram um supercomputador da IBM, conhecido como Summit, para encontrar medicamentos eficazes para combater a covid-19.
A pesquisa, publicada na revista ChemRxiv, concentra-se no método que o vírus usa para se ligar às células. O novo coronavírus, por exemplo, utiliza uma proteína de pico para se introduzir nas células.
Usando o Summit com um algoritmo para investigar quais medicamentos poderiam se ligar à proteína e impedir que o vírus entre em ação, os pesquisadores agora têm uma lista de 77 medicamentos que se mostram promissores, segundo informações do jornal New York Post.
Em um processo de triagem de mais de 8.000 compostos, o supercomputador reduziu drasticamente o tempo do experimento, descartando a grande maioria dos medicamentos possíveis antes de se decidir por 77 que ele classificava com base na eficácia com que estariam bloqueando o vírus no corpo humano.
“Nossos resultados não significam que encontramos uma cura ou tratamento para o coronavírus. Temos muita esperança de que nossas descobertas computacionais informem estudos futuros e forneçam uma estrutura que os experimentalistas usarão para investigar melhor esses compostos. Só então saberemos se algum deles apresenta as características necessárias para mitigar esse vírus”, disse Jeremy Smith, coautor da pesquisa.
Os pesquisadores planejam executar o experimento novamente com um modelo novo e mais preciso do pico de proteína utilizado pelo vírus.
É possível que o novo modelo altere a definição dos medicamentos mais eficazes contra o vírus e abrevie o caminho para uma opção de tratamento.