Em reportagem publicada na Edição 210 da Revista Oeste, Dagomir Marquezi aborda a relação entre seres humanos e aparelhos celulares.
Ao destacar que o conteúdo em questão vai longe de pregar a “tecnofobia”, Marquezi aborda melhores formas para a usabilidade de smartphones. Para isso, ele apresenta um minigua produzido originalmente pelo jornalista Eric Athas para o jornal norte-americano The New York Times.
Leia um trecho da reportagem sobre celulares
“Exerça seu autocontrole. Quando estiver fazendo algo de útil e sentir aquele impulso de dar só uma olhadinha no Instagram, resista. O autocontrole é como um músculo: precisa ser exercitado. E isso vale para tudo. O doutor Richard J. Davidson, diretor do Centro para Mentes mais Saudáveis da Universidade de Wisconsin-Madison, descreve o processo: ‘Quando você se tornar consciente da necessidade, simplesmente se pergunte: ‘Preciso mesmo fazer isso agora?’. Pode ser que você decida dar uma olhada no Insta, mas é preciso treinar o cérebro a resistir. É o mesmo processo que nos faz não comer chocolate ou beber álcool o dia inteiro. Disciplina.
Não use seu celular em movimento. Além de perigoso, isso empobrece a experiência de vida. Se você vai passear num parque, caminhar até o ponto de ônibus, ou ir de carro até o trabalho, existe muita coisa acontecendo que merece sua atenção. Podem ser coisas boas ou ruins, não importa. Mas sua experiência é enriquecida com elas. Claro que, se você estiver numa caminhada num lugar seguro, pode escutar uma música nos fones conectados ao celular. Mas parar a caminhada a cada cem metros para conferir se chegou mensagem não é saudável. ‘Estamos perdendo uma riqueza de informações e sinais no mundo ao nosso redor”’ resumiu a psiquiatra norte americana Anna Lembke ao NYT. ‘E também nos privando da oportunidade de processar e interpretar o que vivenciamos.’
Faça minipausas tecnológicas — quase ninguém propõe mais que alguém desligue o celular por uma semana. Mas desligar o smartphone por 15 minutos pode ser muito terapêutico. É como entrar num quarto escuro e lidar com a ansiedade. Em 15 minutos algo MUITO importante pode acontecer na sua vida? Talvez, mas essa possibilidade é muito pequena. Além disso, uma das coisas que deixam o celular tão útil é o fato de que o que você não viu nesses 15 minutos — uma mensagem, um post imperdível — vai estar lá quando você religá-lo.”
A íntegra da reportagem “Viciados em celular” está disponível aqui.
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Revista Oeste
A Edição 210 da Revista Oeste vai além do texto de Dagomir Marquezi sobre viciados em aparelhos celulares. A publicação digital conta com reportagens especiais e artigos de J. R. Guzzo, Augusto Nunes, Cristyan Costa, Silvio Navarro, Alexandre Garcia, Rodrigo Constantino, Ana Paula Henkel, Guilherme Fiuza, Roberto Motta, Carlo Cauti, Rute Moraes, Joanna Williams, Jeffrey A. Tucker e Ângela Britto.
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