O Concorde começou a ser planejado em 1962, num projeto conjunto franco-britânico. Os soviéticos roubaram os planos e construíram o TU-144. Foi um pioneiro no transporte supersônico de passageiros, mas logo se revelou um fracasso. O Concorde teve seu reinado, porém problemas técnicos apressaram sua aposentadoria. Agora, os voos supersônicos podem voltar.
O Concorde realizou seu primeiro voo-teste, no dia 17 de julho de 2001:
Em 2 de março de 1968, o Concorde realizou seu primeiro voo regular. Oito anos depois, entrou no circuito da aviação comercial com voos ligando Londres a Bahrein e Paris ao Rio de Janeiro. O vídeo amador abaixo mostra alguns detalhes de um voo do Concorde da Air France entre Paris e New Iorque, em 28 de julho de 1999. No minuto 2, podemos ver o monitor indicando a velocidade Mach 2,02, ou seja, mais de duas vezes a velocidade do som (ou 2.450 quilômetros por hora):
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O Concorde reinou absoluto durante décadas como o único avião supersônico para passageiros. Mas ele tinha dois grandes problemas: o consumo exagerado de combustível e o ruído ensurdecedor que provocava, especialmente quando sobrevoava grandes metrópoles.
Em 25 de julho de 2000, a era do Concorde começou a ter um fim por causa de uma queda do avião durante uma decolagem, no Aeroporto Charles De Gaulle, em Paris. O acidente matou todos os 109 passageiros e tripulantes, mais quatro vítimas no solo. Esta reportagem de uma TV francesa mostra o Concorde em chamas:
O Concorde voou por mais três anos até se aposentar, no dia 24 de outubro de 2003, depois de um voo entre New Iorque e Londres. E aparentemente a era dos voos supersônicos acabou. Pelo menos até agora. Os voos supersônicos para passageiros podem voltar em breve.
Em 2022, segundo reportagem do jornal britânico The Times, pelo menos dois novos projetos poderão trazer os supersônicos de volta à aviação comercial. Entre esses projetos está o Hermeus, por enquanto para uso militar, capaz de voar a Mach 5 (ou 6.174 km/h). A essa velocidade, o voo entre Londres e New Iorque demoraria menos de uma hora.
Outros projetos são desenvolvidos pela empresa Lockheed Martin, Rolls-Royce, Boom Supersonic, Virgin Galactica, além de uma parceria entre o governo russo e a corporação Mubadala, dos Emirados Árabes Unidos. Segundo o The Times, os motores avançaram em performance e não serão tão pouco eficientes e barulhentos quanto os do Concorde.
A confiança na nova geração de supersônicos é tão grande que a United Airlines fez uma encomenda de 15 modelos Boom Overture, um avião que ainda não saiu da fase de projetos e que só deverá realizar seu primeiro teste em 2025. O Overture deverá voar com o dobro da velocidade dos atuais jatos comerciais. Outro projeto de avião supersônico executivo é o XB-1, também da Boom, que deverá iniciar seus testes em 2022.
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