Na terça-feira 15, João Pedro Stédile tentou desacreditar a importância do agronegócio na CPI do MST. O setor, entretanto, mantém o emprego de 27% dos trabalhadores do Brasil, de acordo com um levantamento recente da USP.
O militante acusa o agronegócio de não gerar desenvolvimento para o país por se limitar a commodities. Contudo, o trabalho da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e as regiões onde o agro ocupa papel de proeminência provam justamente o contrário.
A Embrapa e o agronegócio
Por meio de um sistema de parceria com os produtores rurais, a Embrapa liderou uma das maiores revoluções verdes da história. Esse trabalho tornou as áreas de cerrado agricultáveis, expandindo a safra de alimentos, promovendo povoamento e desenvolvimento.
Transformação e desenvolvimento
Em Mato Grosso, por exemplo, o carro-chefe é o agronegócio. Famílias de pequenos agricultores migraram para o Estado em busca de prosperidade e se tornaram grandes produtores. Em 40 anos, houve um salto, transformando a agropecuária mato-grossense em um dos pilares para a segurança alimentar do planeta.
Áreas pouco habitadas que mais pareciam fazendas malcuidadas deram espaço a cidades pujantes, cercadas por propriedades agrícolas com o mais alto grau de tecnologia.
Saiba mais
Tangará da Serra, por exemplo, mal tinha asfalto no começo da década de 1980. Atualmente, essa mesma cidade que vive do agro tem um shopping center, hospitais, faculdades e franquias de todo o planeta.
Em 2023, o agronegócio de Mato Grosso deve colher 100 milhões de toneladas de grãos, conforme as estimativas oficiais. A colheita recorde abastece os criadores nacionais de aves e suínos, alimenta parte da produção de biocombustíveis, fornece insumos e matérias-primas para diversos segmentos da indústria, além de gerar divisas com o mercado externo.
Matopiba
No Norte e no Nordeste do Brasil, a agropecuária impulsionou a região conhecida como Matopiba. Ela é formada por áreas de cerrado em quatro Estados: Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. O município baiano de Luís Eduardo Magalhães, por exemplo, se tornou um dos grandes polos produtores do país. Em 1982, a cidade nem sequer existia.
No lugar, havia apenas um posto de combustíveis, fundado em razão do entroncamento de duas rodovias: a BR 242 e a BR 20. Hoje, Luís Eduardo Magalhães é uma cidade completa com quase 100 mil habitantes.
Sul e Sudeste
Para o Sudeste do país, o agro também é um grande negócio. Um exemplo é Ribeirão Preto.
Localizado no interior paulista, essa cidade é uma das principais do agronegócio brasileiro. A riqueza gerada no campo, em lavouras como as de cana-de-açúcar, de café e de laranja, bancou o surgimento de um setor de serviços de ponta, com hospitais e faculdades de primeira geração.
A cana, além de ser matéria-prima para a produção de açúcar, dá origem ao etanol. Esse combustível é uma resposta sustentável do setor para substituir os combustíveis fósseis e gerar energia limpa.
Além disso, os resíduos da produção são usados na geração de eletricidade e podem ser matéria-prima para a fabricação de polímeros — semelhantes a materiais plásticos — livres de petróleo.
As cooperativas agrícolas do Sul, por sua vez, geram oportunidades em toda a região. Em lugares onde o agronegócio ocupa papel de destaque, como Chapecó, Santa Catarina, a situação é de pleno emprego.
No Paraná, a cadeia produtiva do frango mostra um exemplo virtuoso de produtores de todos os tamanhos com grandes indústrias. E no Rio Grande do Sul, o agronegócio, entre outras safras, lidera a produção nacional de arroz — alimento-base da dieta da população do Brasil.
e o ladrão de nove dedos que desgoverna o Brasil tem coragem de chamar o agronegocio de facista !! que absurdoooo!! esse bandido tem que voltar pro lugar dele na cela comum de uma prisão !! cadeia pra esse bandido ladrão Lula ladrão cafajeste
Sou agrônomo, isso tudo é um absurdo que a esquerda profana, precisamos canalizar todos debates para a esfera técnica
Setor produtivo que gera renda e emprego. Diferente do MST, que são baderneiros liderados por vagabundos como
João Pedro Stedile.
Precisa transformar esse poder em votos no Parlamento. Elegemos uma bancada majoritária. O Agro não pode assistir inerte nossos votos direcionados para apoiar o que há de pior na política. Essa prática com o eleitor não é compatível com o mandato recebido.
Tá mais ou menos a matéria. Jà adiantou alguma coisa que estava sendo esquecida e desprezada. Aliás, os leitores da revista têm ajudado também na reflexão sobre o Agro. No caso, aqui se critiou o Lula por ele não conhecer o setor e ser até mesmo traidor dos metalúrgicos, classe que ele sempre disse defender. O que falta para os políticos que fazem CPI, jornalistas e “técnicos” é adubar o assunto com mais informações. Por exemplo: o setor metalúrtico (que abrange vários subsetores, como indústrias de equipamentos agrícolas, tratores, colheitadeiras e até foice e martelos) dependem do crescimento e evolução dos negócios de toda a agropecária. Se não há crescimento na lavoura as vendas nestes setores diminuem e, consequentemente geram menos emprego e menos renda. No caso do eprego, o Lula não sabe que o setor necessita de mão-deobra especiliazada e técncsocs e engenheiros de alto nível, o que também meche com a a cadeira do conhecimento e da educação. O Stédile foi pouco apertado na CPI justamente portque as pessoas que lá estão também não têm uma visão macro da cadeia produtiva que começa quando o produtor lança a semente na terra. Aí começa a pesquisa genética e de empresas de semente, adubo, fertilizantes em geral,orgânicos ou não, a escolha da terra co mtestes em laboratórias com gente que entende no assunto. Depois vem os cuidados com o crescimento das plantas. Eu, particularmente, já enviei algo bem interessante que tempos atrás não se pensava: o leite de ovelha (também de cabrasO. Hoje, a escolha da raça leiteira de ovelhas é um manancial. Não é só a carne e a lã. O leite está sendo um novo produto de sucesso no mercado com a fabricação de derivados como yogurte, requeijão, queijo, etc. E lá está o produtor com área de criação e de cozinhas e laboratórios tudo informatizado que existe gente especializada na conservação e produção dessses almientos. Depois tem o marketing, o transporte, a comercialização nos supermercados, etc. Tudo isto o Stédile e o Lula odeiam. Por esta razão, espero que o pessoal que está preparando o novo programa desenvolva também este monumental assunto. Até mesmo os economistas deveriam começar a pensar em nova planilha para calcular e detalhar o PIB. Quando a indústria cresce em alguns ramos é porque ó setor primário deu impulsão. Agregar tudo isto numa tabela de insumo-roduto seria necessário para criar mais transparência e dados mais significativos para quem atua até mesmo no setor de exportações. Afinal, até mesmo um silo é constuído por “metalúrgicos”…Se não aumenta a produção de grãos, pra que silos e indústrias do ramo?